VLT de Salvador recebe críticas, mas edital sai este mês

Proposta de se mudar os trilhos da malha ferroviária para a entrada do VLT vai deixar toda a população da região sem transportes durante a obra

ALEXANDRE PELEGI

Segundo nota da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), o Edital de licitação para concessão do projeto do VLT tem previsão de lançamento para este mês (abril). A nota informa que todos os investimentos serão realizados pelo parceiro privado. Além disso, afirma que o projeto, numa terceira fase, contempla o Trem Metropolitano de Passageiros, que ligará Salvador até Camaçari, na Região Metropolitana.

O VLT vai substituir o atual Trem do Subúrbio. Com 18,5 quilômetros de extensão e 21 estações, estão previstas intervenções em duas fases: a primeira, entre o Comércio e Plataforma, com 9,4 quilômetros; a segunda, entre Plataforma e São Luiz, tem nove quilômetros, e uma terceira, com 1,5 quilômetros, entre Paripe e a localidade de São Luís.

O projeto prevê integração do VLT às linhas 1 e 2 do metrô de Salvador e aos roteiros do BRT metropolitano. A perspectiva é que o projeto, assim concebido, beneficiaria diretamente os mais de 600 mil moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador. A capacidade diária do futuro VLT será de 100 mil usuários.

Audiência Pública: Uma audiência pública realizada na Defensoria Pública do Estado da Bahia sobre o projeto do VLT de Salvador nesta quinta-feira (6) recolheu críticas da sociedade. Algumas ponderações foram apresentadas pelo coordenador do Movimento Trem de Ferro, Gilson Vieira, que afirmou que além de tornar a obra mais onerosa, a proposta de se mudar os trilhos da malha ferroviária para a entrada do VLT vai deixar toda a população da região sem transportes durante a obra. Ele se refere à troca de bitolas semelhantes ao do metrô.

Na audiência pública foi formado o Fórum de Defesa dos Trens de Salvador, reunindo entidades civis, e especialistas ferrovias do CREA e Sindicato dos Engenheiros. Foram apresentadas propostas de revitalização dos trens e a extensão do atual trajeto, entre Calçada e Paripe, para outros municípios da Região Metropolitana de Salvador.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    P A R E !

    “O VLT vai substituir o atual Trem do Subúrbio”

    O que que é isso ?

    Cade os engenheiros do Brasil ??

    Aonde vamos parar ?

    Vamos inciar agora um abaixo assinado para não cometerem essa sandisse.

    Tá certo que na Bahia é tudo mais traaaaaaaanquilo, mas mas substituir o trem por VLT, é muiiiiiiiiiiiiiiiiiita lezeira 25/30 Km/h.

    Circo ou Hospício ?

    Tanto faz ??

    Pior se demorar mais de 20 anos para fazer igual ocorreu com o metro de Salvador.

    Agora uma pergunta que não quer calar ?

    Quanto vai custar essa brincadeira ??

    Boooooooooooooooooooooooooa Viagemmmmmmmmmmmmmmmmm

    ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ no VLT…

    Att,

    Paulo Gil

    1. Zé Tros disse:

      Paulo, o que não existir no mundo, pode vir aqui na Bahia que vc encontra. Tanto o governador quanto o prefeito estão usando modais de transporte como se por si só eles resolvessem os problemas no trânsito de Salvador.

      Tanto o metrô daqui de Salvador quanto esse VLT nada mais são do que frutos da megalomania dos políticos daqui da Bahia. O custo da brincadeira é o de menos perto do que eles podem ganhar com o uso político disso. Se há demanda para metrô, VLT ou BRT, isso também pouco importa.

      Só pra vocês terem uma idéia de como funcionam as coisas, o governo do estado está cortando linhas metropolitanas que não são atendidas pelo metrô, obrigando aos usuários dessas linha a utilizar o metrô se deslocando para um outro destino diferente e de lá os usuários tem que pegar um segundo ônibus pagando mais uma passagem para seu destino final. Tudo isso, por conta da falta de demanda que aumenta o valor subsidiado pelo governo.

      Agora vem essa história do VLT do subúrbio. Até entendo que o trem atual é arcaico, antigo e desconfortável, até pela idade dele. Mas daí a ser trocado por VLT, é como vc disse, uma sandice. Ou seja, ninguém no governo sabe da existência de trens modernos e velozes, com custo mais baixo de implantação que o VLT.

      E por falar em sandice, a prefeitura vai implantar o BRT aqui em Salvador também. Aí vai o secretário de mobilidade da prefeitura pra rádio dizer que os ônibus do BRT serão elétricos movidos por energia solar. Ou seja, em cada obra aqui na cidade tem um angú cheio de caroços.

  2. jair disse:

    Paulo Gil, to com voce.
    trocar bitola para que?
    Trocar um tipo de trem por outro de menor capacidade e menor velocidade, para que?
    Aí tem um dedo podre ou sem vergonha.
    Acorda Bahia.
    Vamos a luta.

    1. Paulo Gil disse:

      Jair, boa noite.

      Valeu.

      Mas bom senso nenhuma Universidade ensina, e “eles” insistem nessas aberrações.

      Ape$ar que o real motivo di$$o todo$ $abemo$.

      Abçs,

      Paulo Gil

    2. Bruno Silva disse:

      Ah Paulo ja sabes que sera monotrilho né? Da chinesa BYD.

      Pois europeia preferia o VLT. E isso de dizer que VLT é lento é um.erro. O modal.pode atingir altas velocidades mas isso depende óbvio da vários aspectos . O do Rio opera a 15km/h pq roda em meio ao Centro da cidade com grande fluxo de pedestres e automoveis. A velocidade pra uma linha dedicada segregada como é o caso do trajeto no Subúrbio, poderia atingir maior velocidade claro. Devemos levar em contra também a distancia entres as estações . VLT pode chegar a 70 a 90 km/h .

      E esteja certo que o Governo do Estado esta bem servido de profissionais que estão desenvolvendo estudos para ampliar a rede ferroviária. Ja ha estudos pra L3 metro, subterrâneo e o trem Inyercity .

      Com o monotrilho chegando a S. Filho teremos assim a possibilidade de expandir o modal para Lauro de Freitas e de la pra Arembepe.

  3. Max disse:

    O meu primeiro comentário, refere-se a conexão do vlt do subúrbio com as demais estação já existentes na cidade. Impossível sem haver substituição dos atuais e desgastados trens. Visto que o valor das passagens R$ 0,50 não corresponde com a realidade, etc. etc. etc.

  4. Bruno Silvã Machado disse:

    Dizer que ‘vai deixar toda a população da região sem transporte’ é um exagero né?? É obvio que devido às necessárias e merecidas obras de modernização do sistema, o serviço de transporte na malha ferroviária suburbana será suspenso. Mas a população tem o serviço de ônibus da rede Integra e ainda as vans do STEC que trafega na Av. Afranio Peixoto, vulgo Suburbana, que atende todos os bairros do subúrbio. É claro que isso vai gerar um maior numero de usuários para o sistema rodoviário e um aumento significativo dos custos, haja visto a diferença das passagens. De trem era míseros R$ 0,50, valor simbólico pois é óbvio que não cobre os custos operaionais e era subssidiado. Vai ter transtorno sim e isso é inevitável. Mas serão temporários diante do grande benefício que será esse VLT para a região e a cidade como um todo. Sem dúvida, a Prefeitura deve incrementar as linhas de ônibus para melhro atender a população face a demanda. Uma boa oportunidade de a PMS implantar na Av. Suburbana o CTP – Corredor de Transporte Progressivo, projeto que inlcui tambem linhas expressas e semi-expressas em horarios de pico. A população de Salvador precisa entender que a cidade cresceu, que a solução para melhroar a mobilidade e ter um serviço de qualidade, rápido, seguro e confortável será sim preciso fazer ajustes e se adequar à nova realidade. Isso inclui: baldeação; aderir ao uso de facilidades como o bilhete eletrônico SalvadorCard (e assim se beneficiar com a integração de modias) e o uso do app MobiCita (você pode programar sua saida/volta de casa) como parte do seu cotidiano. Pelo que percebo, Salvador se encaminha para em cerca de cinco anos ter uma das melhores mobilidades entres as capitais do país, com um sistema multimodal de transporte de ótima qualidade e eficiência. Espero e desejo que todos os prejetos (extensão da L1 1 até Aguas Claras, nova Estação Rodoviária, os novos Terminais de Integração Retiro, Acesso Norte, Pituaçu; os teleféricos, o BRT Lapa – Iguatemi – Pituba, os novos corredores transverssais Linha Azul [Patamares – Lobato] e Linha Vermelha [ Paripe – Piatã] e a implantação de BRTs, os novso semáforos inteligentes, etc etc) sejam implantados eplenamente usados pela população que tera a sua vida muito melhorada, ganhando comodidade, tempo, segurança, conforto e bem estar.

  5. EDSON SILVA DOS ANJOS disse:

    o metro resolve 80% do problema de transporte de salvador, então , por que não transformar o trem do suburbio em metro/

    1. Bruno Silva disse:

      Esta equivocado meu caro. As linha 1 e 2 do metro eh trocam e atende parte da cidade. A região leste Subúrbio só tem praticamente um.eixo rodoviário a Av.Afrânio Peixoto que diz a Prefeitura vai instalar sistema BRS e o leito ferroviário sucateado. O VLT vai trazer rapidez conforto segurança no transporte de milhares e integrar se ao metro no centro sul na Lapa e ao norte com Águas Claras. Também a nova Linha Azul vai via túnel ligar Lobato à BR 324 altura de Pirajá o que vai da mais opões de acesso. Salvador é um cone e precisa sim ter um sistema multimodal que atenda toda a cidade e se integre ao norte com Lauro de Freitas e demais cidades da SMS e ao sul com a Ilha de itaparica. Que venha a Ponte e o sistema SVO.

  6. Maxwell disse:

    Uma das maiores vantagens entre outras, será a interação com os modais já existentes na cidade. A primeira etapa, ligará de São Luis (Paripe) ao terminal da frança. Entretanto, estudos já estão sendo feitos, para interligar este pretenso ramal (vlt) aos existentes.

  7. Bruno Silva disse:

    Eita quanta lamúrias!! Chora que dói menos meu povo!!

    Enfim saiu o vencedor da licitação!! O consórcio Skyraill Bahia fruto da chinesa BYD e outra empresa brasileira !!!

    Em outubro 2018 começam as obras. A Sedur divulgou nota oficial informando que sera monotrilho e nao mais VLT.

    Honestamente eu preferia mil.vezes o modal VLT especialmente no trecho Calçada Comércio. Quero só ver o projeto desde monotrilho que diferente do VLT, corre sobre pilares elevados de ate 15 metro do solo. Em especial a proposta pras paradas que diferente das do VLT exigem mais espaço e itens de acessibilidade como elevadores e escadas fixas e rolantes!

  8. Bruno Silva disse:

    Só agora após o fim da novela que entendi a razão de tanto adiamento e mudanças no Edital.

    A BYD certamente fez uma proposta para o Governo e por isso incluíram a opção de monotrilho.

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