Subsídios às empresas de São Paulo devem alcançar R$ 1,7 bilhão em 2014

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Manifestações de junho congelaram as tarifas e subsídios aumentaram ao sistema de ônibus de São Paulo que neste ano devem chegar a R$ 1,7 bilhão.

Congelamento de tarifa a R$ 3 provoca subsídio de R$ 1,7 bilhão em São Paulo
Redução de arrecadação por causa do Bilhete Único Mensal e da gratuidade para idosos que agora passa a ser a partir de 60 anos contribuíram para a elevação do complemento às viações
ADAMO BAZANI – CBN
Os subsídios para o sistema de ônibus na Capital Paulista neste ano devem chegar a R$ 1,7 bilhão, segundo a Secretaria Municipal de Transportes.
O valor é o maior da história e se deve principalmente ao congelamento desde 2011 da tarifa municipal que continua sendo de R$ 3,00.
Em junho do ano passado, a prefeitura decretou reajuste de R$ 0,20, mas após as manifestações teve de recuar por uma decisão política.
Com isso, o sistema de São Paulo que já precisava de subsídios passou a contar com uma complementação maior. Em 2012, por exemplo, ainda na gestão de Gilberto Kassab, os subsídios foram de R$ 980 milhões. Em 2013, este valor subiu para R$ 1,2 bilhão.
Para este ano, a previsão seria de R$ 1,4 bilhão, mas o valor deve chegar a R$ 1,7 bilhão por causa de custos adicionais, como, segundo a Secretaria Municipal de Transportes, o Bilhete Único Mensal, que reduziu a arrecadação do sistema, e a gratuidade para todos idosos com 60 anos ou mais. Antes, a gratuidade era para mulheres com 60 anos ou mais e homens a partir de 65 anos.
Além disso, não foi ainda realizada a licitação das linhas de ônibus na cidade, prevista para 2013 e também cancelada após as manifestações. Os atuais contratos, que vigoram desde 2003, tiveram reajustes na remuneração.
Além disso, os problemas jurídicos no Consórcio Leste 4, que atende a parte da zona Leste de São Paulo, também elevaram os custos a serem remunerados pela prefeitura, ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Transportes.
A Itaquera Brasil, que era proveniente da Novo Horizonte, que por sua vez teve origem na cooperativa Nova Aliança, foi descredenciada. No lugar foi colocada a Express já com uma remuneração maior. Diversos membros da diretoria da Itaquera Brasil, no entanto, permanecem no controle da Express, segundo a Junta Comercial de São Paulo.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Marcos Elias disse:

    Acho bem chato ilustrar uma matéria dessas com a bandeira de um movimento popular, independente dos objetivos dos grupos.
    O subsídio precisa ser cada vez maior por causa da política de seccionamento de linhas da prefeitura para privilegiar especialmente as cooperativas e empresas.
    Se antes a pessoa pegava um só e hoje precisa pegar 2 ou 3 ônibus para percorrer O MESMO TRAJETO, de onde sai a diferença?! Os R$ 3,00 não bancam. É necessário subsidiar pelos impostos.
    Com o tanto de linhas seccionadas por todos os cantos da cidade, os R$ 0,20 devem ser irrisórios perto do volume total de dinheiro que precisa ser repassado a mais.
    Antes uma empresa ou cooper ganhava, hoje são duas ou três pelo mesmo trajeto… O PT privilegia as cooperativas (e algumas empresas saem beneficiadas também) às custas do povão, no final das contas você tem que pegar 2 conduções em vez de uma, não há troncalização efetiva, a linha local é demorada e muitas vezes opera com micros, veículos inadequados pra demanda…
    Enfim, cidade lixo, transporte lixo!

  2. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Ja que quem vai pagar os subsidios sao os contribuintes mesmo, deixa tarifa zero, tira a catraca, o BU e seu sistema, utiliza um contador otico, fotocelula, ou outro nome e deixa o buzao rodar na paz.

    Simples e pratico, dilui por todos os municipes e assim a despesa fica coberta.

    O controle operacional fica por conta de um software que diariamente acompanha frequencia, demanda, horario, tempo de viagens, manutencao, faz os calculos necessarios e emitr relatorio on line para as empresas informando como operar, incluindo dias especias no programa, para atender de acordo com eventos, feriados, carnaval, eleicoes e tudo mais.

    Ou o GPS do buzao e ficcao cientifica?

    1. Paulo Gil disse:

      Att,

      Paulo Gil

  3. Pedro disse:

    Marcos Elias, brilhante, todos sabemos onde os passageiros querem ir, ao centro da cidade, este negocio de bairro a bairro e um funil, o passageiro pega uma lotação anda 5 minutos paga, vai até outro bairro que tem ônibus para o centro, paga, depois no centro pega outro que o leve até onde realmente que ir paga, o pior e que em determinados terminais descarregam muito mais passageiros do que dão condições de carregar para o centro, o efeito funil, e no centro a mesma coisa, tem pouco ônibus para muito passageiro, e comum no Pq. Dom PedroII, nas linhas 4311, 4312, 4314, as 17:30hs, você ver 4 a 5 filas, e no meio do caminho devido aos intervalos inadequados, deixarem passageiro no ponto porque não conseguem entrar,

  4. Luiz Vilela disse:

    Se não me engano o subsidio do último exercício girava em torno de 1 milhão; vai para 1,7 milhão e a culpa principal é dos R$ 0,20?!
    Cada vez mais acredito na necessidade de “check out”: eliminar pagamento em dinheiro e registrar entrada e saída nos ônibus.
    Só assim as STMs da vida teriam informação concreta e confiável para fazer as profundas modificações necessárias.
    A partir daí, precisa haver TRANSPARÊNCIA com o usuário diário. Ele precisa receber – ou ter acesso on line, ou ambos – relatórios mensais do que consumiu em viagens, o quanto pagou por elas e quanto recebeu de descontos

    1. Luiz Vilela disse:

      Quis dizer, bilhão…

    2. Paulo Gil disse:

      Luiz Vilela, boa noite.

      Do seu sensato comentario, me veio na cabeca 3 perguntas:

      Ja terminaram a auditoria ?

      A empresa ja recebeu algum pagamento ?

      Quando sera pubkicado ?

      Abcs,

      Paulo Gil

  5. jair disse:

    até quando?….

    1. Paulo Gil disse:

      Jair, boa noite.

      Essa eu respondo.

      Ate o mundar acabar.

      Att,

      Paulo Gil

  6. Deveriam implementar o pedágio urbano para bancar este subsidio e novos investimentos no transporte coletivo, é uma pena que estamos atrasados nesta proposta. Para entrar no centro expandido, a pessoa pagaria o pedágio e assim ajudaria dar um UP no transporte público o problema é que NENHUM PREFEITO tem coragem de implementar. Tem que implementar para mudar.

  7. Paulo Gil disse:

    Galesi, boa noite.

    Uma observacao:

    Sem mais despesas, nos os contribuintes nao aguentamos pagar mais taxas, impostos e o escambal.

    Fecha o centro e pronto.

    Agora UP no buzao, esqueca.

    Abcs,

    Paulo Gil

    1. jair disse:

      Paulo Gil,
      Fechar o centro já ocorreu na época do Cel. Fontenelli (Carioca que gerenciou os
      transportes em São Paulo criando as rotulas Central e Secundaria, Lembra-se?
      No interior da Rotula Central não podia circular autos, virando um grande estacionamento.
      Hoje algumas dessas áreas viraram calçadões. Nas outras transitam autos sem congestionamentos a exceção da região do mercado/25 de março.
      Eu vivi aquela época, tanto como usuário de onibus (troleibus da linha 43) como com meu próprio veículo, morando em Santana e trabalhando na rua Boa Vista. Erá ótimo nas duas situações.
      Hoje tenho dúvidas sobre a ampliação das áreas de bloqueio dos autos na região do Centro expandido. Acredito que, assim como o pedágio rodoviário melhorou as estradas,
      o pedágio urbano poderia trazer muitos beneficios coletivos, como o transporte coletivo realmente eficiente e confortavel.
      abraços

      1. Luiz Vilela disse:

        Dentro de Sampa é muito mais complicado.
        Desconsiderando dispositivos RFID (tipo SemParar) em TODOS os carros que entrassem no Centro, ainda haveria a questão dos congestionamentos nas “fronteiras”.
        Imagine a situação dos últimos km da rodovias entrando em Sampa piorados!

        Antes de pedágio urbano prefeituras e Governo SP teriam que fazer grandes estacionamentos e melhorar os Terminais de Ônibus nas estações – na maioria da CPTM – metroferroviárias que circundam o centro expandido. E isto pioraria os acessos das estradas, já insuportáveis.
        Quem sabe quando finalmente fizerem os trens intercidades…

  8. jair disse:

    Luiz Vilela
    De pleno acordo.

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