Grupo quer evitar que trólebus históricos de São Paulo sejam levados a leilão como sucata

trolebus

Foto de trólebus que marcaram uma geração de ônibus elétricos nos anos de 1990. Grupo quer que ao menos uma unidade seja preservada. Foto – Divulgação Blog Nosso Transporte

Modelo representa uma geração de ônibus elétricos que marcou os anos de 1990

ADAMO BAZANI

Um grupo de entusiastas, admiradores e pesquisadores dos transportes limpos em São Paulo quer evitar que unidades de trólebus que marcaram os anos de 1990 sejam levados a leilão como sucata.

O Grupo Defesa do Trólebus diz que pelo menos uma das quatro unidades do modelo Neobus Mega seja restaurada e encaminhada para um acervo histórico, como o ACF Brill, ano 1947, que fez parte do primeiro lote de veículos elétricos que circularam em São Paulo, e o Grassi Villares, ano 1961, ambos preservados no Museu Gaetano Ferrola, conhecido como museu dos transportes ou museu da CMTC, na zona norte de São Paulo.

No museu de Constantino de Oliveira, na garagem da Breda, em São Bernardo do Campo, há também um trólebus Grassi dos anos de 1960. Já na garagem da Metra, de Maria Beatriz Setti Braga, também em São Bernardo do Campo, há um trólebus Marcopolo San Remo/Scania anos 1982 e um trólebus Cobrasma de 1985.

Segundo Marcos Galesi, do “Defesa do Trólebus”, os veículos da Neobus, chassi Mercedes-Benz, estavam em litígio judicial e agora foram liberados.

Eles foram fabricados em 1997 e são considerados parte da quarta geração de trólebus brasileiros. Nesse ano, foram adquiridos num lote de 37 veículos elétricos e operados pela Viação Santo Amaro. Rodaram por apenas cinco anos. Em 2003, já tinham sido aposentados por causa da desativação da linha de trólebus em Santo Amaro.

Também em 1997, a Transbraçal comprou um lote de trólebus Marcopolo/Gevisa.

“O grupo Defesa do Trólebus está necessitando muito de ajuda de todos os admiradores, busólogos e preservacionistas do transporte, para que acionem a SPTrans, os órgãos de defesa do patrimônio, secretaria de transportes e quem mais possa ajudar a preservar este material rodante.” – disse Marcos Galesi.

Ele possui um blog, Nosso Transporte – (https://galesitransportes.wordpress.com/2015/11/08/extra-trolebus-legitimos-representantes-da-decada-de-90-correm-o-risco-de-desaparecer-e-quem-perde-e-a-historia-do-transporte/)  no qual pede que entusiastas e a pessoas que atuam na preservação da memória pressionem a SPTrans, secretaria da cultura e vereadores.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Thiago disse:

    No nosso novo post Biometano: O Novo Biocombustível do Brasil, linkamos o blog ponto de ônibus através da imagem do ônibus da Scania que já é movido a esse biocombustível.

    confira no link:

    http://centraldalogistica.com.br/info-central/tecnologias/15/biometano-o-novo-biocombustivel-do-brasil

  2. O Galesi vai me bater, mas penso aqui antes de qualquer coisa.

    Não discordo que manter a história é legal. Precisamos fazer isso e sempre guardar alguma peça que sirva como parte da história. No caso dos transportes, é bom guardar um exemplar de um veículo da década de 80 e / ou um da de 90.

    O ponto é se guardar vários exemplares.

    Há vários pontos aqui a serem pensados:

    – Compensa a restauração? É algo fácil de restaurar ou tem muito detalhe a ser feito?
    – Das três pode montar uma ou duas?
    – Fora a questão de ser um exemplar restante da época, o que mais é relevante ao “público comum” (não entusiasta de transportes)? O visual? A tecnologia?

    Muitos veículos dos anos 80 até 00 são veículos que não tem um design relevante. São meramente funcionais. Não tem o charme dos anos 40 – 60, nem a “modernidade” ou feição dos anos 70 – 80. Entre os anos 80 ao 00, noto que tirando o O-371 (o Mercedes monobloco), os outros ônibus (carrocerias) não tinham um design interessante. Caio, Neobus, Ciferal, Marcopolo… eram quase todos “quadrados com alguma borda arredondada” – isso vale aos NeoBus da foto.

    Torço pela recuperação de pelo menos um exemplar, ou dos três, montando um ou dois veículos a partir das peças. Assim, podendo deixar o mesmo para exposições ou veículo de ensino. O mal aqui é lembrar também das regras atuais de permanência de veículos – idade máxima de 10 anos em média. Como já falei outras vezes nos comentários, sou da ideia de que o ideal aqui seria a mudança da regra para que se uma empresa permanecer com um veículo antigo, que ele sempre seja alvo de vistorias para garantir a qualidade de condução e segurança necessários, assim o gasto de manutenção sendo menor, e o custo de ter um veículo diluído, assim permitindo uma passagem mais barata.

    1. William de Jesus disse:

      Boa noite.

      Restaurar esse carro vai muito mais além do que ter mais um trólebus em um museu! Em breve, a Neobus iá desaparecer (ao que tudo indica, foi incorporada pela Marcopolo, já que ninguém paga divida de outro sem interesse).

      Sobre a idéia dos ônibus antigos serem reformados, isso é relativo: No ABC temos a frota mais velha de SP e esmo assim a passagem é mais cara que muita cidade. Além disso, a população reclama! Um dia desses estava em um onibus da Campo Belo (7 2161). Uma senhora entrou e disse “nossa, deveriam colocar carros novos nessa linha”. Detalhe: O carro é do ano passado!

      1. O problema do ABC vai além da frota velha e preço alto. Em um nome: Celso Daniel.

      2. No caso da “extinção” da Neobus, não é assim. Não é porque uma empresa vai falir ou sumir que precisa guardar tudo sobre ela. Vai da relevância plena e do interesse coletivo. Noto que apenas os ônibus novos da Neobus são bonitos. Os antigos são esquisitos em visual. Isso já tira pontos.

        Como falei, uma ou duas unidades não tem problema. Ficar com as três unidades, só se uma virar “sucata” para as outras duas. Reformar e manter é caro. Não é só arrumar e deixar lá exposto. Basta ficar parado para enferrujar tudo de novo, perder a pintura, corroer a estrutura.

        Um ponto extra: tem que ver quem tem capacidade de receber os ônibus como exemplares de museu. Não sei se estou certo mas o Museu dos Transportes deve estar lotado. Faz um tempo que não o visito e me lembro que o mesmo ficou em reforma.

  3. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    De pleno acordo, isso nem precisa pedir, afinal e uma das obrigacoes da fiscalizadora e as empresas podem restaurar como cortesia.

    Entendo que mais modelos disponiveis devem ser restaurados o Mafersa, o Marcopolo Torino e se tiver mais algum antigao tambem.

    E possivel visitar o museu da Breda ??????

    Att,

    Paulo Gil

  4. moises disse:

    Oi boa tarde a todos sou moises entao isso q o adade faz e injustiça pq rsses guerreiro onibus sao oque sauvava os trabalhadores eles so tem 5 anos rodados emtao tem mas 5 pra roda se o governo do estado de sao paulo tem dinheiro pra coloca novas frota pq o governo n pode gasta pra renova esses onibus q tem com diçao deroda ainda nem todos onibus estao ruims assim de ver fika pagando em coisa q n tem obrigatorio pq n gasta neste guerreiros q salvarao muito moradores d sp ou fazer adaptasao desse onibus coisa q pode melora as vida d trabalhadores coloca esse onibus sentido bairro e tira esse micro onibus eu soy fa desse carro e isso e injustisa q o adadi fa ou colocar esses carro no bairro mas precario

Deixe uma resposta para Paulo GilCancelar resposta

Descubra mais sobre Diário do Transporte

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading