Lucro da Marcopolo cai 26,1% no segundo trimestre

ônibus

Ônibus com carroceria Marcopolo. Fabricante registrou queda nos principais indicadores.

Situação só não foi pior por causa do mercado externo

ADAMO BAZANI

A crise econômica brasileira, que teve como um dos estopins o descontrole das finanças públicas por parte do Governo Federal (caso contrário não seria necessário o ajuste fiscal) continua afetando o mercado de veículos de transportes coletivos que é um indicador do nível de atividade de outros setores e da situação dos cofres da União, estados e municípios.

Mais uma prova de que ainda a melhora suficiente parece ainda estar distante é o desempenho da empresa Marcopolo, hoje a maior encarroçadora de ônibus do País.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, dia 03 de agosto de 2015, o lucro líquido do segundo trimestre somou R$ 37,1 milhões, número 26,1% menor que o resultado do mesmo período de 2014.

O Ebitda, que é o lucro antes do desconto dos juros, impostos, amortizações e depreciações, foi de R$ 49,1 milhões, recuo de 18,4%.

A situação só não foi pior por causa das exportações beneficiadas pela condição melhor dos outros países em relação ao Brasil e pelo real desvalorizado frente ao dólar.

Mesmo assim, as exportações não foram suficientes para reverter a queda de desempenho porque o volume é menor.

A receita líquida da empresa foi no segundo trimestre de R$ 636,3 milhões, um total 22,8% menor em comparação com o período de 2014. A receita líquida do mercado externo representou 51,9% deste valor. A receita das exportações teve elevação de 14,3% na comparação entre o segundo trimestre dos dois anos.

A produção da Marcopolo foi 33,2% menor de abril a junho de 2015 na comparação com semelhante período de 2014. Foram produzidas 2 mil 798 carrocerias neste ano ante 4 mil 188 do segundo trimestre de 2014.

A queda maior de produção foi no Brasil, com 2 mil 142 ônibus, baixa de 41,2%. Já a produção nas unidades da Marcopolo no exterior teve no segundo trimestre alta de 19,9%, com 656 carrocerias de ônibus.

A queda de vendas no segundo trimestre foi de 35,4%, com 2 mil 780 ônibus. No mercado interno, a baixa no volume de unidades foi de 41,2% e no exterior, houve alta de 12,6%.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Pedro disse:

    Adamo, porque temos tão poucos ônibus urbanos da marca, sendo que e a maior encarroçadora do pais, existe um monopólio da CAIO em SP, não chega a ser até desleal?

    1. Pois é amigo. Como a Caio é do mesmo grupo do maior frotista da cidade de São Paulo, é difícil a aquisição mesmo de veículos de concorrentes.

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