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GREVE DE ÔNIBUS EM CURITIBA TERMINA NESTA QUARTA-FEIRA

Ônibus em Curitiba. Depois de dois dias e paralisação, os motoristas e cobradores de Curitiba decidiram voltar ao trabalho. Aumento nos salários, no valor do vale alimentação e abono foram discutidos em reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Adamo Bazani.

FIM DA GEVE DE ÔNIBUS EM CURITIBA
Trabalhadores aceitaram proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho e depois de dois dias encerravam a greve

ADAMO BAZANI – CBN

Terminou a greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana.
Os trabalhadores em assembléia aceitaram as propostas apresentadas pelo Ministério Público do Trabalho em reunião de conciliação realizada no início da tarde desta quarta-feira no TRT – Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba
As propostas do Ministério Público do Trabalho foram aprovadas pelo Setransp – Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana:
Entre os principais pontos aceitos tanto por empresas como por trabalhadores estão:

– AUMENTO DE 10,5% NOS SALÁRIOS DE MOTORISTAS E COBRADORES. Hoje, os motoristas recebem mensalmente cerca de R$ 1.300,00 e os cobradores são remunerados em R$ 780,00

– AUMENTO NO VALE ALIMENTAÇÃO DE R$ 105,00 PARA R$ 200.

– PAGAMENTO DE ABONO ÚNICO DE R$ 300 A SER PAGO JUNTO COM O SALÁRIO DE JUNHO.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram prejudicadas por dia devido a greve de ônibus em Curitiba e Região Metropolitana.
Por causa da greve de motoristas e cobradores de ônibus em Curitiba, muitas pessoas chegaram atrasadas ao serviço, escola, faculdade ou consultas médicas. Agências bancárias e lojas nem chegaram a abrir as portas.
O trânsito ficou caótico em diversas vias. As pessoas que normalmente usam o transporte público para se deslocar normalmente tiveram de ir de carro.
Os congestionamentos foram longos em ruas e avenidas do centro de Curitiba e em acessos para os outros municípios que formam a região metropolitana. NA BR 116, entre Fazenda Rio Grande e Curitiba a lentidão ultrapassou 11 quilômetros de lentidão.
A procura por táxis aumentou consideravelmente e faltaram veículos para os passageiros. Os taxistas preferiam corridas financeiramente mais vantajosas.
A UBRS – Urbanização de Curitiba S.A., autarquia que gerencia os transportes em Curitiba e Região Metropolitana, como medida emergencial, cadastrou peruas e vans de lotação para atenderem à parte das linhas de ônibus que estavam parados.
Os ônibus envolvidos na greve prestam serviços na RIT – Rede Integrada de Transporte.
A RIT é um sistema unificado de ônibus que integra os transportes de Curitiba, Capital Paranaense, e das cidades vizinhas como São José dos Pinhais, Piraquara, Pinhais, Colombo, Almirante Tamandaré, Campo Largo, Araucária e Fazenda Rio Grande.
Com o valor de uma só passagem, é possível percorrer todos os municípios do sistema, independentemente do número de ônibus, viagens realizadas ou tempo de percurso. O Bilhete Único de São Paulo, por exemplo, permite o uso de 4 conduções num período de 3 horas.
Os serviços de Curitiba são divididos em diversas categorias:
Linhas Expressas: São operadas por veículos tipo biarticulados, na cor vermelha que ligam os terminais de integração ao centro da cidade, através das canaletas exclusivas. Embarques e desembarques são feitos em nível nas estações tubo existentes no trajeto.
Linhas Diretas (Ligeirinhos): Operam com veículos tipo padron, na cor prata, com paradas em média a cada 3km, com embarque e desembarque em nível nas estações tubo. São linhas complementares, principalmente das linhas expressas e interbairros. Há agora ônibus biarticulados azuis, considerado o maior modelo de ônibus do mundo, na cor azul, apelidados de Ligeirões.
Linhas Interbairros: São operadas por veículos tipo micro, comum ou articulados, na cor laranja que ligam terminais de integração aos bairros da região.
Linhas Troncais: Operam com veículos tipo padron ou articulados, na cor amarela, que ligam os terminais de integração ao centro da cidade, utilizando vias compartilhadas.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Motoristas e cobradores de Curitiba decidem manter greve nesta quarta-feira, mas Justiça estipula frota mínima. Foto: Antônio More, Gazeta do Povo.

GREVE DE ÔNIBUS EM CURITIBA CONTINUA NESTA QUARTA FEIRA
Categoria inicialmente pedia aumento de 40%. Tribunal do Trabalho propôs 8% de reajuste salarial.
ADAMO BAZANI – CBN
Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana que fazem parte da RIT – Rede Integrada de Transporte decidiram há pouco manter a greve que teve início na madrugada desta terça-feira, dia 14 de fevereiro de 2012.
Inicialmente, o Sindimoc – Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana reivindicava um reajuste de 40% nos salários e de cerca de 200% no valor do vale alimentação. Os empresários representados pelo Setransp – Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana apresentaram 7% de aumento, representando 5,7% de correção do acumulado de inflação e 1,3% de ganho real.
A categoria esperava conseguir pelo menos 10,5% de elevação salarial, mas o desembargador, Altino Pedrozo dos Santos, do TRT – Tribunal Regional do Trabalho – em Curitiba propôs um índice de reajuste de 8%. O percentual se aproximou do proposto pelos empresários e bem abaixo do pedido pelos trabalhadores.
Com a manutenção da greve, o Tribunal determinou um novo percentual de frota operante. Terão de estar nas ruas, 70% dos ônibus nos horários de pico que compreendem o início da manhã das 05h00 às 08h30 e final da tarde, das 17h00 às 19h30. Nos demais horários, a frota deve ser de 50%.
Caso o sindicato não cumpra a decisão vai ser submetido a uma multa diária de R$ 100 mil.
Nesta terça-feira, o sindicato dos trabalhadores descumpriu determinação judicial de 80% de ônibus no pico e 60% nas demais faixas de horário. O Sindimoc alegou que não sabia a quantidade exata de ônibus que representariam estes percentuais, alegação que foi contestada pela Urbs – Urbanização de Curitiba S.A, empresa que gerencia os transportes na Capital e cidades próximas. Segundo a Urbs, seria fácil calcular o número com base nos registros de frota que qualquer empresa possui.
A greve prejudicou nesta terça-feira 2,5 milhões de pessoas que usam os ônibus que prestam serviços na RIT, entre eles convencionais, em corredores e de linhas rápidas, conhecidos como “ligeirinhos”.
A categoria também reivindicava um aumento no vale-alimentação de 200%, mas a Justiça propôs reajuste menor.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

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