Governo do Estado de São Paulo estuda fazer nova licitação para a linha 6-Laranja do Metrô

Shield (Tatuzão) para a linha 6 Laranja o Metrô. Foto: Divulgação

Consórcio Move ainda tenta novos recursos

ADAMO BAZANI

A gestão Geraldo Alckmin já considera realizar uma nova licitação para continuar a operação e posteriormente a operação por meio de PPP – Parceria Público Privada, da linha 6-Laranja, do Metrô, que deve ligar Brasilândia, na zona noroeste de São Paulo, à estação São Joaquim, na região central.

As obras estão paralisadas há seis meses porque o consórcio Move São Paulo, que venceu a licitação, suspendeu os trabalhos alegando falta de recursos. O consórcio está com dificuldades de obter financiamento pelo BNDES e é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia, toda citadas na Operação Lava Jato.

Conforme noticiou o Diário do Transporte,  em primeira mão, no dia 08 de março, que o prazo final dado pelo Governo do Estado foi 15 de junho, podendo assim, haver nova licitação. O Move São Paulo solicitou empréstimo de R$ 5,5 bilhões. Por causa da paralisação das obras, o Governo do Estado de São Paulo pediu anuência da Assembleia Legislativa e levará a solicitação ao BNDES de remanejamento de R$ 200 milhões, que estavam previstos para linha 6-Laranja, para linha 5- Lilás, prevista para se prolongar até a Chácara Klabin. A linha 5 já opera entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/03/08/alckmin-pede-remanejamento-de-r-200-milhoes-da-linha-6-laranja-para-a-linha-5-lilas/

A previsão inicial para inauguração da linha 6 era 2020. A data agora é uma incerteza.

Considerada a linha das universidades, por atender regiões onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e  8-Diamante, da CPTM.

A construção da linha 6-Laranja foi a primeira PPP – Parceria Público-Privada na área de transporte do Estado de São Paulo.;

Até o momento, foram gastos R$ 1,7 bilhão no empreendimento.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que há grupos estrangeiros interessados em tocar a obra.

“Já atendi grupo chinês, francês, italiano, espanhol. Não temos impeditivo do lado do governo, tenho todas as desapropriações pagas, tenho R$ 1,6 bilhão remanescentes e transferi mais R$ 740 milhões para essa linha… Espero que as negociações [do empréstimo da Move São Paulo] andem bem e que as obras sejam retomadas depois de junho.”

Por meio de nota, o Consórcio Move SP disse que a implantação da linha avançou 15% e que estão mantidas as atividades de desapropriação, manutenção e segurança dos canteiros.

Segundo ainda o Move, a suspensão das atividades se deveu a fatores como deterioração da economia, mudanças nas exigências do BNDES e atrasos na liberação de áreas públicas e que mantêm esforços para obtenção de financiamento junto ao BNDES.

O secretário contestou o pedido de reequilíbrio econômico-financeiro feito Move São Paulo, chamando de “mantra do consórcio”

“Tivemos um problema de financiamento, mas continuei pagando, com algum atraso, eles têm atraso também, já tem seis meses de atraso de obras … Agora, se rescindir o contrato, o reequilíbrio… Se ele não conseguir nem retomar a obra, como o consórcio vai me dizer que eu atrapalhei o início da operação comercial dele?”

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Mais uma prova “concreta” que o estado de Sampa nao esta preparado para realizar/contratar PPP.

    Uma desse grau de importancia, nao pode ter contrato firmado sem que sejam apresentadas carta de credito ou garantias d3vidamente endossadas.

    E sempre a mesma lenga lenga, sempre comeca errado, um monte de problemas, tecnicos, economicos, juridicos e de perda de tempo.

    Para e revomeca, fora que estraga nessa parada.

    Seta que nao e ai que esta o lucro de todo m6ndo ????

    Tenham lucro, sem problemas, o contribuinte sempre pagou e vai pagar, mas facam ao trabalho correto.

    E muito amadorismo e irresponsabiludade.

    E o Aerotrem de Sampa quando parte ou implode.

    Eraar uma v3z e humano, 3 e ….( censurei em respeito ao Diario e aos seus leitores)

    Att,

    Paulo Gil

  2. Mais que novela sem fim meus deus……..

  3. Como a própria matéria mostra, é a Concessionária que está com problemas para conseguir o empréstimo junto ao BNDES. O governo de SP tem cumprido todos os seus compromissos. Inclusive tem colaborado para solucionar os problemas para que as obras sejam retomadas. Caso a Concessionária não consiga o empréstimo, o governo deverá mesmo fazer nova licitação para dar andamento às obras.

  4. Jim disse:

    Depois que a vencedora leva o dinheiro embora vem outra construtora pra levar mais um pouco…. e assim vai indo com o governo de SP no comando,

  5. daniela disse:

    Tudo mentira
    fui desaprorpiada e ate agora nao recebi

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