Greve de ônibus em São Paulo é descartada

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Greve de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo é descartada. Categoria vai decidir em assembléia se apoia manifestações contra as alterações na lei que regulamente a profissão de motorista. Foto: Adamo Bazani

Greve de ônibus em São Paulo é descartada
Sindicato de São Paulo ainda vai decidir se vai ou não participar das manifestações contra mudanças na lei que regulamenta profissão
ADAMO BAZANI – CBN
Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo descartaram que vão realizar greve nesta quinta-feira, dia 04 de julho, como havia sido anunciado anteriormente por parte da categoria.
No entanto, na quinta-feira, o Sindimotoristas – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo – deve realizar uma assembléia para decidir se participa das manifestações que a CNTTT– Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres.
A CNTTT é contra algumas mudanças na lei 12.619/12 sancionada por Dilma Rousseff e que regulamenta a profissão do motorista.
A Câmara dos Deputados criou uma comissão especial para rever a lei. O relator, deputado Valdir Colatto, propõe a ampliação de 4 para 6 horas o tempo ao volante sem a parada obrigatória de 30 minutos.
Ele também quer tornar obrigatório o exame toxicológico em motoristas profissionais e quer anular todas as multas às empresas e transportadores autônimos aplicadas até agora.
Caminhoneiros autônomos dizem que a lei limita a possibilidade de trabalho e reduz os ganhos da categoria. Eles reclamam da falta de locais adequados para descanso. Já os donos de transportadoras, agricultores e industriais afirmam que a lei deixa alto o custo de escoamento.
A CNTTT diz que as mudanças na lei são um retrocesso, mas descarta por enquanto uma paralisação. A entidade prevê para sexta-feira uma série de manifestações.
A lei que regulamenta profissão de motorista afeta mais diretamente quem trabalha com caminhão. Na maioria dos casos, as empresas de ônibus têm cargas horárias melhor estabelecidas e mais tempo de descanso, principalmente os serviços urbanos.
Por isso, se o Sindimotoristas de São Paulo decidir apoiar o ato, haverá atrasos de partidas apenas fora dos horários de pico, entre às 11 horas e 12 horas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Bruno Quintiliano disse:

    será que é só coincidência essa greve num momento em que querem investigar os tubarões do transporte e até mesmo mexer nas margens de lucro absurdamente alta deles?

  2. Ewerton Santos Lourenço (Guarulhos) disse:

    Não podemos deixar que empurrem mais poeira pra debaixo do tapete; assim todos nós trabalhadores vem pra Capital seremos prejudicados!! # Chega do Coronelismo no Transporte

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