Gestão Alckmin vai oferecer linha 5 Lilás do metrô e 17-Ouro do monotrilho para investidores europeus em Bruxelas

Objetivo é atrair capital internacional. Leilão será em julho

ADAMO BAZANI

Na próxima terça-feira, 18 de abril de 2017, uma comitiva do Governo do Estado de São Paulo vai desembarcar em Bruxelas, na Bélgica, para divulgar o edital de concessão à iniciativa privada da linha 5 Lilás do Metrô e 17 Ouro do monotrilho.

A exibição será para empresas de transportes e infraestrutura, bancos e fundos de investimentos europeus.

O objetivo é trazer capital internacional para os dois empreendimentos que serão concedidos a um único grupo vencedor.

O edital já foi publicado e o leilão será no dia 4 de julho na Bovespa. O lance mínimo é R$ 189,6 milhões e a expectativa é de R$ 3 bilhões de investimentos e reinvestimento. O investidor privado, no entanto, vai investir em melhorias R$ 88 milhões.

Para se ter uma ideia, os investimentos da iniciativa privada no pacote de concessões rodoviárias serão de R$ 5 bilhões.

O valor estimado do contrato é de R$ 10,8 bilhões, que corresponde à soma das receitas tarifárias de remuneração e de receitas não operacionais, como exploração comercial de espaços livres nas estações, por exemplo.

Estará nesta comitiva o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

A linha 5 Lilás que, hoje liga Capão Redondo, no extremo Sul, à estação Adolfo Pinheiro, está em expansão com recursos do Governo do Estado. A administração Alckmin prevê que até julho devem ser abertas três estações da linha 5 Lilás: Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin. Em dezembro, devem ser inauguradas as estações Eucaliptos, Moema AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin. Em 2018, será entregue a estação Campo Belo.

A expansão é de 10 km com 10 estações. Hoje são 9,3 Km e 7 estações, entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro.

A concessão deve ser para a operação integral da linha.

A linha 17 Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, o orçamento ficou 41% mais caro somando R$ 5,5 bilhões e a previsão para a entrega de 8 estações até 2018. Em 2010, o custo do quilômetro era de R$ 177 milhões. Em 2015, o custo por quilômetro seria de R$ 310 milhões e no primeiro semestre de 2016 foi para R$ 325 milhões. O monotrilho, se ficar pronto, não deve num primeiro momento servir as regiões mais periféricas.  Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão com as obras congeladas. Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4 Amarela do Metrô na futura estação São Paulo – Morumbi, e nem com estação Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417 mil e 500 passageiros por dia.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. josefeliperocha disse:

    A monotrilho é uma piada, deveria ser jogado no chão e feito como deveria desde o começo, subterrâneo.

    Já privatizar a linha lilás, agora que está praticamente pronta, é de uma estupidez sem fim.

  2. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    E o desperdicio oficial do dinheiro do contribuinte.

    E so fazer uma videoconferencia.

    Mas se sar tecmologia nao rola viagem e diaria, ne.

    MUDA BRASIL ACORDA SAMPA.

    Att,

    Paulo Gil

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Diário do Transporte

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading