Em meio a dilema, tarifa de ônibus na Grande Goiânia sobe para R$ 3,70 neste sábado
Publicado em: 5 de fevereiro de 2016
Sistema de transportes perde de passageiros e tem custos ampliados
ADAMO BAZANI
A CMTC -Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos em Goiás autorizou o reajuste das passagens de ônibus da grande Goiânia a partir deste sábado 6 de fevereiro de 2016.
As tarifas terão reajuste de 12,1% passando de R$ 3,30 para R$ 3,70. Já a passagem para o Eixo Anhanguera vai custar R$ 1,85.
De acordo com a CMTC, os índices inflacionários, o aumento do valor do óleo diesel e dos custos de manutenção dos veículos, além dos salários dos motoristas, contribuíram para que o reajuste fosse aplicado.
O sistema de transportes coletivos de Goiás vive um dilema principalmente na capital e nas cidades ao entorno. Entre janeiro de 2014 e janeiro de 2016, o transporte coletivo perdeu 27,92% de passageiros, mesmo com investimentos em corredores de ônibus como no Eixo Anhanguera e em renovação de frota.
A CMTC diz ainda que outras medidas para melhoria dos transportes estão em andamento. Até junho deve ser entregue o Corredor T-7, ligando o Terminal Bandeiras à Praça Cívica, e ainda neste ano está prevista a conclusão dos corredores 85 e T-63. Já estão em planejamento os corredores Independência, T-9 e 24 de Outubro.
Neste mesmo período em que houve queda de 27,92% no número de passageiros, os valores das passagens tiveram reajustes 37,03%, saltando de R$ 2,70 para R$ 3,70.
O que ocorre em Goiânia e região é o exemplo mais latente do que acontece em outras capitais e regiões metropolitanas no Brasil: uma verdadeira Bola de Neve. Na medida em que as tarifas aumentam, o número de passageiros diminui, mas quando o número de passageiros diminuiu significativamente, maior será o impacto no sistema e os custos serão divididos por menos pessoas, ocasionando elevação da tarifa.
Em resumo, mais tarifa resulta em menos passageiros e menos passageiros gera mais tarifa.
Não somente em Goiânia, mas em outras capitais e regiões metropolitanas, tem se discutido como atrair mais passageiros e ao mesmo tempo reduzir custos. São várias as propostas, como o financiamento ao transporte coletivo e o uso da Cide, imposto sobre combustível para as tarifas é uma das alternativas, enxugamento de sobreposições de linhas, readequação de frota e revisão das gratuidades.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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Infelizmente não há administração nenhuma, é muito ruim o sistema aqui em Goiânia. Tem gente que estuda e parece que não aprende nada. Com experiencia na atividade e com vontade de ajudar a população seria fácil administrar os interesses de todos não só o dos empresários que querem ganhar muito. O custo de manutenção aqui em Goiânia é muito menor do que em outras cidade com trajeto bem mais acidentados aqui tudo é reto não existem ladeiras que aumentam o consumo de combustível, deveriam analisar a planilha de custo desta empresas para confirmar a margem de lucro destes empresários que só estão pensando neles.