Veículos Elétricos e transportes coletivos são apontados como soluções em Conferência Mundial do Clima

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Trólebus. Conferência do clima aponta veículos elétricos como parte da solução para o meio ambiente no planeta.

Segundo os estudos apresentados na COP-21, para evitar aquecimento global, até 2030, ao menos 20% de todos os ônibus e carros no mundo devem ser elétricos

ADAMO BAZANI

Com Agências

Estudos da ONU – Organização das Nações Unidas, apresentados na COP-21, a Conferência Mundial do Clima, confirmam como indispensável a mobilização das cidades para, principalmente em países em desenvolvimento, ampliar a oferta de transportes públicos, com mais redes de ônibus de alta eficiência, como BRTs – Bus Rapid Transit e de metrô de alta capacidade. Além disso, é necessário baratear a venda de veículos elétricos no mundo, contanto com ônibus e trólebus para o transporte coletivo sobre pneus, e carros de passeio deste tipo mais baratos.

As medidas estão entre as dez iniciativas de redução de emissão de gás carbônico apresentadas nesta quinta-feira, 3 de dezembro de 2015, no encontro mundial em Paris.

Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, os transportes de cargas e de passageiros são responsáveis por 25% das emissões de gases que causam o efeito estufa, a segunda maior atividade geradora destes tipos de poluentes.

A mobilidade urbana, com a busca da redução da frota de carros de passeio em circulação ao mesmo tempo, foi um dos principais temas citados pelos líderes mundiais.

A ministra do Meio Ambiente da França, Segolene Royale, apresentou o projeto Mobilize Sua Cidade, que busca apoiar 100 municípios em 20 países emergentes ou em desenvolvimento para que haja iniciativas sustentáveis nos planos nacionais de transporte.

Ações como ampliação de redes de corredores de ônibus e de metrô devem fazer com que cada cidade consiga reduzir entre 50% e 75% as emissões ligadas aos transportes urbanos. Segolene Royale anunciou que no próximo ano deve ser lançado projeto piloto em países da África, da Ásia e da América do Sul.

Os estudos apresentados mostram que é possível reduzir em 50% a emissão de gás carbônico dos transportes até 2050 globalmente.

A Iniciativa Global da Economia de Combustível hoje conta com 65 países e tem como meta dobrar eficiência dos veículos até 2050, tanto de cargas como de passageiros.

Se as metas foram alcançadas, pode haver uma redução de mais de 30 gigatoneladas de gás carbônico.

ÔNIBUS E CARROS ELÉTRICOS COMO SOLUÇÕES:

Os veículos elétricos foram apontados na COP-21 como uma das principais soluções para mobilidade limpa. A ministra Segolene Royale disse que em relação aos transportes sobre pneus, deve haver globalmente incentivos à mobilidade elétrica. Isso incluimais ônibus a bateria, híbridos e trólebus nos sistemas.

A ministra do meio ambiente da França também apresentou entre as propostas a possibilidade de criar uma espécie de concorrência pública para que carros de passeio custem em torno de US$ 7 mil.

Segundo ela, se até 2030, 20% da frota global forem elétricos, entre carros e ônibus, a meta de evitar que a temperatura no planeta suba 2º C, pode ser alcançada.

A eficiência dos transportes de cargas, com caminhões mais modernos e principalmente, trens de alta capacidade de carregamento para longas distâncias, também devem fazer parte das medidas para reduzir as emissões pelo setor.

TÁXIS COMPARTILHADOS SÃO DEFENDIDOS POR ESPECIALISTAS:

Já o Secretário-Geral do Fórum Internacional de Transportes, José Viegas, que também esteve na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP-21, nesta quinta-feira, disse que além de mudar a forma de tração dos veículos, é necessário que seja feita uma ocupação mais inteligente e uma reorganização nos deslocamentos. Para isso, ele citou a importância dos deslocamentos coletivos, em ônibus e trens, e também destacou a importância dos táxis compartilhados, lamentado o fato de este transporte ser considerado ilegal em diversos países:

“Temos trabalhado muito no Fórum uma coisa que, para simplificar, se pode chamar de táxis partilhados: acaba o congestionamento, reduz trinta por cento das emissões e pagando, cada passageiro, cerca de um terço do que paga hoje pela mesma distância num táxi. Há soluções. Só tem um pequeno inconveniente: hoje em dia, em todos os países europeus, o táxi partilhado é ilegal”

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    Para se chegar a essa conclusao nao ha necessidade de fazer uma conferencia mundial.

    Nossos antepassados mais inteligentes ja usavam em Sampa o bonde e o buzao eletrico.

    E a involucao do homem, apesar da tao falada “evolucao tecnologica”

    Att,

    Paulo Gil

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