Comil e Mercedes-Benz testam ônibus bicombustível: diesel e GNV
Publicado em: 5 de setembro de 2014
Comil e Mercedes-Benz testam ônibus GNV e diesel
Veículo ainda está em fase de homologação e deve ser alternativa na busca por um transporte coletivo mais limpo
ADAMO BAZANI – CBN
Em breve, as principais cidades brasileiras devem contar com mais uma alternativa de veículo de transporte coletivo que emite menos poluentes na operação
A Mercedes-Benz e a Comil testam o modelo Svelto Dual Fuel.
Trata-se de um veículo bicombustível movido a óleo diesel (e suas misturas, como biodiesel) e a gás natural.
O veículo trafega por diversas regiões, em especial a do ABC Paulista, onde fica a planta da Mercedes-Benz.
Segundo a Comil, produtora da carroceria, não é possível fornecer detalhes sobre o veículo, já que o ônibus ainda está em fase de homologação.
No entanto, o conceito bicombustível de motor Mercedes-Benz para ônibus foi apresentado na Transpúblico, feira de mobilidade urbana e de veículos de transporte coletivo, na edição de 2013.
Na ocasião, a Mercedes-Benz confirmou, naquela ocasião, os avanços nos testes ainda de bancada (dentro de fábrica) do motor OM 926 LA de 6 cilindros e 7,2 litros, que atende à legislação Proconve P-7 (equivalente ao Euro 5).
Hoje, os testes do veículo com carroceria da Comil já ganham as ruas.
De acordo com a Mercedes-Benz, a maior parte das operações do ônibus terá como principal combustível o Gás Natural, podendo chegar a 90% do tempo de funcionamento do veículo.
A vantagem, segundo a montadora, é que não houve grandes alterações em relação ao motor diesel convencional.
Assim, caso a empresa operadora optar ou se houver dificuldades de abastecimento por Gás Natural Veicular, pode usar apenas diesel no ônibus.
O modelo testado tem motorização dianteira.
De acordo com a Mercedes-Benz, se o ônibus contar com 90% de GNV nas operações é possível chegar a uma redução de 18% nas emissões de Gás Carbônico, um dos principais poluentes que causam o efeito estufa, e de até 30% de material particulado.
A injeção do GNV é feita diretamente na entrada do coletor de emissão do motor. Há um sistema dosador e misturador. A quantidade de gás que vai ser usada pelo ônibus depende das condições de operação. Equipamentos de gerenciamento eletrônico determinam esta quantidade. A relação ar/combustível também é controlada eletronicamente.
A carroceria recebeu um reforço especial para abrigar o espaço onde é armazenado o GNV.
Apesar de os testes estarem avançados e o veículo já estar na fase de homologação, não há prazo para o ônibus se lançado comercialmente.
A reportagem agradece ao colaborador Anderson Moraes por ceder a imagem.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Autopass ITS já funciona em quase 950 ônibus e já beneficiou mais de 5 milhões de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo
Caso de Sucesso Viação Alpha, do Rio de Janeiro: como as otimizações da operação podem reduzir custos e atender picos de demanda de passageiros
Amigos, boa noite.
Buzao movido a GNV sao “chochos”, o motor se esguela mas nao tem pique.
90 % de GNV e quase puro gas, em termos de poluicao tudo certo, mas vamos quando o buzao estiver lotaco e tiver de enfrentar uma subida, ai sim vamos tirar a prova dos 9.
Se continuar “chocho”, acredito que nao emplacara no ralo diario dos bairros de Sampa.
Att,
Paulo Gil
Paulo Gil,
É tudo uma questão de engenharia. Pegar um veículo/motor movido a Diesel e colocar GNV é logico que não terá o mesmo desempenho.
Porém, construir um novo sistema de alimentação e adequar a cubagem dos cilindros traz os resultados positivos.
Que eu me lembre os melhores resultados em motores a explosão usando GNV deu-se em sistema Otto, o mesmo usado com gasolina e alcool, mas nota-se que não foi sucesso imediato, necessitando de várias mudanças até chegar ao modelo multicombustivel, chamado Flex.
Outras mudanças possíveis para aumentar o torque em subidas seria o uso de turbinas e/ou conjuntos de caixa de câmbio + diferencial adequados, como hoje temos modelos usados em veículos de carga com 10 marchas, sendo 5 reduzidas e 5 de velocidade.
O problema é só querer, pois a engenharia já dispõe de vários recursos, ou poderá desenvolve-los como já houve outrora o convenio CMTC/CTA para construir um motor movido a alcool para substituir o Diesel nos onibus Mercedes 0-321 (trazeiros)
Agora quem tem que querer são nossas Autoridades, O Poder Constituido, nossos Governantes. Mas será que querem?????????
abraços
Jair, bom dia.
Entao, faz tempo que trabalham nisso, desde a saudosa CMTC, incluindo aquele O 364 da Urubu, que dizem ser o primeiro buzao movido a alcool, se e verdade eu nao sei.
Nao sou tecnico na area, apenas um apaixonado pelo buzao e usuario, que observa o que acontece quando faco uso ou um buzao GNV, passa.
Esse desenvolvimento ja vem “rodando” ha mais de duas decadas e ate agora nada de emplcar, entao na minha opiniao tem um coelho nesse mato.
Algum fator ainda impede o uso dos buzoes com GNV ou alcool, so nao me pergunte qual.
Acredito que podem ter mais de um fator, mas nao tenho condicoes de responder qual e.
Mas considerando-se os ultimos acontecimentos, pode ser um contra ataque ao BYD e ao E-bus.
Mas a duvida fica na estrada.
Att,
Paulo Gil
Paulo, faço minhas as palavras do Jair. Além disso, vc está comparando os ônibus a GNV de 10 anos atrás com motor M-366LAG com esse novo motor M-926LA com novas tecnologias e mais aperfeiçoamentos.
Porém, não acho necessário o uso de uma caixa com 10 marchas, basta uma caixa automática com 6 marchas com um escalonamento adequado e uma redução no eixo traseiro equilibrando força e velocidade.
Pra vc ter uma idéia, o OH-1623LG, último chassi da MB movido a GNV, tinha 231 cv e usava mesma caixa de 6 marchas do O-400 RSD com 360 cv. Ou seja, uma caixa pesada para extrair mais força e melhorar o desempenho.
Ze Tros, boa noite.
Vamos esperar colocarem alguns para rodar e verificar o resultado.
Mas ainda tem coelho nesse mato, como complementado abaixo pelo Jair.
Mas se fosse bom todo mundo ja tinha comprado.
Att,
Paulo Gil
Paulo,
Boa noite, o fato de não terem comprado não quer dizer que não seja bom. Não compraram ainda, primeiro porque ainda não foi lançado e segundo pq é mais caro que o veiculo a diesel comum, como era o modelo movido somente a GNV de antigamente e como são mais caros os atuais modelos Híbridos e elétricos.
E como é sabido de todos, as empresas fogem de tudo que é mais caro e preferem o feijão-com-arroz. A menos que recebam incentivos do governo ou subsídios para que eles invistam em veículos melhores e menos poluentes.
A vantagem desse modelo flex para os modleos movidos 100 % a GNV, é não ficar refém do GNV como eram os modelos que rodavam em São Paulo, já que ele pode rodar somente com diesel normalmente.
Amigos
Ainda sobre o GNV tivemos vários veículos em frota das empresas das zonas Sul e Sudoeste em São Paulo, que atuaram por mais de 4 anos.
Ainda existe uma placa de Transito na Av. Juscelino Kubichek próximo da entrada do tunel por baixo do Rio Pinheiros que diz: Proibido Caminhões e Onibus exceto a GAS.
Teve época em que todos os veículos do Gov do Est de São Paulo eram movidos a Etanol.
Os onibus a GNV se foram e o Incentivo ao uso dos veículos flex e a GNV também.
Parece modismo. Esquecem do nosso AR e tudo volta ao Diesel ou Gasolina.
(não vou falar sobre a diminuição dos Trolebus no Brasil para não ficar fora do assunto acima)
abraços
Preciso de uma ajudinha rs Alguém sabe qual é o motor a diesel dele? OF-1721BlueTec 5 ou OF-1724 BlueTec 5?
O motor a diesel desse ônibus é o OM 926 LA, o motor do OF-1724 BlueTec 5, portanto, o chassi é o Mercedes-Benz OF-1724 BlueTec 5