MPE e USP iniciam estudos para priorizar ciclistas, pedestres e ônibus na Cidade Universitária

cilcistas USP

O Campus da USP, que poderia ser um espaço de convivência entre pessoas em diferentes modais, acabou virando um local que oferece riscos a pedestres e ciclistas, além de registrar grandes congestionamentos. UPS e MPE anunciam estudos para melhorar mobilidade, segurança, com prioridade para ônibus e transportes não motorizados. Foto: Espaço USP

Ministério Público e USP realizam estudos para melhorar mobilidade dentro da Cidade Universitária
As medidas para restringir a circulação de veículos na cidade universitária, principalmente aos sábados e domingos. Objetivo é proteger atletas, pedestres e ciclistas, além de estimular o transporte público.
ADAMO BAZANI – CBN
Mobilidade e segurança no trânsito sempre foram temas que despertaram preocupação entre os frequentadores eventuais e alunos e professores da USP.
As discussões ganharam mais força após a morte do idoso Álvaro Teno, de 67 anos, no último dia 16, atropelado por um carro dirigido por um motorista embriagado. Álvaro praticava corrida no Campus.
O Ministério Público Estadual e a reitoria da USP realizaram uma reunião nesta quinta-feira, dia 28 de agosto de 2014.
Os órgãos se comprometeram a intensificar os estudos para aumentar a segurança de pedestres, ciclistas e corredores. Entre as propostas estão bolsões para os carros aos sábados, espaços para bicicletas e prioridade à circulação de ônibus na Cidade Universitária, como explicou o promotor de Habitação e Urbanismo, Maurício Ribeiro Lopes, em entrevista à Rádio CBN e ao Blog Ponto de Ônibus.
“Com exceção dos veículos de pessoas que têm mesmo como destino a USP, como professores e alunos, é necessário limitar a circulação de carros aos finais de semana na Cidade Universitária. Hoje o Campus acaba servindo de passagem para pessoas que querem cortar caminho. A ideia é criar espaços para bicicletas e esportistas separados da circulação de pedestres e carros. Essa limitação de tráfego de veículos não atinge os ônibus, que terão livre acesso aos finais de semana. Transporte público é prioridade. Temos estudos para readequação das vias para melhorar e priorizar a circulação dos ônibus. Os ônibus precisam ter melhor desempenho e velocidade durante a semana também. Faixas para os ônibus estão entre as possibilidades” – disse o promotor Maurício Ribeiro Lopes
Não há prazo para a conclusão dos estudos.
Também está entre os objetivos, a atuação da CET dentro da Cidade Universitária.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. antonio disse:

    Estudei na USP de 1984 a 1987 e naquela época havia as seguintes linhas de ônibus que serviam a USP: 702U – Largo da Concórdia-Butantã USP, 701U – Jaçanã – Butantã USP, 7181 – Praça do Patriarca – Cidade Universitária, 157U – Vila Nilo – Butantã USP e 477U – Sacomã – Butantã USP. As linhas 702U, 701U e 7181 eram da CMTC, a 157U da Viação Nações Unidas e a 477U da Viação Taboão. Havia também uma linha de ônibus elétrico da CMTC, a 107T – Tucuruvi – Cidade Universitária cujo ponto final era logo na entrada do campus, em frente a Faculdade de Educação Física, com troleibus antigos das décadas de 50 e 60. A própria USP tinha alguns ônibus circulares gratuitos, chamados Circular 1 e Circular 2, que percorriam o campus todo. Um deles era um articulado com chassis Volvo e carroceria Caio. Os outros eram O362 da Mercedes. O pessoal da favela San Remo fazia a festa nesses ônibus. O trecho que eu mais apreciava era a descida da rua do Matão, quando o ônibus descia a rua no meio das árvores, com os prédios da cidade ao fundo. O que isso tudo tem a ver com o assunto? Acho que nada, mas me deu uma saudade danada daquela época boa que não volta mais e aproveitei para compartilhar as minhas lembranças envolvendo os ônibus.

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