Greve de ônibus em BH: Justiça determina frota de 50% e 70%

BH Justiça

Ônibus parados em garagens. Justiça determinou há pouco uma frota mínima de 670% nos horários de pico e 50% nos demais horários. Foto Paulo Filgueiras EM – DA/Press

GREVE DE ÔNIBUS EM BH: Justiça determina que 70% da frota de ônibus entre em operação
Decisão foi tomada agora há pouco pelo Tribunal do Trabalho

ADAMO BAZANI – CBN

O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região determinou há pouco que sejam colocados nas ruas imediatamente 50% da frota de ônibus durante a greve dos motoristas e cobradores de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Nos horários de pico entre 6h e 9h, e 17h e 20 h, o número de ônibus deve ser ampliado para 70%.
Os motoristas e cobradores de ônibus estão em greve desde à 0h00 de segunda-feira por maiores salários, melhores condições de trabalho, redução da jornada e aumento no tíquete – refeição.
Ainda não há consenso entre categoria e as empresas de ônibus.
Por isso, está prevista ainda para hoje uma reunião mediada pela Justiça Trabalhista. A audiência que estava prevista para as 11 horas foi transferida para às 17 horas no Terminal Regional do Trabalho.
O TRT não entendeu à greve como ilegal como foi pedido pelas empresas de ônibus, mas estabeleceu limites para a paralisação.

REIVINDICAÇÕES:

– Aumento Salarial: Inicialmente a categoria pedia um reajuste de 49%, mas depois apresentou uma proposta de aumento de 20%. Pela proposta dos 20% de aumento, os salários dos motoristas e despachantes subiriam para R$ 1 mil 632,00 e os rendimentos dos cobradores iriam para R$ 816,00.
– Participação nos Lucros; A reivindicação é que a participação seja paga de acordo com os salários dos trabalhadores e a rentabilidade das empresas.
– Tíquete-alimentação: Aumento para 30 folhas, cada uma com o valor de R$ 15,00
– Redução na Jornada de Trabalho para 6 horas.
– Fim da dupla função para o caso de motoristas que dirigem e cobram ao mesmo tempo.
– Instalação de banheiros femininos nos terminais para as motoristas e cobradoras.

As empresas rejeitaram as propostas e ofereceram:

– Aumento Salarial: Reajuste de 13% caso a jornada de trabalho tenha 20 minutos a mais por dia. Os funcionários dos setores de administração teriam aumento de 9%. OUTRA ALTERNATIVA seria aumento salarial de 6% sem mudança na atual jornada de trabalho.
– Aumento de 6% no valor do tíquete-alimentação.
– Participação nos Lucros e Resultados de R$ 150,00 para quem ganha até R$ 1 mil e de R$ 300 para que recebe acima de R$ 1 mil.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. MOTORISTA disse:

    NÃO VAMOS ACEITAR ESTA PROPOSTA SOMOS TRABALHADORES E LUTAMOS PELOS NOSSOS DIREITOS QUEREMOS O QUE É JUSTO, NESSAS CONDIÇÕES IMPOSTAS NÃO IREMOS ACEITAR, OS PATRÕES CADA DIA MAIS RICOS AS PASSAGENS MAIS CARAS E NÃO ACEITAM UM REAJUSTE JUSTO PARA A NOSSA CATEGORIA, VAMOS TER VERGONHA NA CARA PESSOAL GREVE GERAL É GREVE….

  2. marli disse:

    a greve é mais que justa. A corda sempre arrebenta pro lado mais pobre. Não é facil aguentar milhares de pessoas o dia inteiro reclamando, xingando, e até as vezes sofrendo agressões de passageiros, fora os assaltos que a maioria das impresas de onibus cobram do pobre do cobrador, como se le fosse um comparsa de assaltante.Concordo planamente com a greve, e sou usuária assídua dos coletivos de BH.

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