Greve na CPTM para duas linhas de trens nesta terça-feira, 11 de abril

Não houve acordo entre empresa e ferroviários sobre pagamento de participação nos resultados

ADAMO BAZANI

Com informações William Moreira

Passageiros que utilizam a CPTM –Companhia Paulista de Trens Metropolitanos devem estar atentos porque que os ferroviários decidiram entrar em greve a partir desta terça-feira, 11 de abril de 2017.

Foi decidida paralisação nas linhas 7 Rubi (Luz-Francisco Morato)e 10 Turquesa (Rio Grande da Serra Brás) pelo Sindicato dos Ferroviários de São Paulo.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (linhas 11-Coral e 12-Safira) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (linha 8-Diamante e 9-Esmeralda) decidiram que os funcionários vão trabalhar normalmente.

O principal impasse entre a categoria e a empresa é o pagamento do acordo estipulado no PPR – Programa de Participação nos Resultados, referente ao ano passado.

O PPR abrange o período delimitado entre 1° de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016 e deveria ser pago integralmente em 31 de março, mas de acordo com os sindicatos que representam os ferroviários, alegando motivos financeiros, a CPTM depositou 50% dos valores. A outra metade será depositada em junho.

A possível revisão de itens como integralização de benefícios previdenciários, anuênio, calendário anual de compensação de jornada, adicional noturno, horas extras, férias, adiantamento de 13º, benefício saúde, benefício odontológico e aviso prévio, também desagrada sindicatos.

O desembargador Carlos Husek, do TRT- Tribunal Regional do Trabalho, determinou 75% dos funcionários trabalhando nos horários de pico e 60% nas demais horas. A determinação foi na última sexta-feira porque os sindicatos já estavam em estado de greve desde a sexta-feira passada. A multa por descumprimento é de R$ 100 mil por dia.

Em nota, a CPTM considera arbitrária a decisão pela greve

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) considera irresponsável a decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de S. Paulo, representante dos empregados das linhas 7-Rubi (Luz – Francisco Morato – Jundiaí) e 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra), de paralisar a prestação dos serviços, a partir da meia-noite do dia 11/04.

 

O pagamento da segunda parcela (50%) da PPR 2016 dos empregados será efetuado no dia 16/06/2017, com valor corrigido pelo índice IPC-Fipe acumulado nos meses de abril e maio deste ano, evitando qualquer prejuízo financeiro aos seus colaboradores. Mesmo após esse esforço financeiro, na assembleia realizada na noite desta segunda-feira (10), o sindicato das linhas 7 e 10 decidiu pela greve.

 

A Companhia lamenta a decisão arbitrária e espera que os empregados das linhas 7 e 10 atuem com bom senso, considerando a responsabilidade de garantir a prestação de serviço aos quase 780 mil usuários que utilizam diariamente os trens a para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos.

 

Em cautelar ajuizada pela CPTM, visando garantir a operação do sistema, o desembargador e vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou no caso de deflagração da greve que os empregados mantenham pelo menos 75% da operação nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h). Esse percentual deve ser aplicado a todos os serviços de operação de trens, notadamente maquinistas, pessoal de estações, segurança, manutenção e operação, o que não garantirá a operação total da Companhia.

 

Em relação aos demais horários, o percentual mínimo foi de 60% desse contingente de empregados. Ainda, de acordo com a liminar, os trabalhadores não poderão liberar gratuitamente as catracas para os usuários. O descumprimento da liminar implicará o pagamento de multa diária de R$ 100 mil.

 

A direção da CPTM ressalta que buscou todas as formas e alternativas no sentido de chegar a um acordo com as entidades sindicais envolvidas e, assim sendo, espera que seus empregados adotem postura responsável em favor da continuidade dos serviços prestados à população.

 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Com informações William Moreira

Comentários

Comentários

  1. Thais Drew disse:

    O que vai aconteçer com as pessoas que ultilizão dessas linhas para irem trabalhar ?
    O que podemos estar fazendo?
    vai haver algum transporte (onibus) com esses destinos ? terá que pagar 2 vezes ?

    1. Ônibus devem ser as melhores alternativas na Grande São Paulo

  2. jair disse:

    Por essas e outras que as PPPs de operação começam a aumentar

  3. Adriano disse:

    De novo greve, os funcionários trabalham pouco e querem ganhar muito, muitos não fazem nada,é só mandar embora esses que não querem trabalhar e os que não fazem nada,aí sobra dinheiro, para onde vai todo o dinheiro que entra diariamente?

  4. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Caaaaaaaaaaaaaaaaalllllllllllllllllllllllllllllma.

    A partir de sábado o faturamento irá aumentar, não há mais motivos para não dar aumento salarial.

    O pais é inflacionário, tem de corrigir os salários sim e de todo mundo.

    Att,

    Paulo Gil

  5. Jamiro disse:

    E o povo que se lasque é isso né ……… lamentável…

  6. Debora disse:

    Boa noite alguém sabe dizer se já parou?

  7. Robson disse:

    Irresponsabilidade, querer seus direitos prejudicando outros é fácil. Deveria privatizar tudo e funcionar igual a linha amarela do metrô.

  8. Adriano disse:

    Único objetivo dos sindicatos no Brasil, é enriquecer os sindicalistas, greve para prejudicar quem já utiliza este preçário sistema, com acessibilidade zero,deveriam fazer greve pra cobrar melhorias no transporte também.

  9. Paolo Sartorelli disse:

    Quem for prejudico, pode entrar na Justiça pedindo indenização contra os sindicatos, pois a paralisação NÃO se encaixa na Lei que regula o direito à greve.
    Nós aqui, por exemplo, já estamos ajuizando ação coletiva e, essa nova paralisação, será mais uma peça no processo.

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