Número de ônibus incendiados no Rio neste ano até agora supera todo 2016

Ataques prejudicam os próprios passageiros. Foto: Reprodução / TV Globo

Dados são da Fetranspor, entidade que reúne as companhias. Prejuízos somam R$ 22,9 milhões

ADAMO BAZANI

Nos últimos dois dias, os moradores do Rio de Janeiro se sentiram acuados com ações violentas que culminaram em incêndios a ônibus.

Somente na manhã desta terça-feira, nove veículos foram atacados na Zona Norte do Rio e no município de Duque de Caxias.

No último domingo,  outros dois ônibus foram incendiados por criminosos na Estrada de Madureira, em Nova Iguaçu. É o terceiro ataque na mesma região em um mês.

De acordo com nota enviada ao Diário do Transporte pela Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), o número de ônibus atacados de janeiro deste ano até hoje superou todo o registrado em 2016. Foram 51 veículos destruídos de 1º de janeiro a 2 de maio de 2017, contra 43 de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016.

Na nota, a entidade ainda diz que o prejuízo somente com a frota destruída chega a R$ 22,9 milhões, sem contar com o que as empresas deixam de arrecadar com o serviço e as perdas dos passageiros com a falta de transporte. O valor supera os R$ 19 milhões gastos com a reposição de frota destruída em todo o ano passado.

Com esse tipo de ataque, os veículos – não há seguro para casos de incêndios criminosos – são inteiramente descartados.

O custo estimado para a reposição da frota incendiada este ano já chega a R$ 22,9 milhões. E com a crise econômica e o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão não há garantia para a compra de novos veículos, que podem demorar até um ano para entrarem em circulação.

Em 2016, com 43 ônibus incendiados, este custo superou R$ 19 milhões.

Em seis meses, somente na capital, cerca de 70 mil passageiros deixam de ser transportados em cada veículo.

Os motivos investigados pela polícia para os ataques desta terça-feira são invasões de comunidades controladas por traficantes por grupos rivais, além de represálias a ações policiais.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Leoni disse:

    Neste momento que grandes grupos políticos vivem em turbulência em relação a precariedade das instituições, e julgamentos de políticos corruptos se arrastam indefinidamente, a banalização da criminalidade é um fato.

    Partidos políticos (Existem mais de trinta, e ainda querem criar mais), assim como os próprios deputados citados no texto introdutório defensores destes incendiários se auto julgam defensores das causas sociais, para eles os fins justificam os meios já são velhos conhecidos, e são sempre os mesmos envolvidos em invasões de mananciais, propriedades, depredações do patrimônio público… e como sempre nunca acrescentam nada de edificante (São adeptos do quanto pior melhor).

    Atualmente alguns sempre estão achando justificativa para tais atos, como a falta de visão que o patrimônio é público, mesmo sendo gerenciado por particulares e que o seguro não cobre esta despesa aproximadamente R$ 300 mil por ônibus, e o custo evidentemente tem que ser repassado e acrescentado no preço das passagens para as pessoas de bem, algo que o “Movimento Passe Livre” entre outros finge que não sabe!

    Em que outros países do mundo ocorrem tamanha barbárie e insensatez!?
    Se falam em ~1800 ônibus, quantos meliantes estão presos por este delito? E as pessoas que sofreram ferimentos ou faleceram? Quanto foi ressarcido?
    Por que as investigações não prosseguem, (Se é que já foi iniciada alguma vez!?) onde esta o Ministério Público, qual será que a justificativa para a impunidade desta insanidade!

    Já passou a hora de se fazer um cadastro de todas estas ocorrências, pois este tema deveria ser alvo dos debates eleitorais!

    Qual a origem do dinheiro destas ONG’s, sindicatos, são patrocinados por quem!!!

    E a origem destas passeatas para defender os que saquearam certas estatais, tentando ludibriar a população por estes mesmos militantes beneficiados, cujos responsáveis já foram mandatários da nação.

    Quanto a este argumento de que é preço do óleo Diesel impacta nas planilhas de custos não tem nenhum fundamento, pois o valor de ~R$ 3,15 é equivalente a U$ 1,00, ou seja equivalente ao custo no exterior, além que muitos são elétricos, e pode ser comprovado em;
    http://fatosedados.blogpetrobras.com.br/2011/04/07/preco-da-gasolina-mitos-e-verdades/

    E informações mais atualizadas sobre as composições dos preços dos combustíveis também podem ser encontradas na página da Petrobras Distribuidora.
    http://gasolina.hotisitespetrobrs.com.br/10-respostas-para-suas-duvidas/

    Considero importante informar a população em geral que o custo de produção esta dentro dos padrões internacionais conforme demonstração de comparativos com outras concorrentes, e que o preço final ao consumidor é uma somatória de “N” impostos.

    1. Paulo Gil disse:

      Leoni, boa noite.

      Sabias palavras.

      No Brasil so funciona a ouvidoria ,que so ouve e a procuradoria, que so procura.

      Da FAZEDORIA (copyright by Paulo Gil), ninguem quer saber porque da trabalho e NAO da comi$$ao.

      Todo mundo foge da picareta na hora de abrir o buraco.

      A solucao e se mudar 9ara Costa Rica, no Mato Grosso ou para Maringa no Parana.

      O resto e parte do JURASSIC BRASIL, preso a burrocracia do tempo da idade da pedra lascad.

      MUDA BRASIL.

      Abcs,

      Paulo Gil

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