Transporte intermunicipal clandestino desafia fiscalização em Minas Gerais

Mesmo após deflagração da Operação Ponto Final, com ações do Ministério Público, Polícia Militar e Governo de Minas, empresas acusadas voltaram a vender passagens

ALEXANDRE PELEGI

Preocupados com o transporte clandestino no estado de Minas, representantes do Ministério Público estadual e do DEER-MG juntaram-se à Secretaria de Estado da Fazenda e da Polícia Militar para deflagra a Operação Ponto Final. O objetivo: investigar 15 operadoras de transportes para frear um esquema que teria lesado o estado em 2016 em R$ 53 milhões.

O problema, no entanto, é maior pela variedade de viagens oferecidas: além de ônibus, há a opção de carro e perua, dependendo do trajeto e da distância. A vantagem, em tempos de crise, é sedutora, já que as passagens são vendidas até pela metade do preço oficial. Em pelo menos nove das 15 empresas que foram alvo da Operação Ponto Final as vendas continuam, desafiando a fiscalização. Agenciadores de passageiros atuam livremente não só pelo telefone das empresas, como na porta da rodoviária de BH, sem se intimidar com a fiscalização.

Mas, além da crise, outro fator parece estar estimulando o mercado de transportadores clandestinos.

O setor legalmente encarregado para ofertar transporte de passageiros entre as cidades mineiras está repleto de deficiências: 40 municípios do estado não são atendidos pelos serviços regulares de ônibus. Em outros 22, as empresas responsáveis abandonaram a prestação do serviço, de acordo com informações do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG).

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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