Haddad veta lei de táxis compartilhados em São Paulo

táxis

Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, veta projeto de lei que institui os táxis compartilhados alegando, entre outros pontos, a possibilidade da volta das lotações clandestinas. Foto: Apu Gomes/Folhapress

Haddad veta táxi compartilhado em São Paulo
Na alegação o executivo, projeto traria de volta o modelo de lotações e poderia prejudicar a atratividade do transporte coletivo
ADAMO BAZANI – CBN
Na edição deste sábado, dia 10 de janeiro de 2015, do Diário Oficial do Município, o prefeito Fernando Haddad vetou o projeto de lei aprovado na Câmara Municipal que instituía os táxis compartilhados na cidade.
O executivo municipal diz no veto que o compartilhamento tira as características de táxi, que oferece transporte individual com rotas e horários flexíveis, e que pode trazer de volta o modelo de lotações clandestinas.
“No final da década de 90, grande parte dos táxis-lotação transformaram-se em ‘vans de lotação’, muitas delas clandestinas, as quais, em razão da similaridade decorrente de linhas e trajetos predefinidos, acabaram por competir com o sistema regular de transporte coletivo, não tendo tal modalidade se mostrado eficaz à otimização dos serviços de táxi nem tampouco ao aprimoramento das condições de mobilidade urbana”, diz o veto.
Pelo projeto dos vereadores, as viagens seriam divididas entre duas e quatro pessoas, mesmo sem vínculo nenhum entre elas. Os táxis fariam rotas pré-definidas a partir de estações da CPTM, do Metrô, terminais de ônibus e pólos geradores de demanda, como shoppings, igrejas de grande porte, aeroporto e hospitais.
A extensão de cada viagem não poderia ser superior a 10 quilômetros.
A adesão dos taxistas seria voluntária e o profissional atuaria na região onde é cadastrado. Inicialmente, não haveria cadastro de novos motoristas.
Haddad classificou os táxis compartilhados como retrocesso à atratividade que as cidades em todo o mundo propõem dar ao sistema de transportes de média e alta capacidade.
“a equivalência da tarifa cobrada conforme o valor apontado no taxímetro, aproximando-o, ao revés, das categorias do transporte coletivo, a indicar que a instituição da medida pode representar um retrocesso à competição com os serviços do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros na Cidade de São Paulo”.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa. Noite.

    Traria de volta o modelo de lotacao, nao,; esse e o modelo de lotacao, apenas com outro nome (taxi compartilhado).

    A lotacao, nao compete vom o sistema do buzal de Sampa, porque este servico antes – taxi lotacao, deu tao certo que progrediram para vanas; claro que para quem dispoe de dinheiro para pagar a tarifa correspondente.

    Deu tao certo, porque era bairro centro, pela manha e centro bairro a tarde, sendo que era ponto a ponto, sem paradas, mas com o secesso comecou a para, virou vam e virou micro e virou micrao, mas atualmente sem a agilidade que a populacao gosta, voltando as partidas de 20 em. 20 a la CMTC.

    O servico de lotacao nao compete com o buzao porque ele e rapido e todos vao sentados, ou seja, esse tipo de servico srmpre vencera o sistema do buzao de Sampa.

    As lotacoes eram limpas e rapidas.

    Att,

    Paulo Gil

    1. Paulo Gil disse:

      Compldmentanfo:

      As lotacoes faziam o trajeto mais reto e rapido.

      O buzao sempre fez e faz ate hoje , o trajeto tipo caranguejada zigzagueada.

      Sem compararacao, o buzao de Sampa perdera sempre para as lotacoes.

      Att,

      Paulo Gil

      1. vagligeirinho disse:

        Nem tanto.

        Na verdade, atualmente o sistema de ônibus das cooperativas lidam com linhas tipo zig-zag em um bairro. Ou seja, a linha circula no bairro antes de chegar em um ponto de baldeação para uma linha tronco. É justamente o que era para ser desde o começo do projeto interligado: linhas bairro que circulam dentro da região e colocam os passageiros em terminais ou pontos de baldeação, e com isso levavam pessoas para linhas diretas centro-bairro ou centro-terminal.

        Nem todas as lotações, que eu me lembre, faziam linhas retas. Pelo contrário, faziam também muito zig-zag para irem sempre cheias. Meu pai trabalhou um pouco na época em ônibus de cooperativa antes da oficialização. E fazia a linha Eliza Maria – Barra Funda. A linha não mudou até hoje: sempre foi uma espécie de “zig-zag” por bairros da Zona Noroeste.

  2. Acho que não deveria ter vetado.

  3. vagligeirinho disse:

    Também acho que não deveria ser vetado. O Haddad não entendeu a intenção do projeto.

    Táxi é um transporte caro. Compartilhamento e tabelas fixas ajudam a convidar mais pessoas a deixarem o carro em casa e fazerem um trajeto com segurança e agilidade a um custo mais acessível. Se quatro pessoas deixam o carro em casa e usam um táxi, oras bolas, são quatro carros a menos nas ruas! É uma opção para quem não pega ônibus, não para quem pega ônibus e já está acostumado.

    É difícil acontecer “táxi lotação” em SP de novo. As linhas estão razoáveis e com a situação atual das licenças de taxistas (que hoje pede licitação e tudo mais, além da briga jurídica), difícil um taxista se arriscar a fazer um trabalho que pode lhe dar problemas, ou seja, competir com ônibus. Além do mais, salvo engano, o veículo com capacidade máxima que pode operar como táxi seria um monovolume tipo Zafira, Spin ou qualquer outro carro até 7+1 lugares. Acima disto é veículo tipo Van, o que provavelmente já é impedido de ser táxi, e no final opera como veículo de fretamento.

    Soma-se a regra de operação apenas na região onde o veículo é cadastrado.

    Outra também é que provavelmente na cabeça do Haddad, “Táxi Compartilhado” é que nem ônibus fretado.

  4. William de Jesus disse:

    Boa tarde!

    O Haddad pode não ter entendido, mas é uma previsão possivel!

    O taxista é um trabalhador esperto, sempre visa o lucro. Logo, hoje ele tem um carro que levam até 4 passageiros, e mais futuramente pode comprar uma Sprinter ou um Transit da vida, que levam 10, e colocar uma plaquinha de “taxi” em cima.

    Pode favorecer as pessoas em deixarem o carro em casa? Sim, sem dúvida. Mas estamos no Brasil, onde nada se faz corretamente, e quando se faz é mal feito! Sem levar em consideração aquela “pessoa gente fina” e egoísta que se recusa a dividir espaço com mais alguém que não seja da família ou da própria empresa.

    Não se esqueçam que, quanto menos carros na cidade, pior para as montadoras. E o Haddad, corajoso como é, não permitirá que isso ocorra. SP precisa de mais metrô, CPTM e ônibus confortáveis. E mais que isso: de linhas que façam sentido, e não forçar o passageiro à usar 3, 4 onibus para ir ao centro. Mas é aquele ditado: “quem tem cajú (pra não dizer outra coisa), tem medo”

    1. Paulo Gil disse:

      Wilian de Jesus, boa noite.

      Alem do que voce comentou, o fator determinate e que o tal taxi compartilhado vai fazer sucesso novamente, se implantado, e quando comecarem a operar com Spin ou Transit, ai que o buzao vai perder mais passageiro ainda.

      E com sucesso voltara tudo ao modelo atual com operacao de cooperativas.

      Abcs,

      Paulo Gil

    2. vagligeirinho disse:

      Nâo sei como está a legislação para veículos de táxi em SP, mas se fosse permitido vans como táxi, veríamos algumas transitando por aí. Existe uma capacidade que diferencia táxis das vans. Uma Zafira cabe 7 pessoas ( 2 + 3 + 2). Uma Kombi cabe 8 ou 9 ou 12 dependendo dos bancos (3 + 3 + 3, 2 + 3 + 3 ou 3 + 3 +3 +3). Kombis não podem ser táxis, para começar.

      Esse negócio de botar “plaquinha” de táxi em cima de Sprinter se vê muito sim no transporte “alternativo” que desce a serra pela Imigrantes, Anchieta ou Régis / Pde Manoel. E isso também é alvo de fiscalizações non-stop pela polícia rodoviária e ARTESP.

      O ponto aqui é que pela experiencia dos taxisitas, sabem que serviços de táxi-lotação tem seus riscos e sua operação sempre será limitada. Onde resido (Itapevi) existe a operação de táxis-lotação para alguns bairros em específico, complementando o serviço de ônibus, muitas vezes impontual e lotado.

  5. Paulo Gil disse:

    Vagligeirinho, boa noite.

    Me referi a lotacoes taxis que operavam ha muito tempo atras.

    Lembro de ponto de taxi lotacao ( muitos Opalas, se nao me falha a memoria) que saia da Av. Rio Branco e ia para Casa Verde; sempre a tarde fazia fila de passageiros.

    Estes taxis lotacao faziam caminho mais rapido do que o buzao e como o servico agradou deu brecha para as vans e estas foram suprindo o buzao, mas com a legalizacao caiu na mesmisse.

    E foi gracas as vans Sprinter a epoca, que os malditos bancos duros de fibra do buzao foram eliminados.

    Att,

    Paulo Gil

  6. Pedro disse:

    O nosso transporte e uma porcaria, este prefeito de pano vetou porque sabe que qualquer paulistano com o minimo de bom senso trocaria o nosso transporte por ônibus por qualquer coisa com rodas, Adamo, fiquei sabendo pelos proprios motoristas que a VIP apos o aumento da passagem vem reduzindo a frota de varias linhas, inclusive uma das piores a 4311-10, de 25 onibus reduziu para 19, ficou obvio pois os intervalos que eram de 7 minutos hoje chega até a 15 minutos ou mais, fora quando por razoes que ninguem sabe esplicar os ônibus simplesmente somem, ficamos as veze até 50 minutos sem ônibus isso no horário de pico, como ontem dia 12/01/2015.

    1. Ewerton Santos Lourenço (PNE Guarulhos) disse:

      Isso que você falou é verdade, há alguns meses atrás; ouvi dizer isso dos próprios Funcionários da Empresa VIP que as linhas 2666; 2678; 3459; 2626; 2582; 3686 etc. E pior que isso está acontecendo; a linha 3462 do Vila Santana / Terminal Parque D. Pedro II, agora só vai até o metrô Tatuapé.

Deixe uma resposta para Rodrigo SantosCancelar resposta

Descubra mais sobre Diário do Transporte

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading