Ônibus do subsistema local de São Paulo podem parar na terça-feira

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Ônibus do subsistema local de São Paulo. Por reajuste maior, empresas podem não tirar veículos das garagens.

Empresários de frotas que eram de cooperativas dizem que prefeitura de São Paulo não cumpriu acordo de reajuste no valor dos contratos

ADAMO BAZANI

Aproximadamente 3 milhões de passageiros podem ficar sem ônibus nesta terça-feira na Capital Paulista.

Donos de empresas do subsistema local, formadas a partir de cooperativas, se reúnem na tarde de hoje e podem decidir paralisar as atividades no dia 1º de setembro.

Outra possibilidade de protesto é não aceitarem pagamento com o Bilhete Único, recebendo somente em dinheiro, como se as catracas fosse retiradas.

Os donos destas empresas dizem que a prefeitura de São Paulo não cumpriu acordo de reajustar os valores dos contratos em 11%, limitando essa correção em 6,28%.

O secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, diz que a limitação do valor, que deve ser aplicado na próxima segunda-feira, se dá por causa da queda de arrecadação do município.

Os empresários chegaram a pedir 21% de correção e dizem que com 6,5% é impossível cobrir os custos de operação.

De acordo com o mais recente dado sobre demanda da SPTrans – São Paulo Transporte, entre janeiro e julho deste ano, o subsistema local transportou 703 milhões 886 mil 376 passageiros. Já o subsistema estrutural atendeu a 952 milhões 962 mil 814 passageiros. Nos sete primeiros meses deste ano, os ônibus municipais de São Paulo tiveram 1 bilhão 656 milhões 849 mil 190 registros de passagens.

Da atual frota de 14 mil 778 ônibus, 8 mil 844 são do subsistema estrutural e 5 mil 934 do local.

O subsistema estrutural é formado pelas empresas de ônibus que operam linhas e veículos de maior porte, por exemplo, e ligam diferentes regiões da cidade ao centro.

Já o subsistema local é operado por empresas que antes eram cooperativas, principalmente dentro das regiões. A mudança da estrutura de cooperativa para empresas se deu por causa da licitação dos transportes na cidade, que está em fase de consulta pública.  O novo modelo de transportes proposto para os próximos 20 anos em São Paulo não contempla mais as “cooperativas de lotação”.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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