Greve em Maceió afeta 300 mil

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Ônibus em Maceió. Capital alagoana amanheceu sem transporte coletivo nesta segunda-feira, o que prejudicou cerca de 300 mil pessoas. Motoristas e cobradores querem reajuste salarial e empresários no valor das passagens. Foto: João Antônio

Greve de ônibus em Maceió deixa 300 mil sem transporte
Motoristas e cobradores pedem reajuste nos salários e em benefícios enquanto empresários querem aumento das tarifas
ADAMO BAZANI – CBN
Cerca de 300 mil pessoas estão sem transporte nesta segunda-feira, dia 30 de julho de 2012, por causa de uma greve de motoristas e cobradores de ônibus em Maceió, Alagoas.
Muitos destes passageiros que dependem dos 665 ônibus que servem a capital alagoana foram pegos se surpresa já que a greve foi anunciada na noite de sábado, portanto sem cumprir as 72 horas de antecedência que estabelece a Lei de Greve, e não houve ampla divulgação.
O desencontro de informações era tão grande que mesmo os passageiros que sabiam da greve estavam confusos, isso porque, foi dito inicialmente que a paralisação dos ônibus hoje seria de advertência e que os veículos voltariam a circular às 8 horas da manhã, o que não ocorreu.
Segundo o Sinttro/AL– Sindicatos dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas, a greve deve ser de 24 horas, mas se não houver contra-proposta por parte das empresas, a partir da zero hora desta terça-feira, pode se transformar em paralisação por tempo indeterminado.
Os trabalhadores pediam inicialmente 15% de aumento nos salários, 25% no ticket alimentação e 90% nos planos de saúde. Mas o sindicato dos rodoviários aceita discutir 7,75% de reajuste salarial, 10% no ticket alimentação e 15% sobre os planos de saúde, índices estes que foram propostos pelo Ministério Público do Trabalho.
As empresas de ônibus argumentam que não podem conceder os aumentos pedidos porque o poder público não autorizou reajuste na ordem de 49% nas tarifas, que segundo os empresários, estão com valor defasado.
As companhias alegam que os salários e benefícios mais altos causariam desequilíbrio financeiro no sistema.
Por causa da falta de ônibus, muita gente que usa o transporte coletivo teve de sair de casa com veículos próprios, o que causou congestionamentos em vias importantes como Avenida Fernandes Lima e Avenida Gurval de Góes Monteiro.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

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