Araguari está há mais de uma semana sem transporte por falta de empresa de ônibus

Empresa, de Sertãozinho, não presta mais serviços em Araguari

Prefeitura ainda não concluiu o processo de licitação

ADAMO BAZANI

Os cerca de 120 mil moradores de Araguari, no Triângulo Mineiro, estão desde o dia 22 de fevereiro sem transporte coletivo. O motivo é que a prefeitura rescindiu contrato com a antiga empresa operadora, Directa Transportes Ltda – Sertran, mas ainda não conclui o processo de licitação para escolher uma nova viação.

A prefeitura alega que rescindiu contrato após diversas paralisações que ocorrerem durante cinco meses da empresa de ônibus. Segundo o Sindicato dos Transportes Rodoviários – Sindttrans, a companhia, na época informou que não tinha condições de honrar todos os compromissos porque a prefeitura reduziu a compra de vales transportes de cinco 65 mil unidades mensais para 18 mil.

Já segundo a prefeitura, o corte foi necessário para adequar os custos à realidade do município.  Ocorre que em dezembro do ano passado, foi aberto um processo de licitação para escolha de nova empresa.

Na ocasião, a prefeitura havia previsto que no dia 2 de março, portanto hoje, a nova empresa de ônibus já estaria em operação, mas a administração não conseguiu concluir o certame.

Em entrevista ao G1 do Triângulo Mineiro, o secretário de Trânsito e Transportes, Luiz Antônio Lopes, disse que em breve será dada uma solução para o problema.

“Na sexta-feira tivemos a abertura de envelopes, eram cinco empresas e apenas uma continua no certame. Ao abrir esta proposta nós aproveitamos o feriado para estudar e avaliar,  para hoje resolver esta situação. Não havendo solução a gente vai ter que abrir uma nova licitação e fazer uma contratação emergencial para seis meses para a gente ter tempo hábil para fazer uma nova licitação”, explicou.

Ninguém da empresa foi localizado para comentar o assunto, mas de acordo com o sindicato dos rodoviários , que irá mover ações trabalhistas de rescisão de contrato, a prefeitura deve em torno de R$ 160 mil à empresa de ônibus.

O poder público desconhece a dívida e diz que todo débito que tinha pela prestação de serviços foi quitado.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. MARCOS NASCIMENTO disse:

    Parece que de que agora em diante vai virar moda as prefeituras darem calote nas empresas de ônibus e depois rescidirem o contrato ! Conheço mais 3 cidades onde a bomba pode estourar ainda em 2017.

  2. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Esta e a Gestao Beasil, gerando o efeito juridico.

    Parabens a essa prefeitura.

    Deixar os municipes sem onibus.

    Melhor dar uma lida no Direito Administrati e Penal.

    Att,

    Paulo Gil

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