“Pula-catraca” dá prejuízo de R$ 10 mil por dia a sistema de ônibus de Curitiba
Publicado em: 5 de novembro de 2015
Por ano, perdas chegam a R$ 3,6 milhões, impactando o valor das tarifas
ADAMO BAZANI
Quem não paga tarifa de ônibus, seja pulando catraca, passando por áreas proibidas em terminais ou fraudando bilhetagem, pensa que está levando vantagem.
Na hora, pode até parecer, mas a chamada evasão de tarifa custa muito caro para todo o sistema de transportes e o principal prejudicado é o passageiro.
De acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira, dia 05 de novembro de 2015, pelo Setransp, que é o sindicato que reúne as empresas de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, os “pula-catracas” causam prejuízos diários de R$ 10 mil na capital paranaense e cidades ao entorno. Por dia, são 3 mil 252 pessoas que não pagam tarifa, mesmo devendo.
Os dados foram obtidos por meio de câmeras, cálculos de ocupação dos ônibus diante do público pagante e gratuito, e por informações de funcionários do sistema.
Por ano, a perda de arrecadação chega em média a R$ 3,6 milhões.
Este valor acaba pesando no cálculo da tarifa, tornando a passagem mais alta, e dificulta a realização de investimentos tanto em frota como em tecnologia.
“A estação-tubo Passeio Público, no sentido Terminal Santa Cândida, registra o maior número de invasões: em média, 208 por dia. Essa estação-tubo também ocupa o oitavo lugar no ranking das mais invadidas, com 50 por dia, no sentido Terminal Capão Raso. No total, em média, 258 pessoas furam a catraca por dia só na estação-tubo Passeio Público. No entanto, quando se compara o número de pessoas transportadas com o total de invasões, a estação-tubo Barigui lidera o ranking. No sentido bairro, 40% dos passageiros transportados furam a catraca e no sentido centro, 27%. De acordo com a pesquisa, 22% das invasões ocorrem das 13h às 17h30; 17% das 17h30 às 19h30; 16% das 11h às 13h; 15% das 19h30 às 22h; 12% das 5h às 8h; 11% das 22h à 0h30; e 7% das 8h às 11h. O levantamento mostra, ainda, que 49% das invasões são feitas por gangues/vândalos, 21% por estudantes, 12% por usuários, 6% por torcedores e 12% por outras pessoas que não se encaixam nas classificações citadas. Nos terminais, o número de invasão é baixo em razão de uma série de medidas de segurança nesses postos de cobrança, entre elas fiscalização da Urbanização de Curitiba (Urbs), controladores de acesso, vigilantes privados e ronda mais constante da Guarda Municipal e Polícia Militar.” – explica o Setransp em nota.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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Se eu Curitiba é assim imagina como seria em São Paulo onde o Prefeito Maldad e os empresários estão loucos para acaba com o cobrador.
Por mais que eu seja contra o fim do cobrador, não considero que sem ele a evasão aumenta. Vide o corredor ABD, aonde já vi pagante embarcar por trás na Nevada.
O fato das pessoas pularam a catraca em Curitiba não seria por falta de cobradores dentro dos ônibus e somente o motorista?