Novos ônibus a hidrogênio com portas dos dois lados
Publicado em: 27 de janeiro de 2012
Novos ônibus a hidrogênio vão ter portas dos dois lados
Veículos devem operar comercialmente em 2014 no Corredor ABD. Cada um deve custar em média US$ 1 milhão
ADAMO BAZANI – CBN
Até o ano de 2014, Copa do Mundo no Brasil, devem estar em circulação mais três ônibus movidos a hidrogênio no Corredor ABD, que liga São Mateus (zona Leste) a Jabaquara (zona Sul de São Paulo) pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema.
O PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – e o Consórcio da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos responsável pelo Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio acertaram a fabricação destas mais três unidades. Cada ônibus a hidrogênio custará em média US$ 1 milhão. O prazo de fabricação é de um ano e meio. Eles devem ficar prontos em 2013 e ficarão em testes até 2014.
O primeiro ônibus, em testes de 2009, custou US$ 16 milhões. Este valor incluiu estudos, projetos e desenvolvimento que já foram realizados, portanto, as outras unidades não terão estes custos nesta proporção.
Além disso, estes novos ônibus a hidrogênio vão ter maior nível de nacionalização. O motor elétrico de tração será fabricado no Brasil, por exemplo. As células a hidrogênio, os tanques que armazenam o hidrogênio, as baterias auxiliares de tração e outros componentes responsáveis pela geração da tração ainda serão importados.
Os novos ônibus terão portas no lado esquerdo e no lado direito para servirem trechos de embarque e desembarque duplos, como o ramal do Corredor ABD, entre Diadema, no ABC Paulista, e Brooklin, na zona Sul de São Paulo.
O ônibus a hidrogênio é um ônibus elétrico híbrido. Em vez de o diesel gerar energia, esse papel é feito pelo hidrogênio.
Um processo chamado eletrólise separa o Oxigênio do Hidrogênio, gerando a energia elétrica que move os motores.
O oxigênio, que seria o subproduto da operação, é liberado pelo sistema de escape como vapor d´água. O escapamento e todo o sistema recebem um tratamento especial para não enferrujarem pela umidade maior.
O ônibus conta com a frenagem regenerativa. Toda vez que o ônibus freia ou para, ele precisa de menos energia. A geração de energia é a mesma em todas as situações, mas em momentos que o veículo precisa de menos, o excedente não se transforma em calor e é desperdiçado. Ele é armazenado nas baterias para situações que exigem mais energia que a produzida pelo motor. Além disso, a energia produzida pelo atrito dos freios, por exemplo, também é aproveitada.
Os ônibus a hidrogênio são 100% limpos não emitindo nenhum poluente na atmosfera em sua operação.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Uma grande opção para regiões metropolitanas de alta densidade e extensão.
Seria interessante conhecer os custos operacionais e de manutenção, mas deveria levar alguns anos para regularização do fornecimento do combustível e peças específicas. Sempre é bom lembrar que o Brasil tem boa tradição em combustíveis alternativos. A manutenção de carros a álcool, hoje em dia, tem custo e disponibilidade competitivos.
Para o usuário parece fantástico: silencioso, rápido e inodoro.
Agora voltando pra vida real…rs…Como usuário da Viação Imigrantes cujas linhas serão assumidas pela empresa MobiBrasil, peço se possível, uma matéria sobre o imbroglio que virou a operação destas linhas intermunicipais. Enquanto na Mobi Diadema as coisas se acertaram, a Imigrantes continua operando da pior forma possível, com frota reduzida, ônibus velhos, muitos, muitos atrasos, passageiros e funcionários insatisfeitos. Enquanto isso dezenas de ônibus prontos para operar estão parados na garagem e ninguém sabe de quem é a responsabilidade, se da própria Mobi/Imigrantes ou da EMTU (dizem que a gerenciadora não está liberando a circulação dos carros novos). Se é para operar da forma como estão operando, melhor seria manter do jeito que estava antes. Havia mais ônibus circulando, velhos sim mas sem intervalos tão vergonhosos.
Grande abraço.