Obras do VLT do Litoral devem começar em junho

Obras do VLT em São Vicente começam em junho
EMTU vai qualificar empresas que demonstrarem interesse em participar da licitação. Os primeiros testes devem começar no final de 2013
ADAMO BAZANI – CBN
Mesmo sem o término da licitação da infraestrutura, a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e a Prefeitura de São Vicente, no Litoral Paulista, anunciaram que as obras do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos na cidade devam começar já no mês de junho. A definição da data foi feita após reunião entre o poder público municipal e a gerenciadora estadual de transportes metropolitanos.

VLT de Santos

Modelo de VLT – Veículo Leve sobre Trilhos. O VLT que vai ligar Santos e São Vicente, no Litoral Paulista, deve ter 22 composições de 44 metros e comprimento e capacidade para 400 passageiros cada. A licitação ainda não foi concluída, mas as obras devem começar em junho na cidade de São Vicente, como anunciou a prefeitura e a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. Pelo porte das composições e por se tratar de um meio de transporte que exige maior estrutura, a implantação da linha vai exigir diversas intervenções, como reforço ou reconstrução de viadutos e elevação de uma pista da rodovia dos Imigrantes.

O VLT deve ligar Santos a São Vicente em 15 quilômetros de extensão, entre as proximidades do Canal dos Barreiros, em São Vicente, e o Porto de Santos.
O serviço deve ter 22 composições com 44 metros cada e capacidade para transportar de uma só vez 400 passageiros. A demanda prevista para o sistema é de 120 mil a 150 mil passageiros por dia, durante a semana. O intervalo em dias úteis será entre seis e dez minutos.
Só em São Vicente, onde as obras devem começar primeiro, serão cinco estações de embarque e desembarque, todas com acessibilidade, pré-embarque (pagamento da tarifa antes de o passageiro entrar na composição) e painéis que informam o trajeto e os horários, com previsão de chegada dos veículos.
O equipamento não emitirá poluição, já que a operação é elétrica.
Em São Vicente, o VLT deve aproveitar o espaço da linha férrea.
A EMTU estima que em todo trecho, os primeiros testes já com o veículo em operação comecem em novembro de 2013.
INTERVENÇÕES:
Por conta da estrutura maior que um VLT exige, a implantação da linha, que terá um ramal ligando a Avenida Conselheiro Nébias ao Valongo, vai exigir uma série de obras de adaptação.
Além disso, algumas áreas terão de ser ampliadas para comportarem as composições.
Na Linha Amarela no encontro com a Rodovia dos Imigrantes, será necessária a elevação da pista da estrada para comportar o porte do VLT.
A rodovia dos Imigrantes também necessita da construção e readequação de viadutos. A licitação está prevista para maio.
O viaduto da Avenida Antônio Emmerich que passa sobre a Linha Amarela deve ser reformado ou reconstruído.
Para evitar que as obras atrasem, a EMTU informou que vai qualificar as empresas interessadas em participarem da licitação, independentemente de ganharem ou não.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos pede sistemas que diminuam a emissão de ruídos e também de trepidações.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Luiz Vilela disse:

    É projeto histórico para a RMBS, que poderá criar o conceito de rede troncalizada, se conectar ao futuro trem regional a Sampa.e passar sob o futuro túnel rumo ao Guarujá. A mão firme do governo e da EMTU supõe que a mesma disposição para fazer do VLT espinha dorsal de onde poderiam partir BRTs e demais linhas de ônibus.

    No edital técnico os números do material rodante são muito interessantes, como motorização 100% (dos eixos) e aceleração 1,2m/s2 – maior que os 0,9 m/s2 da CPTM 9/trens novos, por exemplo. Há previsão (opcional) de supercapacitor, que dispensaria catenárias. A sinalização não é CBTC nem há operação sem condutor: para os intervalos citados, não justificaria.

    A preocupação segue com os inúmeros cruzamentos. Se fala em alguns viadutos e um novo túnel, mas nada ainda sobre prioridade nos semáforos (inclusive via comunicação bi-direcional, como em Londres). Também não se fala como a segregação irá negociar o meio urbano com os veículos sobre pneus. O governo deveria apresentar estas soluções, especialmente pela lembrança dos moradores das longas esperas “para o trem passar” em cruzamentos e a disputa das vias com os antigos bondes. “Busólogos”, “ferrofanáticos” e bichos semelhantes sabem que VLT moderno nada tem a ver com velhos trens de carga ou bondes, mas o cidadão da Baixada deverá ouvir seus pais e avós contarem histórias.

    1. Gustavo Cunha disse:

      Luiz,

      Gosto de ônibus, MAS, já disse aqui mesmo que, as GIGANTES máquinas da Vale do Rio Doce, são lindas e fascinantes e paixões à parte, torço para que TODAS AS SOLUÇÕES, SOBRE PNEUS E TRILHOS, DEEM CERTO, porque, estamos ficando estrangulados, pois parece loucura, mas, automóvel e moto, VENDEM COMO PÃOZINHO QUENTE NA PADARIA.

      Espero e desejo que o VLT da baixada, seja um embrião, de sucesso e exemplo para outras localidades.

      Abçs.

  2. ALDO MARTINS disse:

    SIM, NÃO SÓ PARA CIDADE DE SANTOS E SÃO VICENTE, MAS QUEM SABE NO FUTURO PRAIA GRANDE, SAMARITA, SUARÃO, ITANHAEM , PERUIBE, ENTRE OUTRAS CIDADES DO VALE DO RIBEIRA

    1. Luiz Vilela disse:

      A idéia seria sim, seguir até Peruíbe. Pelo menos foi que Alckmin disse.

  3. Vagão disse:

    MUITO BOM, FIQUEI SABENDO QUE O RESPONSÁVEL PELA IMPLANTAÇÃO É O ENG. SILVIO ROSA E ESTE CARA É BOM, AGORA ACREDITO QUE VAI ACONTECER. AVANTE SANTOS

  4. Hild disse:

    O único êrro cometido pelo regime militar brasileiro foi abandonar a rede ferroviária brasileira como sinônimo de coisa do passado.Copiamos os americanos e nos demos mal.Agora vamos ter que recomeçar tudo novamente, porque trem, metrô, veículo leve sobre trilhos e monotrilhos além de trem bala e trem de levitação magnética são investimentos do objetivo da Europa, Japão, China e qualquer país que queira tirar das ruas caminhões e ônibus que usam o petróleo como combustívél além de atrabalhar o trânsito

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