Haddad diz que licitação dá “condições máximas de competição”

ônibus são Paulo

Ônibus em São Paulo. Haddad diz que edital permite maior competição. Mercado aposta na permanência de quem já está. Foto: Adamo Bazani

Segundo prefeito, alguns lotes vão exigir frotas pequenas, mas mercado aposta na permanência de quem já opera o sistema

ADAMO BAZANI

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 14 de outubro de 2015, que a licitação dos transportes na cidade oferece “condições máximas de competição”.

Ele afirmou que frotistas com um total de 100 ônibus podem disputar alguns lotes no sistema. Também reafirmou que a decretação das garagens em áreas de utilidade pública para eventual desapropriação pode atrair empresários que não atuam no sistema da cidade.

“Os lotes foram divididos de uma tal maneira que uma pessoa com uma frota de 100 veículos poderá participar da licitação … Não se tornou impossível hoje, como era no passado, participar” – comentou Haddad.

Sobre as garagens, disse que era um dos principais “gargalos” que causava desinteresse por parte de outros empresários do setor.

“No edital está previsto que quem ganhar a licitação vai poder exercer o direito de desapropriação com justa indenização, mas vai poder operar na cidade sem dificuldades”.

Apesar das afirmações, o mercado aposta que do ponto de vista empresarial pouca coisa deve mudar. Os atuais empresários e as companhias que surgiram a partir de cooperativas, às vésperas da licitação, continuam renovando a frota, com ônibus que custam até R$ 1 milhão.

Nesta quarta-feira, a prefeitura publicou o extrato do edital da licitação dos três grupos de linhas: Estrutural (linhas entre regiões e passando pela área central), Local de Articulação (entre bairros da mesma região ou até o centro sem passar por corredores movimentados) e Local de Distribuição (dos bairros até terminais e estações locais).

Haverá readequação de linhas com redução de frota dos atuais 14 mil 800 ônibus para em torno de 13 mil. Mesmo assim, a prefeitura garante mais vagas e mais viagens pela promessa de os ônibus serem mais rápidos e maiores, com a ampliação do total de ônibus maiores, como midis no ligar de micros e superarticulados no lugar de padrons:

Os detalhes você confere neste link:

https://diariodotransporte.com.br/2015/10/14/prefeitura-de-sao-paulo-publica-extrato-do-edital-de-licitacao-dos-transportes/

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. William de Jesus disse:

    Boa tarde!

    Adamo, como bom brasileiro ainda tenho esperança rsrs, então lá vai: Além dessas empresas, tem mais alguma, de fora da cidade, que esteja planejando participar do edital?

  2. Andre disse:

    Adamo, a globo foi rápida em fazer lobby aos carros no mesmo dia que divulgaram esse edital. Compararam o deslocamento de um um ônibus em SP com um carro da produção no Rio. Quem será que chegou mais rápido? Burguesia hipócrita!

    1. Bruno disse:

      Engraçado que os “anti burgueses” compraram carro na primeira chance que tiveram kkkkk

      1. Andre disse:

        Você não entendeu o que eu escrevi não é Bruno?

  3. O difícil aqui é que para quem é empresário, transporte deveria gerar lucro. E bem, um técnico ou entendido mais profundo pode falar melhor, mas acho sinceramente que é difícil tirar lucro de um serviço público.

    1. William de Jesus disse:

      Boa noite!

      O fato de se chamar “transporte público” já poderia chamar qualquer lucro de crime, uma vez que, por ser púbico, não deveria haver cobrança nas passagens, por exemplo!

      Agora, se vamos falar de empresas de ônibus: se não vai existir uma “CMTC 2015” onde a frota toda era pública, não adianta brigar com quem é empresário e está ali, sentindo que está fazendo um favor, pois se alguém chiar, é mais facil para ele recolher a frota do que abrir mão de algum lucro.

      O problema é: toda corporação, grande ou pequena, pensa em mais e mais lucros. É uma expectativa futura de que os lucros irão sempre crescer. É o problema em SP hoje, pois o edital nada mais é do que uma renovação de contrato com as empresas já existentes. Se outras empresas de fora se interessassem, aí sim eu acreditaria, mas há muita mafia nesse meio.

      1. Paulo Gil disse:

        Willian de Jesus, bom dia.

        Nao e “CMTC-2015”, sera a “cPTc”

        Rssssssss

        Ate para morrer ha custos de funeral ou cremacao.

        Entendo que qualquer tipo de ramo de atuacao ou empresa ter lucro nao e “pecado”.

        Vamos supor que apos a licitacao somente empresas diferentes das exixtentes ganhem a licitacao (isto e uma suposicao).

        Nada vai mudar, pois a fiscalizadora e que e o pior monopolio e lucro as novas empresas tambem vao querer ter.

        Portanto o que tem de mudar e o conceito de operacao e as mentalidades jurassicas.

        Supondo, tambem, que tudo passe a ser “cPTc”, havera custos e se esses custos nao forem cobertos pelas passagens pagas, o resultado todo mundo ja sabe, falencia, mesmo sendo publica.

        Esta relacao matematica e basica, a Tia Cotinha ja ensinou a muita gente.

        O problema do buzao de Sampa nao tem solucao porque o “modus operandi”, continua arcaico em todos os sentidos incluindo o pior deles que e o “ego”, a questao do lucro e simples, afinal e matematica pura.

        Entao e isso, pode mudar todas as empresas ou pode virar tudo Leblon, nao ira dar certo – vide em Maua.

        Obs.: Nao sera por culpa da Leblon que nao dara certo, deixo aqui bem claro.

        Sem expectativas, sera apenas a nova regulatidade documental, so isso.

        O Aerotrem esta ai e nao deixa ninguem mentir.

        PARADAO.

        Att,

        Paulo Gil

  4. Bruno disse:

    Darei minha mão a palmatória se vier alguma empresa de fora….eu DUVIDO mas DUVIDO MUITO mesmo que isso aconteça! Além do mais, essa ideia de forçar baldeações vai simplesmente colocar mais carros na rua…Hj testei essa ideia dele baseado no que havia lido a respeito antes, tive que esperar a passagem de 8 ônibus até conseguir entrar em um e ainda assim descer pela frente por não haver NENHUMA condição de passar a catraca…Essa insistência daqueles dois é o cúmulo da teimosia!

  5. Vão continuar as mesmas empresas sem dúvida infelizmente.

  6. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    O problema nao e condicoes de competicao.

    O problema e ter capital para competir, se eu tivesse capital eu tambem competiria.

    Mas depois de ler aqui no blog a explicacao do dono da Gontijo quando perguntaram a ele por que ele nao opera no urbano, ele respondeu.

    Da muito problema.

    E como eu concordo com ele, mesmo se eu tivesse capital eu nao entraria nessa competecicao.

    Trabalhar e bom, ter lucro e melhor ainda, mas ter problema nao ha lucro que pague.

    Att,

    Paulo Gil

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