Dia de Fazer a Diferença: Muito mais que doação, valorização

Dia de Fazer a Diferença

Muito mais que doações materiais, abraços e carinho foram os principais presentes que agradaram as crianças. Foto: Adamo Bazani

Colaboradores de empresa de ônibus do ABC reservam um pouco do seu tempo para fazerem parte da vida de pessoas que necessitam de ajuda

ADAMO BAZANI

Uma manhã de domingo marcada pela solidariedade. Assim foi o “Dia de Fazer a Diferença” promovido pela Metra, empresa de ônibus e trólebus que opera o Corredor Metropolitano ABD, entre São Mateus, na zona Leste de São Paulo, e o Jabaquara, na zona Sul, e entre Diadema, no ABC Paulista e Brooklim, zona Sul de São Paulo.

O “Dia de Fazer a Diferença” é uma data mundial que reúne diversas iniciativas em prol da união e do bem ao próximo. As ações surgiram nos Estados Unidos, em 1992, por intermédio de uma parceria entre o jornal USA Weekend e a Points of Light Foundation, uma das maiores instituições de voluntariado do planeta. No Brasil, as primeiras iniciativas em torno do “Dia de Fazer a Diferença”  datam de 1999.

ônibus Caio

O Grupo ABC também ofereceu transportes para voluntários e famílias da região para reunir a todos no Centro Social Maximiliano Kolbe. Foto: Adamo Bazani

Neste domingo, 30 de agosto de 2015, funcionários da empresa de transportes levaram alegria e assistência a famílias carentes da região pós-balsa, no Centro Social Maximiliano Kolbe, em São Bernardo do Campo.

Com aproximadamente 17 mil habitantes divididos em diversos núcleos de moradia, a região do pós-balsa é considerada uma das áreas mais desprovidas de recursos do ABC Paulista, apesar de ficar a cerca de 20 minutos das maiores montadoras do País, instaladas na rodovia Anchieta.

Dia de Fazer a Diferença

Colaboradores da empresa Metra dedicaram o tempo para proporcionar ao semelhante um dia diferente e especial. Foto: Adamo Bazani

cestas básicas

Mais de duzentas cestas básicas foram doadas pelos funcionários da empresa de ônibus e trólebus no Dia de Fazer a Diferença. Foto: Adamo Bazani

Na ação deste domingo, foram doadas 200 cestas básicas e brinquedos. A comunidade também contou com atividades como corte de cabelo, exames de saúde, massagens e brincadeiras para crianças, além da presença do grupo teatral da Metra que frequentemente faz apresentações dentro dos ônibus com mensagens educativas, mas transmitidas de maneira bem humorada.

Muito mais que as doações, no entanto, a atenção, o carinho, sorrisos e abraços proporcionaram momentos especiais para as famílias da região.

Foi o que relatou Renata Alves de Souza, que tem uma filha de seis anos e um filho de nove anos atendidos pelo centro social.

“É importante um trabalho como este. Nos sentimos valorizados e é só isso que muitas vezes falta no mundo, um ser humano valorizar o outro” – contou a moradora do pós-balsa.

Criado em 2006, após trabalhos missionários na região, o centro atende atualmente 118 famílias, e tem o objetivo principal prestar assistência social que é muito mais que assistencialismo, como explicou Edvanda Leal Santana, presidente do Centro Social Maximiliano Kolbe.

“Com o centro social, buscamos oferecer formação às crianças e adolescentes atendidos, que é além da educação básica. Assim, são criados vínculos entre as famílias e crianças e a sociedade. Buscamos algo maior que a simples complementação da escola. As atividades que desenvolvemos no centro não são fins, mas meios para transmitirmos valores de cidadania, respeito ao próximo. Por exemplo, temos o curso de informática. Não almejamos simplesmente ensinar as crianças a operar os programas de computador, mas no conteúdo do curso trabalhamos com mensagens do bem, com a disciplina, com a cooperação” – disse Edvanda.

horta

Entre as atividades corriqueiras do centro, estão as voltadas para o bom relacionamento com a natureza. Crianças e adolescentes aprendem a inclusive a cultivar hortas. Foto: Adamo Bazani

Possibilitando formação, o centro ajuda a oferecer oportunidades para toda a família.

É o caso da colaboradora da obra, Angelita Amorim da Silva Borges. Ela conseguiu um emprego no centro e a filha dela, Thalia Amorim da Silva Souza, de 15 anos, fez o curso de administração que aumentaram as oportunidades no mercado de trabalho.

O centro atende crianças e adolescentes de 6 a 17 anos e desenvolve atividades que criam um envolvimento dos pais na rotina de formação dos filhos.

De acordo com o coordenador da equipe de comunicação da Metra, Thiago Terci, a empresa sempre participa de ações sociais. O Grupo ABC, que engloba a operadora do corredor, atende os moradores com o sistema regular de transporte escolar pela Auto Viação ABC Escolar e com o transporte público municipal pela SBCTrans.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Luciana disse:

    Parabéns pelo texto e pela iniciativa de divulgar o centro social

  2. JOÃO AYRTON LAMBIASE disse:

    Metra é Metra,, não é a toa que o Grupo Auto Viação ABC, dono da empresa perdura por 60 anos.

    1. Paulo Gil disse:

      Lambiase, boa noite.

      De acordo com você.

      Abçs,

      Paulo Gil

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