Licitação dos transportes travada em Recife e Região

onibus

A exemplo do que ocorre no ABC Paulista, em Brasília e tantas outras áreas, em Recife e região metropolitana, a lei não é cumprida e os transportes operam sem licitação.

Licitação em Recife ainda não saiu do papel
Pelas promessas do Governo do Estado de Pernambuco, em 2013 a capital e a região metropolitana já deveriam ter frota e sistema renovados. Mas nada disso deve ocorrer
ADAMO BAZANI – CBN
A licitação dos transportes coletivos em Recife e Região Metropolitana está travada e, a exemplo do que ocorre em praticamente todas as licitações do setor, é marcada por polêmicas, desencontros e disputas de interesses.
O assunto, que preocupa a população pela qualidade não satisfatória dos serviços de transportes, foi trazido pelo Jornal do Commercio.
Apesar de o governo do Estado de Pernambuco negar que haja uma pressão dos empresários de ônibus, são justamente as questões levantadas pelos transportadores que estão barrando o processo licitatório. Entre as quais, está o financiamento do sistema.
A licitação prevê a compra de ônibus novos, com mais conforto e maior valor agregado, a instalação de novos pontos e reformas em terminais, e o uso de equipamentos eletrônicos para monitoramento, gestão e informação, como GPS nos ônibus, central de operações e sistemas de acompanhamento de linhas e horários para os passageiros.
Mas o governo não prevê subsídios, o que fez com que as empresas esvaziassem o andamento da licitação.
De acordo com o cronograma apresentado pelo estado, no dia 07 de maio o governo lançaria o edital. Depois de 90 dias, os vencedores seriam conhecidos. Sendo assim, passado o prazo para adaptação de quem vencesse, já no início de 2013, a cidade e os municípios vizinhos teriam ônibus e sistema novos.
Mas, segundo o Jornal do Commercio, a única etapa cumprida do cronograma foi em abril, com a realização de uma audiência pública para a apresentação do modelo de licitação.
“De lá para cá, nada mais aconteceu”.
Mas a luta pela licitação nos transportes não vem de hoje. Ela era prevista para 1993, isso mesmo, 1993, quando a lei 8666, determinou que serviços públicos prestados por empresas particulares sejam regidos por contratos de concessão estabelecidos em licitações.
No entanto, a exemplo do Distrito Federal (licitação polêmica), da área 5 da EMTU (linhas intermunicipais do ABC –audiência pública prevista para o dia 28), e de tantas outras regiões, o poder público cede ao poder econômico e a lei não é cumprida.
A licitação na Região Metropolitana de Recife prevê a divisão do sistema em sete lotes. Se os prazos fossem cumpridos, todos os 900 ônibus do serviço integrado seriam renovados até junho de 2014, os modelos teriam equipamentos de acessibilidade e ar condicionado. Em sete anos, o restante da frota da região, 2100 ônibus, seguiria este padrão em sete anos.
A concessão seria por 15 anos, renováveis por mais cinco, num sistema que movimenta R$ 60 milhões por mês.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. André disse:

    resultado de empresários que ainda não se deram conta de que estamos no século XXI,por isso ainda eles estão a resistir na evolução dos transportes publicos.

  2. leonardo-pe disse:

    em 2009,tambem houve essa de”licitação”,mas não saiu.e a tendencia é ir se arrastanto por mais tempo.num ponto até dou razão aos empresários.sem subsídio não dá!

  3. leonardo-pe disse:

    perdão.é arrastando.pelo visto o tal”legado”dessa copa é q não teremos legado!e sim carros e mais carros nas ruas!

  4. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite

    Conforme informado acima:

    “A licitação prevê a compra de ônibus novos, com mais conforto e maior valor agregado, a instalação de novos pontos e reformas em terminais, e o uso de equipamentos eletrônicos para monitoramento, gestão e informação, como GPS nos ônibus, central de operações e sistemas de acompanhamento de linhas e horários para os passageiros.”

    Permitam-me uma sugestão.

    Fora o blá blá blá que todos já conhecem de cor e salteado, apresento uma sugestão:

    Entendo que o objeto destas licitações é que estão errados.

    Simples:

    Qualquer empresário do setor de ônibus atua com transporte e não com construção civil, eletrônica ou equipamentos para pontos de ônibus.

    Portanto o objeto da licitação NÃO PODE SER TÃO AMPLO COMO ESTÁ.

    O OBJETO DA LICITAÇÃO tem que ser FOCADO para cada área, pois do jeito que está o empresário de ônibus terá de ter uma construtora, uma indústria eletrônica e uma de equipamento para pronto de ônibus.

    Desta forma não é uma concessão e sim uma mistura de objetos e tipos de contrato num mesmo processo licitatório

    O objeto amplo demais, não funciona em nenhuma licitação deste planeta; simplesmente porque é inexequível sobre qualquer ótica tanto dos empresários quanto da administração pública.

    Sem contar que o GPS não serve pra nada, pois das duas uma:

    Ou o Buzão está atrasado ou o Buzão está adiantado, com ou sem GPS nunca são cumpridos horários e número de partidas.

    Assim pode ser eliminado o GPS, o que já otimiza o processo.

    Esta questão de licitação da área 5 da EMTU; não carece mais de audiência pública e sim de uma CPI, pois deve ter um coelho enorme nesse mato.

    São efetuadas no Brasil licitações (nacionais e internacionais) de extrema complexas e não conseguem concretizar a da área 5 da EMTU, INADIMISSÍVEL.

    Tem boi na linha, ou melhor no corredor.

    Se a licitação foi deserta, porque não se abre uma Licitação Internacional?

    Bom, a dica eu já dei.

    Novas idéias, críticas e sugestões serão bem vindas a favor de um transporte coletivo
    melhor para todos, incluindo aí os empresários.

    Att,

    Paulo Gil

  5. joel disse:

    eu sou motorista de onibus como vai ficaar os funcionarios das empresas que perderem as linhas vao ser riscodo como um rabisco num papel e

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