Greve de Ônibus em BH: Sindicato vai recorrer para não cumprir frota mínima

Greve ônibus BH

Sindicato dos Rodoviários não aceita cumprir frota mínima de 50% e 70% determinados pela justiça em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Entidade diz que obrigação é cumprir os 30% previstas pela Lei de Greve. Foto: Alex de Jesus – O tempo – Agestado.

Sindicato vai recorrer de frota mínima
Entidade trabalhista não se agradou da decisão judicial que obriga a operação de 50% de serviços durante a greve, frota que deve ser ampliada para 70% nos horários de pico
ADAMO BAZANI – CBN
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Belo Horizonte – STTR- BH não se agradou da determinação da Justiça do Trabalho para a colocação de 50% dos ônibus em operação durante a greve dos motoristas e cobradores e de 70% nos horários de pico, das 6 h às 9 h e das 17 h às 20 h. O órgão deve recorrer da decisão e disse que não foi consultado sobre a decisão judicial.
Para a entidade trabalhista, os funcionários deveriam seguir a Lei de Greve, que determina 30% de circulação das partidas previstas.
A Justiça obrigou que os órgãos gerenciadores de transportes acompanhem e fiscalizem o cumprimento do número mínimo dos ônibus nos horários de maior movimento e nas demais horas.
O 1º vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região de Minas Gerais, Marcus Moura Ferreira, determinou que 50% da frota de ônibus prevista para circulação fossem colocados em operação. A quantidade, de acordo com a determinação, deve subir para 70% da frota programada nos horários de pico das 06 h às 09 h e das 17 h às 20 horas.
Com isso, o desembargador Marcus Moura Ferreira atendeu parcialmente à liminar requerida pelos empresários de ônibus pelas representações patronais. O Setra – BH – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte, que reúne as companhias da capital, e o Sintram – BH – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, das empresas que atendem aos municípios da Grande BH, pediram a ilegalidade da greve.
Elas alegaram que não foram comunicadas com 72 horas de antecedência conforme prevê a Lei de Greve.
O desembargador alegou que o TRT não deve deliberar sobre ilegalidade ou abusividade de uma greve. Pelo não cumprimento da determinação foi estipulada uma multa diária de R$ 30 mil contra o sindicato dos trabalhadores.
A Justiça determinou também que a BHTrans, a Transcon e a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas – Setop fiscalizassem o cumprimento da decisão judicial.
Terminais como do Barreiro registraram movimento quase nulo de ônibus. Já o número de partidas no Terminal Villarinho se aproximaram do normal.
A primeira reunião desta terça-feira entre sindicato dos trabalhadores e sindicatos das empresas de ônibus terminou sem acordo.
A categoria reivindicava um aumento de 20 % nos salários.
Os trabalhadores também pedem aumento para 30 folhas de tíquete- alimentação, no valor de R$ 15,00 cada folha, Participação nos Lucros e Resultados, redução na jornada de trabalho, fim da dupla função no caso de motoristas que dirigem e cobram e banheiros femininos nos terminais de ônibus e estações BHBus.
OS empresários oferecem aumento no valor do tíquete-alimentação de 6% e participação nos lucros de R$ 150,00 para quem ganha até R$ 1 mil e de R$ 300 para salários acima deste valor.
Logo mais às 17 horas deve ser realizada uma nova reunião de conciliação entre empresários e representantes de trabalhadores no TRT – Tribuna Regional do Trabalho para tentar colocar fim à paralisação.
Independentemente se houver um acordo na reunião das 17 horas, o fim da greve só será decidido depois de uma assembléia da categoria.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. ANDRÈ disse:

    O presidente do sindicato patronal senhor RÙBENS LESSA DE CARVALHO é um dos dono do grupo saritur que é composto por mais de 20 empresas, a uns 8 anos atrás eles só tinham umas 8 , hoje tem mais de 20,como ele tem coragem de dizer que estão no vermelho ?Quem está no vermelho não compra empresas e sim vende né! e o pior que estão renovando toda a frota de veículos que já está quase ultrapassando a marca de 2000.Desse jeito compra mesmo, sugam o sângue dos funcionários e na hora de pagarem um salário justo para quem deixa seus filhos e esposas em casa e não sabem se vão voltar vivos,ficam nessa choradeira e aí vem a “marionete”da justiça que só ficam do lado dos empresários como sempre né e atrapalham a categoria a lutar pelos seus direitos.

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