Mais de sete milhões de brasileiros trabalham em cidades diferentes de onde moram
Publicado em: 25 de março de 2015
Mais de sete milhões de brasileiros trabalham em cidades diferentes de onde moram
Dados são do IBGE e reforçam a necessidade de investimentos em transporte metropolitano
ADAMO BAZANI – CBN
Nesta semana, o Blog Ponto de Ônibus divulgou editorial sobre a necessidade de maior atenção do poder público para com os transportes metropolitanos. Há poucos investimentos e comprometimento dos governos estaduais. Ver em: https://diariodotransporte.com.br/2015/03/23/editorial-a-dificil-vida-de-quem-depende-de-transporte-metropolitano-no-brasil/
Já nesta quarta-feira, com base no Censo de 2010, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apresentou um estudo sobre a quantidade de pessoas que moram numa cidade e trabalham em outra.
De acordo com o IBGE, no Brasil são 7,4 milhões de pessoas. O Estado de São Paulo reúne 1,75 milhão e no Rio de Janeiro, o total é de 1 milhão de cidadãos nestas condições.
O IBGE tomou como base o perfil de deslocamento e empregabilidade de habitantes de conglomerados urbanos, que reúnem 107 milhões de pessoas, ou 56% da população.
Muitas destes arranjos de cidades não precisam necessariamente ser formados por grandes municípios. Há cidades com até 100 mil habitantes interdependentes de outras com número praticamente igual de pessoas.
Para definir estes arranjos, o IBGE levou em conta a relação social, econômica e de mobilidade entre os conglomerados, sendo estes mais numerosos que as regiões metropolitanas, que são definidas pelos estados.
No estado de São Paulo, o maior número de deslocamentos é entre Guarulhos e a Capital Paulista, com 146 mil pessoas por dia. É o mais numeroso do País.
Em todos os casos, são indicadas medidas urgentes para garantir a mobilidade, como construção de corredores de ônibus com maior eficiência.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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Amigos, boa noite.
Isso não é novidade.
Sempre existiram as “cidades dormitórios.
E tanto o trenzão como o buzão, sempre andaram abarrotados.
Proporcionalmente, hoje em dia esse índice pode perfeitamente ser até menor devido as
contingências abaixo:
1) Muitas indústrias foram para o interior de São Paulo, ou foram extintas.
2) Só por imprescindível necessidade de sobrevivência alguém trabalha longe de casa, pois hoje é muito desgastante, afinal ninguém merece 8 horas de trampo e 4 de buzão (ou até mais).
3) As tarifas dos buzões (em especial o metropolitano) é muito alta em relação aos salários ou os salários são muito baixos em relação às tarifas.
Não que o futuro “Sistema Napolitano”, tenha tarifa “doce”
Att,
Paulo Gil
Aproveitando a deixa, gostaria de sugerir que dê uma olhada sobre as obras de corredores da EMTU em SP. O Itapevi-Butantã, entre Itapevi e Jandira, está totalmente paralisado, e tem até uma favela se formando em uma parte.
Adamo,
Trabalho no sistema EMTU ha dez anos (motorista), este nunca atendeu aos interesses dos passageiros, pode-se verificar claramente pela quantidade de Usuários X Linha, se não perde usuários, nem de longe acompanha o crescimento populacional.
Diferentemente da opinião do ex-Secretario Sr. Jurandir Fernandes, que a facilitação da compra do automóvel, seria a razão de tantos congestionamentos, credito a ineficiência da Secretaria de Transportes Metropolitano.
O sistema EMTU, com certeza, sera a Laranja Podre atuando junto ao novo sistema da SPTRAN.
Adamo,
Se Secretaria do Negócios Metropolitanos quisesse realmente favorecer o transporte coletivo deveria tomar medidas, facilitando e priorizando o transporte coletivo, pois não há solução no transporte individual:
– Criar faixas exclusivas (ainda que apenas no horário de pico), em todas as rodovias que adentram a Região Metropolitana.
– A EMTU deveria criar pontos de transferência nos limites do município de S. Paulo, troncalizando aí suas linhas, oferecendo melhor transporte (mais horários, melhor aproveitamento dos carros) e ainda por menor custo (criação de fracionamento). As linhas troncos, que geralmente iriam circulam por corredores deveriam ser feitas por articulados, com câmbio automáticos, dando mais conforto aos usuários e motoristas.
– Fazer integração de linhas e tarifas com a SPTrans, tal como o Metrô, facilitando a vida das pessoas.
Élio J. B. Camargo