Vendas de ônibus caem 36,88% em relação ao ano passado

Esperança para mercado de urbanos está no Refrota, programa financiado pelo FGTS que vai estimular troca de ônibus

Números mostram que crise ainda está longe de ser superada

ADAMO BAZANI

A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou nesta quarta-feira, 1º de março de 2017, o balanço dos dois primeiros meses de vendas de automóveis.

De acordo com os números da entidade, o setor de veículos pesados, ônibus e caminhões, registrou nos dois primeiros meses deste ano queda de 33,05% nas vendas em comparação aos dois primeiros meses de 2016, ano em que já a crise econômica estava instalada.

No caso dos caminhões, a queda foi de 32,04%. Nos dois primeiros meses de 2016, foram vendidas 8168 unidades ante 5551 neste ano.

O segmento de ônibus teve queda maior, de 36,88%, com 1354 veículos de transporte coletivo vendidos ante os 2145 do primeiro bimestre de 2016.

Os números são negativos também se comparada a variação entre janeiro e fevereiro deste ano e na comparação entre fevereiro de 2017 com fevereiro de 2016.

Os resultados mostram que apesar de um discurso otimista por parte de alguns representantes do setor, ainda a crise econômica não foi afastada do segmento automotivo, em especial dos veículos comerciais, que muito mais que indicarem a disposição das famílias em gastarem, são termômetros do nível de investimento dos demais setores da economia.

Em relação às marcas, de acordo com a Fenabrave, a Mercedes-Benz lidera nos segmentos de ônibus e caminhões, em seguida vem a Volkswagen.

No caso dos ônibus, a terceira colocada é Marcopolo porque a Fenabrave leva em consideração as vendas dos miniônibus Volare, pertencentes à marca e que são comercializados integralmente. No segmento de caminhões, a Ford aparece em terceiro lugar.

Acompanhe:

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Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Cláudio disse:

    Ontem a Marcopolo anunciou que entrará novamente em férias coletivas em março. Friza que não é falta de vendas mas falta de CHASSIS!
    Pela informação são cerca de 500 unidades que as montadoras estão atrasadas. Parece estar havendo um descompasso entre o segmento.

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