Greve de ônibus em Maceió deve continuar nesta quarta-feira

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Greve de ônibus em Maceió deve continuar nesta quarta-feira e chegar ao terceiro dia. Reunião de conciliação no TRT – Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas vai tentar por um fim ao protesto. Foto: TNH

Greve de ônibus em Maceió deve continuar nesta quarta-feira
Audiência no TRT – Tribunal Regional do Trabalho vai tentar por fim ao movimento grevista
ADAMO BAZANI – CBN
Cerca de trezentos mil passageiros que dependem dos ônibus municipais de Maceió, Alagoas, devem continuar sem transporte pelo menos até o início da tarde desta quarta-feira.
Os motoristas e cobradores em greve desde segunda-feira e as empresas de ônibus ainda não chegaram a um acordo sobre a reivindicação de reajuste salarial e nos valores dos benefícios da categoria.
Nesta quarta-feira deve ser realizada no TRT – Tribunal Regional do Trabalho uma audiência de conciliação inicialmente marcada para sexta-feira e que foi antecipada.
Por causa da greve de ônibus em Maceió, as principais ruas e avenidas da cidade sofrem com trânsito mais complicado. Muita gente que usava o transporte público para o trabalho ou escola teve de seguir com carro próprio.
Quem não tem condução particular, precisa achar alguma maneira de deslocamento, como os minionibus do serviço complementar de Maceió, carona ou mesmo ter de fazer longas caminhadas a pé.
Os motoristas e cobradores teriam decidido fazer um movimento catraca livre pelo qual circulariam sem cobrar as passagens, mas eles teriam sido impedidos pelas empresas de ônibus.
O desembargador Severino Rodrigues, presidente do TRT / AL – Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas, considerou ilegal a greve e determinou multa de R$ 50 mil por dia parado ao Sintto/AL – Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas, e a prisão de sindicalistas e motoristas de ônibus, entre eles o presidente do Sinttro/AL, Élcio Angelo Marques. As prisões, inclusive de Élcio, foram realizadas na noite de segunda-feira, mas na manhã desta terça, todos foram liberados.
Os trabalhadores aceitaram proposta do Ministério Público do Trabalho de reajuste salarial de 7,5%, 2,5% no ticket-alimentação e de 15% no plano de saúde.
As empresas de ônibus dizem que não podem conceder os aumentos por que tiveram redução de 9% na arrecadação por causa de determinação judicial que rebaixou a tarifa municipal de R$ 2,30 para R$ 2,10.
Por causa da relação entre a queda no valor da passagem e a negativa de reajuste salarial, o movimento grevista foi considerado como locaute, ou seja, incentivado pelos donos de viações. Empresas e sindicato de trabalhadores negam.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

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