História

Turismo Santa Rita: 50 anos de carinho ao passageiro

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Turismo Santa Rita completa 50 anos marcando gerações e contribuindo para o desenvolvimento de uma metrópole que clamava por transportes. Foto: Adamo Bazani

Turismo Santa Rita: 50 anos de carinho ao passageiro
Empresa de fretamento de São Paulo comemora 50 anos com vistas aos desafios do futuro.
ADAMO BAZANI – CBN
“Transportar pessoas é um ato de carinho e dedicação”. A frase do fundador da Turismo Santa Rita, Jerônimo Ardito, resume bem um dos principais motivos de a empresa de ônibus chegar à meio centenário de operações, apesar de todas as mudanças e desafios na sociedade, na economia e nas cidades que ocorreram neste tempo: colocar o bem estar do passageiro em primeiro lugar.
Neste sábado, dia 25 de maio, a empresa realizou uma comemoração especial aos 50 anos, na sua garagem em Ermelino Matarazzo, zona Leste da Capital Paulista.
A companhia nasceu de um sonho de emancipação de um jovem, filho de um feirante nos anos de 1960.
Desde 14 anos de idade, Jerônimo ajudava o pai, Gennaro, nas feiras-livres em São Paulo. Mas ao completar 18 anos de idade, ele quis se emancipar, caminhar com as próprias pernas e trilhar um novo caminho.
O pai queria a companhia do filho, mas sabia que não poderia impedi-lo. Foi aí que ele comprou um táxi para Jerônimo, que começou a ter um contato com o mundo dos transportes.
Mas Jerônimo queria mais, algo no que pudesse atuar de forma independente.
Em São Paulo, entre os anos de 1950 e 1960, todas as placas dos táxis começavam com o número 10. Depois havia mais quatro algarismos. Por coincidência, a placa do Ford ano 1941 de Jerônimo tinha como os outros quatro números depois do 10, 1-9-5-9, justamente o ano que ele recebeu o veículo do pai.
Numa das viagens do 101959, levando um passageiro do Largo da Penha para o Aeroporto de Congonhas, Jerônimo viu um ônibus ainda com o cofre do motor do lado externo, estilo jardineira, à venda num estacionamento.
O veículo chamou a atenção de Jerônimo que ao voltar da corrida, decidiu ver ônibus. Era abril de 1963. Jerônimo não tinha experiência em transportes coletivos, quando adquiriu o ônibus, não tinha nenhuma linha ou serviço de ônibus à vista, mas ele tinha sonho, ideal e quem sabe, um instinto.
Ele comprou o pequeno ônibus. Seu primeiro serviço: levar uma banda de música de Guarulhos para tocar em seu casamento.
A compra do ônibus causou temor na família. Afinal, foi uma mudança radical.
O táxi foi usado na compra.

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Jerônimo Ardito, fundador da Turismo Santa Rita, fala que uma das razões do sucesso de uma empresa de transportes é o carinho aos passageiros. Foto: Antônio Kaio Castro

Pouco tempo depois, um amigo vendeu para ele um serviço de fretamento contínuo para uma indústria em Santo Amaro, zona Sul de São Paulo. Jerônimo começou a atuar transportando os funcionários de uma metalúrgica da Avenida João Dias com a Rua dos Missionários, em Santo Amaro, até o Largo da Concórdia, no centro da Capital Paulista.
Como era com os pioneiros dos transportes, com Jerônimo não foi diferente. Ele dirigia, administrava os negócios, limpava o ônibus e fazia manutenção. Era só um ônibus e, se o veículo apresentasse problema, tinha de ser consertado à noite. Os trabalhadores da metalúrgica não podiam ficar sem transporte.
UMA ESTRELA DO CINEMA ENTRA NA VIDA DA SANTA RITA:
Jerônimo viu que não poderia correr o risco de perder o serviço e deixar os passageiros sem atendimento. Foi quando em 1964 decidiu comprar um ônibus para reserva.
Entra para a empresa o segundo veículo da Santa Rita, considerado por Jerônimo o primeiro ônibus, por não ter a frente como de jardineira e sim reta, como a dos ônibus atuais. Era um ônibus GMC 1954, chamado popularmente de Coachinho.
O veículo é conservado até hoje pela empresa e traz uma curiosidade. Antes de ser operado pela Santa Rita, o ônibus era usado para fazer as filmagens de “O Vigilante Rodoviário”, a primeira série brasileira que tinha como protagonistas o Inspetor Carlos e seu fiel companheiro, o cão Pastor Lobo. A série fez sucesso pela TV Tupi de São Paulo e começou a ser exibida em março de 1961.
O ônibus seria reserva, mas pouco tempo depois, Jerônimo conseguiu mais um serviço, desta vez transportando passageiros da empresa de eletricidade de São Paulo e que antes da CMTC operava os bondes da Capital Paulista, Light. O ônibus servia o escritório da empresa, na Xavier de Toledo, região central de São Paulo.
UMA SÃO PAULO SEM TRANSPORTES URBANOS:
Se hoje a cidade de São Paulo possui várias carências no setor de transportes urbanos, no passado, a situação era bem mais complicada.
Entre os anos de 1950 e 1960, com a política desenvolvimentista, principalmente a partir da gestão do presidente da República, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, a industrialização se tornou uma realidade, principalmente no Sudeste do País.

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João Guirado, o primeiro motorista da empresa, fala que São Paulo era carente de transportes nos anos de 1960. Serviços de lotação atraíam passageiros e ônibus não davam conta da demanda. Foto: Antônio Kaio Castro.

A população em São Paulo crescia a níveis elevados e os serviços de transportes urbanos nem sempre davam conta da demanda.
Foi acompanhando este processo que muitas empresas de ônibus de fretamento foram formadas e se desenvolveram.
“Nos anúncios de emprego, as fábricas de São Paulo e do ABC Paulista enfatizavam que além de bons salários e oportunidades, ofereciam transporte fretado para seus funcionários” – relembra Jerônimo.
Com mais um ônibus, era necessário mais um motorista.
Entrava na empresa o primeiro condutor contratado pela companhia. Até então os ônibus eram dirigidos por Jerônimo e seu irmão, Milton, também fundador da companhia.
O primeiro motorista, João Guirado, era vizinho de Jerônimo. Ele era jovem, em 1964 quando assumiu o trabalho, tinha pouca experiência, pouco tempo de carteira de habilitação, mas garante que Jerônimo e Milton foram fundamentais em sua carreira.
“As pessoas fazem auto-escola, eu fiz a universidade do volante. Jerônimo e Milton entendem muito de direção e fui aprendendo com eles” – contou João, que não poderia ter faltado à celebração deste sábado.
Dirigir ônibus nunca foi uma tarefa para qualquer um. Apesar de hoje não ser uma profissão que deveria receber o valor que possui, lidar com vidas e máquinas enormes e potentes requer experiência e habilidade.
Mas no passado, com tecnologia bem mais simples em comparação aos ônibus de hoje e com vias sem pavimentação ou com tamanho inadequado para veículos de grande porte era mais desafiador ainda. E alguns macetes se aprendia na prática.
“Minha primeira viagem de turismo, fora o fretamento para empresas, foi para Pirapora do Bom Jesus (cidade da Grande São Paulo). Eu fui com o “Gmecinho” Jardineira e o senhor Jerônimo com o Coachinho atrás. Num determinado momento, vi que o Jerônimo dava sinais com o farol alto toda a hora para mim, mas eu nem me dava conta do que era. Quando chegamos ao final do trajeto, depois de muita descida, meu ônibus era uma fumaceira só. É que eu descia freando e os freios daquela época não são como os de hoje. Deu superaquecimento. Foi aí que aprendi que não se desce freando todo o percurso, mas controlando o ônibus na embreagem” – relembra João.
O motorista também se recorda de uma São Paulo com carência de transportes e a necessidade das pessoas por ônibus.
“Depois de levarmos os funcionários da empresa que nos contratavam, fazíamos uma espécie de lotação do centro de São Paulo para Vila Carrão. Encostávamos nos pontos e gritávamos: – Vila Carrão, quem vai? Era impressionante como o ônibus lotava. Teve uma vez que de tão cheio, o parabrisa do ônibus, com passageiros até na frente exprimidos, se soltou no meio da viagem. São Paulo precisava de mais transportes” – relembra o motorista João Guirado.
Às vezes ele tinha a ajuda de um cobrador especial: Adalberto Mattera, primo de Jerônimo e desde cedo apaixonado por ônibus.
Mattera hoje é pesquisador da história de transportes e possui um acervo de milhares de materiais, como fotos antigas, cartas que trocava com os donos de empresas de ônibus da época e reportagens.
Quando alcançou a maioridade, Mattera foi trabalhar em outros setores, mas sua paixão e proximidade com ônibus continuavam.
Tanto é que aos finais de semana, ele não tinha dúvidas: por puro prazer e sem receber por isso, dirigia os ônibus da Santa Rita para viagens, como para a cidade de Aparecida.
“Apesar de não trabalhar na empresa, parte de minha vida era na garagem e com os ônibus. Lembro que havia chegado um monobloco da Mercedes Benz na concessionária Tapajós aqui em São Paulo. Na parte da noite, pulamos o muro da concessionária para ver de perto o modelo que depois teríamos na frota” – relembra Adalberto.
Ele também era responsável por desenhar a pintura dos ônibus da Santa Rita, considerada moderna para a época. A Santa Rita foi a primeira empresa de São Paulo, segundo conta, a usar tinta metálica nos veículos.

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GMC Coachinho, o segundo veículo da empresa e primeiro ônibus com motor embutido. Veículo foi usado nas filmagens de “O Vigilante Rodoviário”. Foto: Adamo Bazani.

A grande dificuldade era pintar as faixas na lataria. O trabalho tinha de sair perfeito. Então, o pintor de funilaria dava o fundo da cor do ônibus, Adalberto fazia as faixas para depois o trabalho ser finalizado. E se não saísse perfeito, tinha de ser refeito.
O cuidado com os ônibus e até mesmo a colocação de itens estéticos a mais são relembrados por Fermino Kozak, representante da encarroçadora Comil, em São Paulo, na época Incasel.
“O primeiro ônibus que a Incasel comercializou para a Santa Rita foi um modelo Continental. O interessante é que vendíamos o ônibus, depois nem quase o reconhecíamos. O ônibus era todo equipado, recebia um padrão estético mais refinado e até hoje temos orgulho de manter essa parceria com a empresa” – conta Fermino que disse que a Comil deve entregar nos próximos dias dez unidades zero quilômetro do modelo Campione.
Prova de que a empresa, que possui um dos maiores acervos de ônibus antigos preservados, está atenta às tendências de renovação de frota, qualificação dos motoristas para atenderem a passageiros cada vez mais exigentes e adaptação às novas legislações sobre o setor de fretamento.
Fermino entregou uma placa dourada comemorativa para a direção da Turismo Santa Rita.
A Turismo Santa Rita também trabalha com as encarroçadoras Caio, Marcopolo e Volare (pertencente a Marcopolo e que vende ônibus de pequeno porte completos e não apenas carrocerias).
Investir de acordo com a capacidade da empresa, valorizar funcionários e passageiros e acima de tudo ter paixão pelo que se faz. Estas são algumas das características que fazem com que uma empresa de transportes atravesse décadas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Com agradecimentos especiais a Antônio Kaio Castro, presidente e fundador do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasilero.

Comentários

Comentários

  1. Tiago Liberato disse:

    A história contada por quem realmente fez história, acho que é isso, não tem muito o que dizer sobre a Santa Rita, parabéns a empresa pela conquista e pela data alcançada, e parabéns ao amigo Adamo Bazani pela bela matéria.

  2. Cara, os seus ônibus são LINDOS, LIMPOS, além dos belos cromados que tem. E o legal é que o DONO da empresa, Seu Jerônimo, dirige ônibus até hoje, pois já o vi dirigindo aqueles ônibus antigos há algubs anos atrás em um evento. Nesse dia Eu vi um O362; o CMC, um ônibus com volante no lado direito, tipo mão inglesa, entre outros. O segredo do sucesso é que ele cuida do seu patrimônio até hoje. E Eu moro na região de Ermelino Matarazo. Parabéns, Santa Rita, um exemplo de ônibus de turismo e frete.

  3. Kaio Castro disse:

    Participar dessa festa, com música ao vivo, ala da Escola de Samba Mocidade Alegre e suas passistas, farta alimentação, churrasco, bolo, amigos, funcionários e familiares, numa tarde de céu azul e clima agradabilíssimo, acredito tenha sido uma benção de Deus a todos nós e uma benção especial à família por tanto trabalho desenvolvido com amor.

  4. WALDINEI FELIX disse:

    EU QUERIA TER O PRAZER DE CONHECER OS ONIBUS DA SANTA RITA POIS SÃO LINDOS.
    QUE SABE UM DIA POSSO VER ESTAS RELIQUIAS.

    1. Paulo Gil disse:

      Waldinei Felix, boa noite.

      Em Novembrode 2013, haverá a Exposição de ônibus Antigos – VVR , no Memorial da América Latina, no Terminal Barra Funda, com entrada franca.

      Com certeza alguns Buzões antigos da Santa Rita estarão lá, está ai a sua oportunidade em vê-los ao vivo e em cores.

      Fica ligado.

      Abçs,

      Paulo Gil

  5. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia

    Nooooooooooooooooooooooossa que surpresa ao ler este post.

    Adamo ótima matéria.

    Pena que não fui convidado para essa festa, por isso que não me considero busólogo, pois não fiquei sabendo nem da festa da Itapemirim nem a da Santa Rita.

    Bom este comentário é o mais especial que eu vou fazer no Blog e merece ser feito com calma e por partes.

    1) PARABÉNS a Santa Rita e aos seus fundadores Srs. Jeronimo e Milton;

    2) Parabéns ao ao Sr.Adalberto Matera e ao Sr. João Guirado;

    Sr. Matera eu sei bem como é pois tomei 2 “bombas” na escola para ir ser cobrador de um amigo que tinha um micro ônibus em Osasco.

    Na faculdade adora ir na biblioteca não para estudar mas para ler uma revista da Mercedes que contava a historia da Santa Rita onde dizia que ela havia comorado um monobloco 0 Km e que só usava peças originais.

    3) Sr. Matera, por gentileza disponibilize o seu acervo na Internet para que nós os apaixonados pelo Buzão possamos compartilhar o conhecimento. Pense com carinho nesta ideia

    4) Srs. Jeronimo e Milton, por gentileza disponibilize na Internet o seu acervo, incluindo a foto da Jardineira No1 da santa Rita e todas aquelas fotos da restauração do GM. Eu vi as foros da restauração numa VVR se não me engano. Pense com carinho nesta ideia e vamos compartilhar essa jóia.

    5) A foto número 1 do G7 com o GM, ficou simplesmente SENSACIONAL.

    6) A Santa Rita tinha de fazer um desfile por São Paulo e expor seus Buzões no Parque do Ibirapuera para que todos pudessem ver. Sr. Hadad fica ai a sugestão.

    7) Srs. Jeronimo e Milton que tal uma Santa Rita urbana, a licitação 2013 ta por vir (é o que dizem rss)

    Nooooooooooooooooossa já pensou uma Santa Rita urbana, nunca mais eu utilizava meu carro.

    8) Adamo, ótima mateira.

    9) SPTrans vê se aprende alguma coisa, ou pelo menos a lição que o Sr.Jeronimo já ensinou há 50 anos:
    “TRANSPORTAR PESSOAS É UM ATO DE CARINHO E DEDICAÇÃO”

    10) Santa Rita, escrevam um livro sobre esses 50 anos.

    Sr. Jeronimo o senhor é meu ídolo, pois teve a coragem de correr atras de seu sonho, coragem essa
    que eu ainda não tive; mas não morro sem antes comprar meu micriquinho pra mim, me aguarde.

    P A R A B É N S S A N T A R I T A !

    Att,

    PAulo Gil

    1. Paulo Gil, obrigado pelo comentario, assim como de todos os demais leitores e amigos.
      Seu entusiasmo e carinho pelo material publicado me incentiva no trabalho. Pois gente para nos criticar ( nao construtivamente, mas para perseguir nosso trabalho ) nao falta.
      Todos os meritos desta materia aos srs Jeronimo, Milton, Joao Guirado, o amigo Kaio.da VVR que nos deixaram registrar mais uma pagina da fantastica historia dos transportes.
      E ATENCAO NESTA SEMANA AS ENTREVISTAS EM VIDEO NO CANAL DO ONIBUS. VCS OUVIRAO AS HISTORIAS PELA VOZ FE QUEM

      1. Paulo Gil disse:

        Adamo, olá

        Acabei de entrar para postar uma informação e olha só o que eu leio.

        Poxa, hoje é o dia dos presentes, a Santa Rita faz aniversário e eu é quem ganho os presentes, que moleza.

        Eu é que agradeço o seu trabalho e a oportunidade que o Blog me dá de externar minhas opiniões sobre o Buzão.

        Só quem tem diesel nas veias, e é de verdade apaixonado pelo Buzão, é quem lê e comenta os posts com a “alma e o coração”.

        As vezes a emoção extrapola, mas você modera ai, rssssss.

        Tomemos como exemplo o Sr. Adalberto Matera; pilotava só por amor e prazer.

        O que fazemos é por amor. AMOR AO BUZÃO. .

        Aproveito a oportunidade para compartilhar com todos um programa que acabei
        de assistir na tv (adorei).

        Fonte: 26.05.13 às 16:01 hs

        http://discoverybrasil.uol.com.br/

        O Mundo do Futuro

        Ep. 7 – Metrô
        Este episódio explora o sistema de transporte urbano do futuro em que as pessoas poderão fugir do trânsito por meio do transporte público individualizado, guiar sem tocar na direção e pegar um trem que viaja a centenas de quilômetros por hora.
        Hora de Inicio/Fim: 14:50 – 15:40Ano de Produção: 2008Classificação do conteúdo: 04País de Origem: United StatesClassificação indicativa: L,Livre

        Esse programa é de 2008, já pensou como as coisas estão hoje em 2013.

        Recomendo que todos assistam.

        SPTrans assiste ai e se atualize.

        Valeu Adamo, obrigado; continuo rodando no trecho do Blog.

        Boa semana e muitas fotos lindas do Buzão.

        Forte abraço.

        Paulo Gil

  6. Adalberto Mattera disse:

    Adamo, parabéns pela matéria, retrata muito bem a história da empresa que é parte da minha vida. Um grande abraço!

  7. Roberto SP disse:

    Depois de tudo que o Paulo Gil já disse só tenho que também assinar em baixo e dizer concordo com tudo plenamente, Mas gostaria de contar como a Santa Rita surgiu na minha vida, primeira vez quando era criança nos anos 70, vi um Nielson Sete quedas em plena Av São Luiz, Centro fazendo translado de turistas para o Hotel Eldorado, fiquei boquiaberto com a beleza do ônibus e seus cromados, nos anos 80 conheci uma namorada que morava perto da antiga garagem dela na região da Av Imperador na Z.L e claro sempre via seus ônibus pelas ruas da cidade, depois alguns anos fui trabalhar no Senac e lá conheci um professor do curso de Turismo que era fã da Santa Rita e me contou a história do O-364 modificado pela Santa Rita e levado na MBB, segundo ele depois disso a MBB aplicou as mudanças que a Santa rita havia feito, ou seja, bancos do O-355, caneletas para escoar água da chuva entre outras, já nos anos 2000 tive o prazer de viajar no O-400RS que ela tinha acompanhanod grupo de crianças ao litoral e em 2010 na VVR conheci de perto o GM PD e o Sr. Gerônimo que chegou dirigindo ele pessoalmente. Sendo assim concordo plenamente também que a Santa Rita seja homenageada pela cidade com direito a placa e tudo mais. Meus Parabéns Santa Rita

    1. Paulo Gil disse:

      Roberto, boa noite

      Legal seu comentário, um 7 quedas, meuuuuuuuuuuu Desus, lokura.

      Esse da aprovação plea MBB da transformação do O 364 pela Santa Rita, foi show.

      O Sr. Jeronimo esta intimado a contar mais detalhes para a galera, esse foi um gol
      de placa, ensinar a MBB a fazer Buzão.

      UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

      Acho que aquele banquinho do O 364, não segurava as costas e a cabeça do passageiros, me lembro que quando eu vi um por dentro, eu tive essa sensação.

      Não comprovei pois se andei de O 364 rodoviário foi uma vez só, andei muito de O 362 rodoviário,

      Quanto as canaletas até hoje tem carroceria que tem carência delas.

      Sr Jerônimo, mais um Parabéns, pois além ensinar a MBB a fazer um Buzão e ter a aprovação dela nessa sua modificação, é SENSACIONAL.

      Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

      Roberto valeu pelo furo de reportagem.

      Ai Adamo temos um repórter comentarista no Blog, muito legal.

      Abçs,

      Paulo Gil

  8. Solange Mariano Borim disse:

    Parabéns à Turismo Santa Rita pelos seus 50 anos de competência e profissionalismo, aliados ao compromisso de oferecer sempre Segurança e Qualidade no Transporte de Pessoas, sem dúvida nenhuma, a melhor Empresa de Transportes! História sólida!. É muito gratificante fazer parte desta história.

  9. Robson disse:

    Adamo, mais uma excelente matéria sobre a história dos transportes, e sempre que vejo nas ruas os onibus da SR fico admirando a beleza de como são cuidados. Mais uma vez parabéns e ouço suas informações todos os dias na CBN.

  10. jair disse:

    Parabens Adamo pela boa matéria e aguardo o video.
    Sobre a Santa Rita concordo com todos os comentários.
    Conheci os veículos antigos fazendo o atendimento em uma industria de Guarulhos (Pfizer), com coachinhos e mercedes o-321. Eu já era apaixonado pelo transporte.
    Quiz imitar. Comprei vários onibus(23 no total) trabalhando o transporte para industrias e fretamento, mas nunca consegui dar o padrão de qualidade que chegasse aos pes da Santa Rita.
    Tres anos depois, não aguentei trabalhar 24 horas, todos os dias e fechei a empresa.
    É muito melhor ser apenas apaixonado.
    Meu testemunho é no intuito valorizar o grande empresário Sr. Jeronimo, que manteve sempre alto padrão de qualidade em seu negócio. Sem dúvida o melhor que já ví. Tanto na eficiência quanto no aspecto de sua frota.
    E ainda Criou um Museu, mantendo alguns veículos antigos em perfeito estado de consevação.
    Tenho uma curiosidade (gerada por informações não oficiais) de que estaria transformando um “coachinho” em um ODC 210 (GM de motor trazeiro) que não operou em sua frota, assim como é o caso do carro 22 da foto. Agradeceria se pudessem consulta-los sobre o assunto.
    grato

    1. Paulo Gil disse:

      Jair, boa noite.

      Legal seu depoimento, mas pelo menos o senhor já comprou 23 e eu que não
      comprei nenhum.

      Mas o senhor também merece os meus Parabéns, pois na minha opinião o empresário
      brasileiro é um herói, em todos os sentidos.

      Se puder, mata minha curiosidade e talvez de tantos outros “apaixonados” pelo Buzão.

      Qual era a sua empresa ?

      Abçs,

      Paulo Gil

      1. jair disse:

        Paulo Gil
        Era a Everest, com sede proxima ao Rio Pequeno.
        Cor predominante Bege alabasto (cor da VW), com tres faixas coloridas em degrade Marron/Ocre/amarelo.
        A frota (ah que saudades) todos Mercedes:
        11-Super Bs (32 e 36 lugares)
        1-Struilli (ex Cometa)
        3-Senemby (1-ex Passaro Marrom)
        1-LP 321 Striulli
        1-LP0 321 – Grassi
        3-0-321 Incabasa (reencarroçado semelhante 0-362) (ex Danubio Azul)
        1-0-362
        2-0-364 (40 lugares cabinado e toalete a bordo).
        Fotos? sumiram.
        Sobrou a lembrança de uma época de muita luta, cercada de prejuisos, vendo um sonho desmoronar.
        Como disse, melhor é ser admirador do segmento e dos herois que conseguiram sucesso naquela época.
        Abraços

    2. Paulo Gil disse:

      Jair, boa noite.

      Poxa que legal você respondeu.

      Só achei sua resposta hoje 17.09.13, pois estou buscando um comentário que eu fiz.

      Muito obrigado pela atenção, Muito obrigado mesmo.

      No momento não me recordo do nome Everest, mas por seu nas proximidades do Rio Pequeno vou ficar um tempão tentando lembrar.

      Sensacional a frota, acho que alguns modelos eu não conheci.

      Poxa mas chegou até um 364, muito legal.

      Só esse Incabasa que eu nunca fui com a cara.

      Rssssssssssssssssssssss

      Mas vou continuar tendo lembrar, quem sabe até acho uma foto na Internet.

      Valeu a sua atenção.

      Mas pelo menso vc sentiu o gostinho; eu ainda quero comprar um mucro para começar.

      Obrigado mesmo, fiquei muito contente e me desculpe o atraso, mas esperei uns dias e não vi sua resposta e fui ora frente.

      Mas hoje com a busca tive a grata surpresa.

      Abçs,

      Paulo Gil

  11. Adalberto Mattera disse:

    Adamo, sua reportagem foi parar na página da Santa Rita, parabéns!

    1. Uma honra para mim e fica a disposição. Logo logo o vídeo. Agradeço a você também pela ajuda de sempre.

  12. Jackson sousa leite disse:

    É uma grande satisfação saber que a turismo santa rita preserva a história seu passado e presa pelo futuro investindo cada dia mais pra continuar sendo uma das maiores do transporte e fretamento paulista já tive o prazer de conhecer o sr. adalberto mattera e com certeza é um dos busólogos mais renomados de nosso país..

  13. Paulo Gil disse:

    Sr. Alberto, boa noite

    Pensa com carinho na minha sugestão (item 3 do meu comentário acima), em disponibilizar suas fotos
    e materiais diversos sobre o Buzão na Internet, para compartilhar com todos nós.

    Se quiser contar sua história, também será muito bem vinda; aqui no Blog tem um post que
    o senhor poderá utilizar ai já fica na Internet.

    http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/09/16/o-motivo-de-gostar-de-onibus/

    Abçs,

    Paulo Gil

  14. Paulo Gil disse:

    Adamo, boa noite.

    Depois dessa matéria e de tantas revelações como as histórias dos comentaristas do Blog, sugiro
    que você reserve um espaço na sua agenda e na do Kaio na VVR,- 2013, para realizarmos o encontro
    dos comentaristas do Blog do Ponto de Ônibus.

    Será bem legal e integrará a turma, sem contar que dará uma bela matéria para o seu Blog.

    Já até bolei o título.

    “Os Aapixonados pelo Buzão e pelo Blog do Ponto de Ônibus”

    Analise a sugestão e quem sabe a ideia amadurece e acontece.

    Abçs,

    Paulo Gil

    1. Roberto SP disse:

      Paulo estou nessa com certeza, pode contar comigo

      1. Paulo Gil disse:

        Roberto, boa noite.

        Já somos 2.

        Até a VVR-2013

        Abçs.

        Paulo Gil

  15. Bom dia a todos quero deixar os meus parabéns aos diretores da empresa de turismo Santa Rita pela homenagem ao meu pai João Guirado,desde então da minha existência até hoje ele comenta sobre a sua passagem por esta empresa e pelo seu inicio com os diretores Jerônimo e Milton,obrigado mesmo de coração,são passagens inesqueciveis que merecem a homenagem.

    1. Paulo Gil disse:

      Nilton, boa noite.

      Muito legal seu depoimento, isto demostra que empregados e patrões podem ser amigos.

      Acredito que seu pai Sr. João Guirado, devem ter um bocado de histórias para contar
      pra gente.

      Novembro tem VVR, quem sabe nos veremos por lá.

      Abçs,

      Paulo Gil

  16. RUBENS ROSA disse:

    DEU SAUDADES, QUANDO MORAVA NA PENHA EM S.PAULO, SEMPRE CRUZAVA COM OS NIBUS DESSA EMPRESA, PARABENS, LUZ, SUCESSO

  17. Elder Monte disse:

    O COACHINHO!!!
    Eu morei muitos anos no bairro da Penha onde a Santa Rita se originou e até hoje tem sua garagem por lá…. E me lembro perfeitamente quando eu criança, eu via o COACHINHO da Santa Rita, se não me falha a memória ele ficava num terreno da Rua Cumanachós… E me chamava atenção aquele ônibus simpático, diferente…. sempre tinha gente por ali (acho que era o próprio Sr Jeronimo) sempre limpando o carro, fazendo manutenção etc, até mesmo nos fins de semana. Parabéns!
    Elder Monte

  18. renildo disse:

    realmente e uma bela empresa trabalho nela a quase 10 anos,parabens a toda diretoria,e todos os colegas de trabalho que Deus possa sempre iluminar a todos,turismo santa rita faço parte dela motorista Renildo

  19. mauricio dias de mello disse:

    Trabalhei nesta conceituada empresa em 1995 a 1996 apenas um ano e alguns meses e posso garantir que uma das empresas no seguimento de transporte que mais respeita os seus usuários
    Na parte de higiene e rigorosamente impecavel e os motorista são conhecidos como flanelinhas
    na minha época
    Parabens Santa Rita pelos seus anos de vida e que continue assim demonstrando esses
    respeito peloa seus clientes

  20. Renildo disse:

    ola galerinha dia 16.12.14- Eu Renildo conceiçao completo 10 anos de turismo santa rita sera uma data muito importante para mim,sao muitos e muitos kms rodados na direçao de onibus santa rita,varias cidades cruzadas,varios interiores do estado percorridos,desde ja agradeço a todos diretores da companhia e todos os setores da empresa principalmente o setor de trafego obridado a todos tenho orgulho de ser motorista da turismo santa rita

  21. pedro gentil meir disse:

    e verdade os onibus realmente sao lindos pudera sao os motoristas que lava encera e cuida voces nao acha que eles tanbem mereçe um salve

  22. ELVIS ROBERTO BERTOLA disse:

    POIS LEMBRO-ME DE TODA Á FROTA ANTIGA ,TRABALHE MUITOS ANOS NA PENHA E TODA Á TARDE LÁ MAIS OU MENOS 17:30 H. PASSAVAM NA AVENIDA PENHA DE FRANÇA OS ÔNIBUS TRAZENDO OS FUNCIONÁRIOS DA PHILIPS , FABRICA EM GUARULHOS NÃO PODIA DE VER OS CARROS ANTIGOS ( CHEVROLET 1954 ) (O 321 MONOBLOCO ) ( O 351 E O 362 ) E MUITOS OUTROS , UM FORTE ABRAÇO PARA TODA Á EQUIPE ,PELO CARINHO E CONSERVAÇÃO DOS VEÍCULOS . Elvis , Penha, São Paulo :

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