FRASE INFELIZ: Secretário de Transportes de Alckmin desqualifica Metrô e Ônibus

Metrô Lotado

FALTA FEIJÃO COM ARROZ NOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO. Mesmo assim, o Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, classificou o metrô e o ônibus como feijão com arroz dos transportes ao defender o controverso monotrilho (trens leves que circulam em elevados semelhantes ao Minhocão) entre São Bernardo do Campo e a Estação Tamanduateí, na Capital Paulista. A declaração foi vista como pobre e infeliz por especialistas em transportes, já que nem o básico dos transportes o poder público consegue oferecer à população e pensa em modais muito caros, cujo custo/benefício não vale a pena. É o caso do monotrilho, segundo estudiosos. Ele vai custar, em 28 quilômetros, R$ 4,2 bilhões. Com este dinheiro, em corredores de ônibus tipo BRT, que oferecem conforto e acessibilidade, além de rapidez, daria para atender a uma extensão, no mínimo, três vezes maior e mais pessoas também. Foto: Agência Estado.

Secretário de Alckmin chama Metrô e Corredor de Ônibus de “feijão com arroz”
Declaração de Jurandir Fernandes não foi bem vista por especialistas em transportes que acreditam que nem o básico do setor foi feito

ADAMO BAZANI – CBN

Você compraria algo de luxo ou novo se não tivesse sequer o mais simples ou o básico?
Aliás, muita gente e gestores públicos enfrentam sérios problemas financeiros por conta disso.
A declaração do Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, dada ao jornal Repórter Diário, do ABC Paulista, ao classificar os corredores de ônibus e o metrô como feijão com arroz na área dos transportes foi considerada pobre, simplista e não agradou boa parte dos especialistas de transportes neutros, que não possuem nenhuma ligação com partidos políticos.
Jurandir Fernandes fez a declaração ao defender o controverso monotrilho da linha 18 bronze da Companhia do Metropolitano, projeto do Governo do Estado de São Paulo, de um sistema de transporte de média capacidade sobre um elevado, que deve ligar a Estação Tamanduateí, na Capital Paulista, até a São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
“Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceitos.” – declarou à reportagem

PRIORIDADES:

Especialistas em transportes defendem sim a evolução dos sistemas de transportes e a busca por novas tecnologias.
Mas depois de o básico ser feito, o que não ocorre.
E este básico é justamente sim uma rede que integra Metrô e corredores de ônibus de maior capacidade e que ofereçam mais velocidade nas operações e menor tempo de deslocamento, além de mais conforto, como é o modelo de corredor BRT – Bus Rapid Transit.
O Metrô exige investimentos altos. A cada dez quilômetros, a obra não sai por menos de R$ 1 bilhão de reais.
Ele é indicado para altas demandas e ligar os principais pontos de movimento da cidade e mesmo da região metropolitana de São Paulo.
Os corredores de ônibus do tipo BRT têm capacidade de transportes e velocidade semelhantes a de outros modais, mas com custos bem menores. Assim, a implantação do modal poderia com o mesmo preço do VLT e do monotrilho atender a extensão e número de passageiros maiores.
É o que alerta o professor da FEI, Creso Peixoto, que destacou que o valor do monotrilho é muito alto. O que o VLT ou monotrilho eventualmente poderiam transportar a mais ou ter maior velocidade em comparação ao BRT não justifica tamanho preço maior. Assim, na relação custo / benefício, o VLT e o monotrilho não valem a pena.
Creso Peixoto defendeu que o Governo do estado considerasse a possibilidade da ligação Tamanduateí – São Bernardo do Campo ser feita por BRT:
“Ele (o BRT) é mais econômico o que permitiria um traçado maior” – disse Creso.
O monotrilho da linha 18 bronze da Companhia do Metropolitano vai custar aos cofres públicos ao menos R$ 4,2 bilhões, isso se não houver mudanças nas obras no meio do caminho, já que são mais complexas. Elas exigirão a construção de estações mais complexas, com escada rolante, elevadores e equipamentos que um BRT dispensaria, e o viaduto, que pode lembrar o elevado Costa e Silva, o minhocão, no centro de São Paulo, terá vigas de sustentação de no mínimo 8 metros de altura.
Creso Peixoto, mestre em transportes, foi categórico ao afirmar que com o mesmo valor do monotrilho do ABC seria possível no mínimo fazer um traçado três vezes maior, com obras mais rápidas e atendendo um número maior de pessoas.

PROPAGANDA POLÍTICA:

Sempre o que é novo e diferente chama mais a atenção e cria um ganho de imagem política. Se a obra der certo, perfeito. Se não der certo, tudo bem. Sempre vai ter alguém para culpar: o Ministério Público que embargou as obras, as licenças ambientais, as famílias resistentes às desapropriações ou mesmo a oposição de outra esfera do poder que não liberou verba suficiente. E com ma vantagem: “Me reelejam, ou votem em meu indicado, eu tive coragem de começar, fui atrapalhado, mas vou ter coragem de terminar”.
Foi assim que Pitta se elegeu às custas do Fura Fila, sistema com estrutura elevada também, que teria ônibus elétricos com guias direcionadoras laterais. Guardadas as devidas proporções e especificidades, lembrando um pouco o monotrilho.
Os defensores do monotrilho do ABC são políticos.
Um deles pe Orlando Morando, deputado estadual do mesmo partido de Alckmin, PSDB, que integra a comissão de Transportes da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Ele afirmou que o monotrilho pode chegar a 90 km/h. Velocidade impossível se levar em conta as paradas no sistema para o embarque e desembarque dos passageiros.
Nem o metrô consegue empreender esta velocidade.
E como crítica a postura de classificar ônibus e metrô como arroz com feijão, o especialista Ailton Brasiliense, destaca um ponto importante.
Não basta implantar um corredor de ônibus, metrô, VLT, monotrilho, etc se não houver um plano de mobilidade urbana que contemple pedestres, ciclistas, boas calçadas e que esteja inserido num plano diretor da cidade. Ou seja, ver os impactos que as obras destes modais vão causar e qual o tamanho a as características de uso que esta demanda precisa.
Em locais de alto adensamento de comércio, um monotrilho poderia não se aplicar, pois por suas características, as paradas devem ser numa distância entre 600 metros e 1 quilômetro e numa área com muitas lojas e estabelecimentos, as pessoas precisam de pontos mais próximos do outro.
Não é uma questão de crítica ao VLT e ao monotrilho para o ABC Paulista e outras regiões de São Paulo, mas pe que os argumentos em prol destes modais têm mais se apresentando na linha da inovação e da notoriedade política do que em dados técnicos e no famoso custo benefício.
Enquanto isso, o paulistano e o paulista (isso sem contar com cidadãos de outros estados) estariam tão felizes se o “feijão com arroz” fosse bem feito no setor de transportes.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. jair disse:

    Adamo
    O problema me parece complexo pelo sistema de empreendimento pelo qual o governo quer construir – PPP
    As construtoras e/ou investidores não tem interesse em participar de corredores de onibus.
    No caso de Metro ou Monotrilho ou VLT ou trem Bala aparecem investidores do mundo todo,
    desde de que o governo garanta o retorno sobre o capital aplicado, que nestes casos é muito maior, sem contar com os investimentos a fundo perdido que o governo aplica em beneficio do projeto (?).
    Talvez, se o gov federal liberasse recursos do Pac ou do BNDS especificos para corredores de onibus, teriamos uma grande virada.
    Quem sabe um dia…

  2. Gabriel Garcia disse:

    Semelhantes ao minhocão? Então são elevados de 14 metros de laje e sem passagem nenhuma para a luz? Que estranho fazerem algo tão ruim assim! Se fossem duas vigas finas distanciadas 5 metros uma da outra com um bom espaço para a luz e com pilares circulares finos seria excelente (tipo aquela estrutura chamada monotrilho que está sendo construída na Vila Prudente), mas se for com as mesmas características do minhocão será horrível, só seria pior se passassem ônibus diesel ali, coitados dos moradores, ao invés de um trem silencioso teriam que aturar ônibus barulhentos.

  3. Ou seja, não importa o interesse do povo ou a responsabilidade com o dinheiro público, mas a obra e o modal mais caros que dão dinheiro para estas empresas estrangeiras.

    Bombardier que o diga…..

  4. Eric Moises disse:

    Em quanto qualquer cargo foi chefiado por indicados políticos, não por pessoas realmente ligada a área, teremos que aturar estas pérolas. Aliás, este tesão dos políticos pelo VLT e até mesmo trem-bala é um excelente exemplo de como o país gasta mal, deixando os problemas se acumularem nas regiões “não privilegiadas”.

  5. Gabriel Garcia disse:

    A Embraer quer entrar no ramo de Monotrilho. Certa ela. Ou o Brasil corre atrás ou ele vai ficar para trás, e assim haverá mais concorrência, mais emprego nas fábricas das estrangeiras que serão obrigadas a se instalarem no país para terem competitividade com as nacionais. Se fechar para uma tecnologia só por ela não ser nacionalizada impediria este processo.

  6. Muito pêlo em ovo pra pouca realidade.
    Ele claramente se refere aos problemas das regiões que têm demanda média, exatamente os alvos das maiores inovações.
    Nesses casos a demanda não justifica metrô – e um sistema BRT que atenderia a demanda seria custoso e requereria uma estrutura demasiada pesada, que implicaria em grandes intervenções.

    Ou seja, pra atender melhor a cidade, não dá pra esperar que soluções antigas resolvam problemas novos.

    Apontamentos aos conspiratórios:
    1- A Bombardier fabricará material rodante para o monotrilho na sua planta em Hortolândia, gerando empregos e impostos para o BRASIL.
    2- O material rodante da Scomi será fabricado pela MPE, em Três Rios, idem.
    3- Há uma fábrica de VLTs no Ceará, que já forneceu material rodante para o VLT do Cariri e o de Recife.

    Frente a isso, pergunto: é o governo que está deliberadamente favorecendo empresas estrangeiras ou é a indústria brasileira que está inerte ante a tendência de diversificação da matriz de transporte nas cidades? Pois temos plena capacidade intelectual e econômica.

  7. Interessantes e oportunas suas colocações que ampliam o debate, Eduardo. Só não entendi quando você disse que o BRT seria custoso e exigiria uma estrutura pesada.
    O BRT pode ser feito num canteiro de avenida. Não necessita de elevados, pilares, alicerces, aprofundamentos de via, alargamento de vias, estações complexas como monotrilho e VLT.

    Quanto à indústria nacional, é bom que outros ramos se instalem no Brasil, mas a industria ligada ao transporte coletivo ainda gera muito mais empregos. E boa parte dela é GENUINAMENTE NACIONAL, como as encarroçadoras, como Marcopolo, Caio, Neobus, Mascarello, Comil e Busscar (que esperamos que tenha uma solução). Isso sem contar sua cadeia fornecedorra que emprega um,a mão de obra menos qualificada que a indústria metroferroviária, o que denota um papel social a quem, teria menos oportunidade.

    Sinto-me em liberdade para citar nomes de mepresas, jpá que foram citadas nos comentários.

    A questão das soluções velhas para problemas novos também não entendi.

    Acho que é o contrário. Os propblemas de mobilidade são velhos (só que maiores) e encarar BRT como solução velha não acredito ser o melhor entendimento. Isso porque o BRT se modernizou, tanto em gerenciamento (niovas formas de flexibilizar linhas), operação (métidos mais modernos e com conceitos de ultima geração), monitoramento (GPS, informatização), vias (mais adequadas e resistentes, além de implementação mais barata) e ve´piculos (maiores, mais confortáveis, tecnológicos e de tração mais limpa)

    Obrigado por sua opinião.

    Fica aberta a discussão que espero ser respeitosa, como tem sido até agora.

    Abraços
    Adamo Bazani

    1. Bem lembrado pelo Gabriel Garcia, a EMBRAER já se interessou pelo monotrilho (é uma das poucas brasileiras a ter a ousadia da Bombardier, sua concorrente a nível internacional no setor aéreo).

      Quando digo que o BRT seria mais caro, estou comparando o monotrilho a um sistema de BRT com oferta, desempenho e nível de segregação semelhantes, tal qual um ABD ou ET, não ao conceito genérico de BRT.

      O monotrilho da Anhaia Mello será 100% segregado e, se executado conforme o planejamento atual, cumprirá a viagem de Cidade Tiradentes até a Vila Prudente em no máximo 50 minutos, além de ter capacidade para 45 mil passageiros por hora por sentido. Um BRT com essas características seria mais caro – para construir e para manter – e mais invasivo no meio urbano, uma vez que necessitaria de mais espaço.

      Quanto ao VLT com baixa segregação: este sim seria um concorrente aos corredores de ônibus menos sofisticados. Até o momento não existe plano de se investir nesse modo em São Paulo, exceto por um projeto da CPTM para ligar o centro empresarial de Alphaville à Linha 8 – interessantemente acompanhado de um corredor da EMTU que seguiria até Polvilho, mais a norte.

    2. Ivo Suares disse:

      O BRT não é tão simples e barato de se implantar numa região já consolidada.É uma opção que pode ser válida ou não dependendo de estudos que abordam a demanda, custo da obra, profundidade de intervenção no sistema viário e na região atravessada, entre outros fatores. Ele é tão caro e complexo de se implantar , como qualquer outro sistema (Metrô, monotrilho, VLT,etc). Cada caso de implantação de BRT requer estudos mais aprofundados para que se escolham soluções viárias que se integrem de forma adequada ao sistema viário existente e , ao mesmo tempo sejam eficientes para o funcionamento do BRT.

      Por isso é falacioso dizer que nenhum BRT necessita de trincheiras e aprofundamento de vias (aplicadas em cruzamentos do El Trole de Quito), alargamentoe construção de novas vias (como foi feito como Transmilênio), pilares e vias elevadas (Expresso Tiradentes), estações e terminais complexos (El Metropolitano de Lima), etc. Pior ainda é tentar transformar uma obra de custo considerável e complexa como a implantação de um BRT numa obra barata, simples e que pode servir em qualquer situação de demanda (substituindo Metrô e Monotrilho, modais que podem transportar o dobro de um BRT).

      Temos que defender a implantação de um sistema BRT com argumentos válidos, não com falácias e comparações indevidas.

  8. Gabriel Garcia disse:

    Adamo,
    não acho que tenha sido a intenção dele dizer que ônibus o metrô é ultrapassado. Monotrilho é uma opção de capacidade intermediária entre BRT e Metrô com custos de proporção parecida. Se o estudo de demanda mostrar que não é necessário Metrô mas que um corredor BRT com ultrapassagem não seria suficiente o Monotrilho está ai para atender esta faixa de demanda, que com as recentes inovações pode chegar a 50 passageiros / hora / sentido.
    Cada modal é importante, e vários corredores serão construídos em áreas que a capacidade é adequada a eles:
    – Corredor Itapevi – Cotia
    – Corredor Itapevi – Butantã
    – Corredor Carapicuiba – Alphaville – Polvilho
    – Itaquaquecetuba – Arujá
    E vários outros, incluindo uma malha ligando Guarulhos a São Paulo.

  9. Para o ABC, creio que basta melhorar os trechos já existentes e talvez criar outra ramificação para o Corredor Metropolitano ABD. Uma coisa simples, que ajudaria muito mas sei lá eu porque não fazem é a colocação de biarticulados. A 288, que eu pego sempre tem demanda e percurso pra isso.
    Mas, o que esperar de um secretário que tem demonstrado entender muito de transportes (a EMTU, que quer acabar com a integração ao invés de ampliá-la, responde a ele)
    Adamo, eu divulguei o link da reportagem sobre a integração quando falei disso no facebook tudo bem?

    1. Bruno Quintiliano disse:

      Adamo, voce falou tudo. Não precisamos de mais projetos mirabolantes, mas nós precisamos de ideias com o pé no chão. O fura fila é o maior exemplo. Uma novela: desvio de dinheiro propaganda eleitoral para todos os prefeitos depois do Maluf e até agora grande parte é só esqueleto.

      1. Bruno Quintiliano disse:

        Ou projeto. Precisamos de projetos sérios e com urgência. Isso não quer dizer que são remendos, mas são investimentos mais baratos, rápidos e eficientes. O fura fila começou a agilizar quando virou BRT, mas aí o Kassab resolveu usar sua genialidade pra mudar novamente e as obras estão se arrastando.

      2. Obras se arrastando?
        Tem certeza?

  10. Caio César disse:

    Importante dizer que, se o Fura Fila tivesse sido concluído da forma correta, ou seja, como foi realmente projetado, com trólebus e guias, ele poderia ser considerado um BRT. A verdade é que só agora as encarroçadoras estão fornecendo veículos voltados para o nicho, na época do Fura Fila, era uma novidade total, o trólebus foi, até onde eu sei, projetado de forma inédita, ou seja, teríamos sido muito mais pioneiros do que fomos. Talvez, com mais pressão por parte da imprensa, São Paulo passe a considerar o BRT com mais seriedade, pois até a prefeitura está falando de monotrilhos hoje. O Rio de Janeiro também implantará BRTs e teremos cases nacionais que poderão contribuir.

    A declaração do secretário pode ser interpretada de várias formas. Entendo o posicionamento e o exposto, justamente quando se pensa no custo e nos problemas dos sistemas existentes, mas realmente temos novamente o ineditismo imperando, com a diferença de que no caso do monotrilho, o projeto não deverá sofrer uma simplificação e passar a ser um corredor de ônibus elevado. Precisamos levar em conta todo o estudo de demanda, exatamente como opinou o Gabriel Garcia acima.

    É bom dizer também que um BRT pode rodar em elevado, como o próprio Expresso Tiradentes roda e que rodando em elevado, teremos consequências urbanísticas mais delicadas, justamente pelo tipo de veículo, mais largo, ao passo que o elevado para o monotrilho não garante “abrigo” em sua estrutura, o que contribui para evitar pelo menos um vetor de degradação. É lógico que, com um projeto adequado, ciclovias poderiam ser implantadas, além de arborização para tentar mitigar os efeitos e evitar a degradação dos baixos da estrutura e também do entorno, que poderia sofrer com a desvalorização de imóveis e aumento da criminalidade, por exemplo, mas é claro que com isso, o BRT se torna mais similar ao monotrilho, levantando rapidamente a questão: quanto vai custar para ser realmente sofisticado e tentar brigar de uma forma mais honesta? O fator custo está sendo levado em conta provavelmente considerando um BRT simples, sem faixa para ultrapassagem e sem estações que tragam o mesmo nível de conforto aos usuário. Não adianta comparar um monotrilho complexo com um BRT extremamente simples.

    O que não foi dito aqui, na verdade, é que o BRT geralmente pode, mesmo quando possui uma estrutura elevada, contar com guias ópticas para automatização do controle e maior precisão nas paradas e bilhetagem nas estações de embarque, não precisar de tantos subsídios do estado. Isso é importante, o monotrilho provavelmente precisará de mais subsídios, pois ele não deixa de ser um sistema de metrô (o termo “metrô” é muito discutível e em São Paulo se confunde diversas vezes, tanto na CPTM, quanto na CMSP), mas provavelmente trará mais benefícios, mesmo que a longo prazo.

    1. Luiz Vilela disse:

      Caio Cesar
      Sua argumentação é lúcida e bem fundamentada.

      Acredito que a mobilidade da RMSP só vai evoluir consistentemente quando o foco for a integração física e tarifária de modais corretamente aplicados, considerando O CONJUNTO dos 39 municípios. Mas o que se vê é “bilhete único daqui… bilhete único de acolá… cartão fulano… cartão sicrano…”

  11. jair disse:

    Amigos
    Realmente as obras que vem se arrastando são as dos corredores de onibus B – Guarulhos/Linha1 e C – Itapevi/linha 4 se comparado as obras que no mesmo periodo construiram as linhas 4 e 2 (extensão até V,Prudente) do metro e as que estão sendo construidas agora do monotrilho (cont da 2). A linha 4 do metro, embora PPP, tem investimentos do Estado em sua construção restando a PPP apenas os trens e sua operação.
    Aí pergunto: As obras viárias de um corredor são mais lentas que as obras de perfuração de tuneis de metro ou os recursos são de fontes diferentes?

    1. bruno quintiliano disse:

      Sobre o metro voce esqueceu da linha 5. E da linha 9 da cptm, que só agora vai começar a a sair do papel a ultima parte, ate varginha

    2. Luiz Vilela disse:

      Ótimo ponto, Jair
      A prefeitura de Sampasempre teve e tem ENORME capacidade de ENROLAR obras de corredores de ônibus. Morei pertinho da Morumbi X Santo Amaro e pude “ver com a mão”. Acaba fazendo sempre incompleto e mal feito, com a história de acomodar interesses de todo mundo MENOS o do usuário.

  12. bruno quintiliano disse:

    Eduardo, essas obras deveriam estar prontas há muito tempo. Mesmo agora as obras não estão no ritmo que deveria

  13. bruno quintiliano disse:

    Eduardo, essas obras deveriam estar prontas há muito tempo. Mesmo agora as obras não estão no ritmo que deveria.

  14. Mauricio Carvalho disse:

    Dizer que o elevado do monotrilho é “similar ao Minhocão” envolve um grau de desonestidade realmente além da imaginação… espero que você publique uma correção e retratação de modo a não tratar o leitor do blogo como um retardado mental, divulgando desinformação indesculpável.
    Essa sim foi a frase mais infeliz que eu li aqui.

    1. Obrigado pela opinião respeitosa

  15. Roberto SP disse:

    As obras do metrô andam ao rítimo das eleições, trem bala, vlt, monotrilho virou o mote dos politicos, ou seja, falam disso como se todo o problema vivido pela população na area dos transporte fosse ser resolvido num passe de mágica, nessa ultima semana a população do M`Boi Mirim protestou novamente contra as condições do transporte coletivo na região e congestionamentos, meses atras houve uma outra manifestação e o prefeito da cidade disse que ali seria implantado um sistema VLT,. Oras se a gente analisar friamaente veremos que há uma sintonia de discursos entre Estado e municipio (no caso a capital) se há essa sintonia porquê então, simples há muitos interesses de amigos e corporações em jogo, instalar um sistema que ainda não deu certo em lugar algum do mundo pode ser prejudicial para a população, mas para alguns burocratas nã, lembremos aqui o caso ALSTOM que não sefala mais no assunto. Não sou especialista, mas simplesmente um adimirador e colecionador (busólogo) que anda de onibus, trem e metrô e sente na pele o drama vivida diariamente pela população em geral. Nesse sentido sou a favor do BRT sim pois temos Curitiba, ABD, Transmilenium entre tantos e esse cidadão que nem se que sabe o que é enfrentar ônibus, trem e metrô fala uma bobagem destas, sugiro fazer-mos um convite para ele tomar ônibus, metrô e trem nos horários de pico pra deixar de ser infeliz na suas falas.

  16. Felipe Alves disse:

    Expandir o metro não é a solução, a obra é cara e demorada! os BRT’s são a solução! Ao invés de fazer o monotrilho do abc, daria para fazer a extensão do corredor ABD da metra até o tamanduatei passando por SCS, e nos projetos dos corredores do tucuruvi-guarulhos e itapevi-butantã da emtu serem em BRT’s o que acha Adamo? A obra seria mais barata! o monotrilho do ABC na minha opinião é mais politico!

    1. Luiz Vilela disse:

      Felipe Alves
      ABCD a São Paulo é fluxo de centenas de milhares de usuários em várias rotas. BRTs não foram projetados para suportar isto, mas para fazer parte, integrados a modais de maior capacidade.

  17. Luiz Vilela disse:

    Caramba, me desculpem a franqueza, mas este debate tem a cara do atraso e da falta de foco, ação e atitude da mobilidade da RMSP.

    Se a imensa maioria do transporte coletivo nacional é feita por ônibus e se as duas maiores RMs – SP e RJ – só agora começam a projetar modais mais adequados quando o resto do mundo civilizado faz isto há vários anos, é ÓBVIO que nossa indústria tenha um monte de fábricas de ônibus.

    Bancar lobbies poderosos para dizimar trilhos urbanos é a receita norte-americana de mobilidade. A mesma que induz o usuário a comprar um carro de qualquer jeito e a qualquer custo. Que termina em horas por dia perdidas em congestionamentos que, é necessário frisar, INCLUEM os ônibus nas RMSP e RMRJ.

    Não é atacando a Bombardier e Jurandir Fernandes que irá se resolver a INEXISTÊNCIA de um único BRT REAL e de um único VLT na RMSP. Bombardier é lider mundial em trilhos e Jurandir é engenheiro mecânico pelo ITA, nossa MELHOR escola de engenharia. O conceito monotrilho indiscutivelmente desapropria MENOS para transportar MAIS passageiros por período. Comparar um sistema de tração elétrica, totalmente segregado, sem condutor, com CBTC com QUALQUER ônibus, por mais avançado que seja é esquecer do motorista, acelerador, freio, abertura/fechamento de portas, estacionamento em paradas, semáforos, cruzamentos, etc, etc.

    A comparação de elevado de monotrilho com o Minhocão de Maluf e o viaduto do Fura Fila não é apenas INJUSTA, induz a ERRO. Alguns sabem que o monotrilho Expresso Tiradentes nasceu em grande parte para resolver o furadíssimo fura-fila iniciado pelas mãos de Celso Pitta orquestradas por Maluf. A via elevada da Metrô 5, bem mais moderna e esbelta que as das Metrô 1 e 3, ainda assim seria bem mais invasiva e pesada que elevado de monotrilho. COMPAREMOS COISA COM COISA.

  18. Renato disse:

    (TERMO DESRESPEITOSO) de matéria, nem perdi meu tempo lendo. Conheci o Monotrilho de Tokyo e fui usuário diario dele como do metrô de lá. Sorry, não deve nada ao metrô.

    Conhecer primeiro, julgar depois. (Não perdeu tempo lendo e mesmo assim comentou, portanto, NÃO CONHECEU a matéria primeiro PARA JULGÁ-LA depois).

    No mínimo, contraditóra a opinião do usuário que se iudentificou como Renato.

  19. POR FAVOR GENTE, TODOS PODEM DISCORDAR DO QUE FOI COLOCADO NO TEXTO.

    ALGUNS SABEM FAZER ISSO, COM ARGUMENTOS.

    OUTROS ESTÃO ME DESRESPEITANDO. QUEM DESRESPEITA PERDE TODA A FORÇA DA ARGUMENTAÇÃO.

    MAS POR ALGUNS COMETÁRIOS AGORA ENTENDI PORQUE OS GESTORES PÚBLICOS]INSISTEM TANTO EM PROPAGAR ALGUNS MODAIS SEM ANTES VER O PRÓ E O CONTRA……SÃO NOVOS, DÃO NOTORIEDADE, VOTOS E SEGUIDORES……SEGUIDORES QUE NEM SABEM RESPEITAR OS OUTROS (alguns, é claro)

    OLHA, SE EU FOSSE GESTOR QUE QUISESSE ME REELEGER, MESMO EM DEMANDAS QUE NÃO PRECISAM, OU MESMO CUSTANDO MUITO MAIS QUE O METRÔ E O ÔNIBUS (proportcionalmente, entenderam?), EU QUERIA FAZER VLT ATÉ NO DESERTO….É BONITO, DÁ VOTO E TEM LEGIÕES DE SEGUIDORES.

    1. Luiz Vilela disse:

      Ádamo
      Torço pro VLT de Santos ser um bom e completo projeto, porque o trecho tem solução difícil pelos vários cruzamentos e muitos pontos necessários de integração com ônibus.

      Aí sim, poderemos ver se foi obra eleitoreira ou realmente útil pro cidadão.

      Concordo muito com o Gabriel Garcia abaixo, embora entenda que os modos ônibus e avião devam perder alguns nichos de mercado e ganhar outros. Isto envolve trabalho, dinheiro, lobbies políticos.

  20. Gabriel Garcia disse:

    Não por ser bonito: polui menos, oferece qualidade e conforto e não é caro. O Brasil tem potencial para ter todos os modais de transporte, ambos integrados. Não precisamos dar preferência por um modal X ou Y, a preferência vai para onde a demanda e as características construtivas do modal X ou Y sejam compatíveis. Jamais defenderei um único modal, jamais defenderei apenas ônibus, apenas Metrô, apenas Monotrilho, VLT, TAV, avião ou carro. Todos tem que existir e estar integrados. Se continuarmos nas mesmas soluções para problemas distintos vamos continuar ou gastando muito para resolver um problema que exige pouco ou gastando pouco para um problema em que este pouco não é suficiente. Tenhamos cabeça, a solução não é uma só. Vamos inovar? Nenhum modo de transporte vai morrer, vai perder mercado, vai ter prejuízo com novos modos de transporte.

  21. Concordo Gabriel, não deve haver um único ou pooucos modais, quanto mais opções é melhor.

    Mas algumas opções vejo que SÃO MAIS POLÍTICAS QUE TÉCNICAS. O novo chama atenção e desperta paixão.

    Você respeita e comenta ACRESCENTANDO DADOS.

    Infelizmente, nem todos tomam seu exemplo.

    1. Ádamo, por favor, sem querendo desrespeitar-lhe, mas pare de insistir a cada comentário negativo que recebe dizendo que uns comentam acrescentando dados e outros lhe atacam. Você apenas está recebendo análises de acordo com o erro ao qual induz o leitor nesta matéria, e já induziu em várias outras.

      Poderia começar a ser menos “ônibuscêntrico”. É um ótimo reporter, porém comete o erro de abordar de forma profunda apenas assuntos relacionados ao transporte por ônibus, ignorando fatos relacionados a outros modais. Quando não ignora, faz reportagens comparando ou criticando, sempre de forma negativa.

      Também, menos “sensacionalista”. Sim, uma decisão pode ter 999 acertos e 1 erro, você destaca o erro em 3/4 da matéria, sem colocar na balança os pontos positivos e negativos, muito menos procurar entender porque aquele erro não poderá ser corrigido.

      Seja mais aberto ao novo, pesquise de forma mais profunda e não jogue pedras quando ouvir que “Governo do Estado X escolheu Metrô/Monotrilho/VLT ao invés de BRT/Corredor de Ônibus comum”. Para cada decisão há um motivo que a fez ser escolhida (e por mais que “queiram”, não é o (motivo) político que fala mais alto).

      Desculpe-me, mas esta matéria foi infeliz. O que, por mim, já era de se esperar vindo de você, Ádamo. És um ótimo reporter, mas enquanto insistir nessa postura “ônibuscêntrica sensasionalista”, eu não terei, e creio que muitos outros não terão o Blog Ponto de Ônibus como blog noticiário de referência no assunto transportes. Inclusive sobre Ônibus…

      Leonardo Santos, 15, estudante do Ensino Médio que defende a análise de todas as possibilidades diante de uma decisão e que julga ser impossível realizar uma afirmação sem compreender exatamente sobre o que tal será realizada.

      1. Leonardo Santos, respeito sua opinião, tanto é que a aprovei aqui no Blog, que é democrático sim. Quase todos os comentários (menos os ofensivos) foram publicados. Primeiramente, acho que tenho o direito de responder aos comentários, ou não?

        Chamar-me, no entanto, de “ônibuscêntrico” é desconhecer meu trabalho.

        Pesquiso sim diferentes modais e noticio sobre os mesmos.
        Mas, da mesma forma que muitos podem não concordar com o teor da matéria, eu também não preciso ter a posição de muitos.

        Quando não há ofensas, ao contrário do que você falou, não vejo comentário como positivo ou negativo.

        Assim, creio que estou fazendo meu papel em provocar o debate. Afinal, jornalista escreve matéria, não verdades absolutas.

        Ficoi feliz mesmo com a série de comentários. Isso mostra a referência do Blog.

        Mas há de se destacar que muitos deles são feitos até por membros de comunidades Alguns com razão, outros por serem “ferrocentristas”. Não posso esperar, de muitas pessoas, comentários favoráveis a matérias que destacam as vantagens do BRT. Olhe por outroi ângilo e veja que fazem nos comentários a mesma coisa que criticam, na matéria, mas com outra opinião. Afinal, adoram modais ferroviários.
        Você percebeu que os “centrismos” não partem de mim.

        Em uma destas comunidades fui até ofendido. Lamentável da parte de pessoas que dizem cidadãs que discutem fatos e têm a oportunidade de darem sua opinião.

        Gente, não misturem o pessoal, o profissional com o emocional.

        Repito, Não sou contra VLT ou monotrilho (se vc leu isso nas matérias, leia-as com mais atenção – inclusive o último parágrafo). Sou contra o desperdício do dinheiro público. Se estes modais são aplicáveis a demanda, vamos usá-los, mas se vão atender a mesma demanda, com traçado inferior, servindo a menores regiões, e com uma velocidade que não cubra o custo benefício, prá que gastar dinheiro a mais?

        Obrigado

    2. “Chamar-me, no entanto, de “onibuscêntrico” é desconhecer meu trabalho.”

      Destaco esse ponto: Onibuscêntrico sim, no blog. De fato, você leva o título do blog ao pé da letra. De que adianta noticiar sobre outros modais se destaca com maior amplitude os pontos negativos dos mesmos? Não há críticas construtivas inclusas, apenas a velha frase “o BRT seria a solução”, escrita das mais diversas maneiras possíveis. Você pode ter essa como sua opinião, mas não deveria induzir o leitor a pensar de mesma forma, entende? O erro não é sua opinião, o erro é que você acaba por ocultar informações neutras e positivas do modal discutido para favorecer o BRT, ou corredor de ônibus comum, dependendo da situação/local, mesmo quando de forma clara ele não é a melhor opção.

      Informando o leitor de maneira errada, muito que obviamente é a forma correta de defender modal X ou Y. Precisa mesmo dizer que o “Monotrilho lembra o MINHOCÃO”? Tu que és “Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN especializado em transportes” não conhece a diferença entre a estrutura da via permanente de uma linha de monotrilho para um viaduto com duas faixas/sentido para automóveis? O atual Expresso Tiradentes – “BRT” – sim lembra o Elevado Presidente Costa e Silva…

      A alguns comentários abaixo disse que considera a matéria ácida, não infeliz. Sabe por que eu e outros consideramos a infeliz? Por esse erro tão grosseiro que foi comparar Monotrilho com Minhocão. Já que dissestes “tomo como base dados e me empenho em trazer informações sobre transportes.”, é tão difícil encontrar nessa grande base de dados chamada Internet uma imagem de um elevado de um sistema de monotrilho? Um render? Uma animação? Ou até mesmo vídeos? É muito fácil encontrar usando o Google, assim como pode obter informações mais detalhadas nos mais DIVERSOS websites e fóruns internacionais sobre o modal, da mesma forma que existem sobre ônibus, VLT, BRT, VLP, Metrô, Trem Regional, Carro, Avião, Moto, Barco… Acho que tal erro tenha sido proposital, para despertar interesse, tornar a matéria “ácida”… sensacionalismo do mais puro. Não sei, NÃO ESTOU AFIRMANDO ISSO, mas não deixa de ser o que PENSO.

      Enfim Adamo continue com suas matérias. Apenas a dica que reafirmo: CRITIQUE, de forma mais CONSTRUTIVA. Não OCULTE informações, nem faça COMPARAÇÕES ERRÔNEAS em FAVORECIMENTO de modal X. E, menos SENSACIONALISMO. Lembre-se, não falo isso apenas dessa matéria, apenas sou um leitor que enxergava em seu blog uma excelente fonte de informação sobre transporte, mas se cansou de dia após dia ver essas matérias onibuscêntricas sensacionalistas.

      1. Leandro. Vi, claro, imagens de monotgrilhos e do minhocão.

        Estruturas elevadas que acabam dando muito mais impacto ao ambiente urbano que um sistema no solo. Ou é mentira?

        O Blog chama Ponto de Ônibus pois boa parte de suas matérias é sobre ônibus mesmo.Pensava que não seria necessário explicar isso.

        Quanto a internet, minha fonte não é só Google. Pelo contrário. Serve para uma ou outra dúvida.

        A RESPEITO DE MEU TRABALHO, COMO JORNALISTA, SE CONCENTRAR NA SUPOSTA DEFESA DE UM MODAL, PROCURE O ANUÁRIO METROFERROVIÁRIO DA EDITORA OTM E VEJA DE QUEM SÃO AS MATÉRIAS, QUE CONVERSARAM COMASSOCIAÇÕES DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS METROFERROVIÁRIOS, PRESIDENRTES E GESTORES DA LINHA 4 DO METRÔ, DO METRÔ DE SÃO PAULO, , CPTM, SUPERVIA, METRÔ RIO, DO DF. ENTIDADES COMO ABIFER, ETC.

        Por isso, OPINE SOBRE O TEMA E O SOBRE O TEXTO, SOBRE MIM, A CADA POSTAGEM SUA TENHO MAIS CERTEZA QUE VOCÊ NÃO ME CONHECE.

        Abraços

  22. Wesley Souza disse:

    Transporte não precisa ser bonito, precisa ser funcional ..

  23. Concordo, e é isso que ocorre.
    Muitos pensam mais na beleza e novidade do que na funcionalidade.

    Aí vão se ganhando votos e mais votos.
    E tem muita coisa que já existe, mais rápida de fazer e mais barata que é muito mais funcional, mas que não chama tanta a atenção, não dá Ibope.

    Nem todo o eleitor pensa assim e os candidatos de plantão sabem

    1. Luiz Vilela disse:

      Ádamo e Wesley
      Me permitam opinar que vocês são superficiais numa questão ampla e complexa.

      Acho ergonomia uma ciência exemplar: como conseguir o máximo de interação do equipamento com o usuário. Os horrendos pontos de ônibus de concreto do corredor da Santo Amaro me soavam como atentado à ergonomia. Ao contrário dos agradáveis da 9 de Julho atual.

      Muitos amigos do blog concordam que falta de integração é o maior problema da RMSP. Considero a ergonomia das estações e paradas que – tomara! – ainda se faça importante para ADESÃO do usuário de transporte PARTICULAR ao COLETIVO.

      Um bom exemplo é a CPTM 9 / Metrô 4. Mesmo a 9 sendo diferenciada, é gritante a diferença de egonomia. Mas o que choca mesmo é a ENROLAÇÃO absurda com o terminal de ônibus. É neste ponto que espero mais do blog: isto merece mais pesquisa e discussão. É mais importante que a orientação “onibuscêntrica” ou “ferrocêntrica” dos amigos que escrevem.

    2. Gabriel Garcia disse:

      Adamo, sempre há um traço de política no meio, mas não se esqueça nunca na parte técnica, ela que empurrou o governo a ir conhecer o Monotrilho na Asia contando com a possibilidade de se trazer a tecnologia para cá e se construírem linhas de Metrô em mais lugares mais rapidamente que os métodos tradicionais por estas terem demanda menor. Vamos ver sair este Monotrilho, ele é novidade em todo o mundo por sua capacidade elevada, por isso vai atrair muitos olhares desconfiados, que o comparam com outros modelos existentes (o caso mais comum é comparar com o monotrilho da (sic) Disney). O primeiro trecho do monotrilho de Cidade Tiradentes será inaugurado antes das eleições de 2014. Obviamente será usado como instrumento na campanha política, mas quem quiser atestar sua funcionalidade antes de votar terá uma boa oportunidade. Eu acredito nos engenheiros que conceberam o Monotrilho com maior capacidade e, da mesma forma que muitos desconfiam do Monotrilho agora muitos desconfiaram do Metrô quando ele estava sendo implantado aqui em São Paulo por ser inovador para a época (e para hoje também, que é o caso da Linha 4, que virou referência).

  24. Infelizmente, é em cima de pessoas deslumbradas, que vão pela aparência, que preferem o bonito e elegante ao simples porém funcional, que péssimos governantes se mantém no Brasil. Pessoas que preferem eleger alguém incompetente porque ele fala bonito e se veste bem do que eleger alguém mais simples. Traçando umn paralelo com a política: NÃO ESTOU FAZENDO APOLOGIA A NENHUM CANDIDATO, SÓ CITANDO UM EXEMPLO RECENTE. Muitas pessoas da classe média de SP, consideram inadmissível votar no Lula, por ele ser “analfabeto”, não falar inglês, não ter a classe para se portar adequadamente em uma solenidade. As falhas do governo dele, vieram em segundo plano, as principais críticas iam pra imagem dele. Estes e outros foram severamente atacados, por serem humildes, nordestinos, mulher ou negro, enquanto outros “chiques” fizeram coisas piores e ninguém falou nada.
    Para o caso do ABC, eu passo por lá quase todo dia e não precisa de nada grandioso, melhorias pontuais e expansão do corredor metropolitano ABD resolvem, além de ser mais rápido e de investir melhor o dinheiro público. O restante, investe em outras áreas que também precisam de recursos. Nossa realidade não é a mesma de Toquio, comparações devem manter as devidas proporções.
    O Adamo, através desse blog, empenha-se em trazer informações para todos nós que se interessam por transportes, com qualidade e sem ganhar nada em troca. Todas as matérias que eu li até hoje foram com base em dados, estatísticas e relatórios ou pesquisas de especialistas. Se tem alguém aqui que está falando por achismo não é ele.

    1. Obrigado Bruno.

      Realmente você destacou algo verdadeiro que nem comento muito. Não faço esse blog emm troca de nada. ele não tem patrocínio e eu não sou remunerado por ele. Faço porque escrevo no que eu acredito, tomo como base dados (nesta matéria há entrevistas) e me empenho em trazer informações sobre transportes.

      Dados reais, numéricos.

      Quem não concordar com estes dados, tudo bem. Mas é meu empenho, esforço e meu gosto: transportes.

      Agora, uma coisa é certa. Não escrevo para agradar ninguém. Se não, eu falaria só coisas boas, sem críticas e induziria as pessoas a se deslumbrarem.

      Muitos classificaram a matéria como infeliz. Eu a chamaria de ácida, que desperta comentários.

      Muito grato

    2. Luiz Vilela disse:

      Bruno Quintiliano
      Nada fácil dizer onde o $ público seria melhor empregado.

      Há alguns anos não vou regularmente ao ABC e região de Jundiaí, mas já freqüentei ambas quase diariamentee durante alguns anos. Jundiaí receberá R$ 2 bilhões para ferrovia expressa e ABC algo similar para o monotrilho. Fica a sensação (confirmando a sua) que Robert Kennedy/M´Boi Mirim e Cotia/Raposo Tavares/Embu estão mais carentes de mobilidade mínima necesária. M´Boi tem a promessa de 2 estações, em extensão da Metrô 5.

      Cotia, que tem mais perueiros que linhas regulares, nem um centímetro de trilhos urbanos nem projeto em andamento, tem uma única promessa: corredor de ônibus do Terminal até CPTM Itapevi. Um BRT atenderia bem à demanda, mas:
      – Pouco ajudaria no caos diário da Raposo Tavares
      – Exigiria obras complexas com desapropriações importantes na divisa de dois municípios carentes. Alterana significativamente o viário do centro de Itapevi onde está a CPTM. A estradinha da rota é estreita, sinuosa e tem aclives/declives importantes. Em Cotia as alterações seriam relativamente simples. A ligação, sem dúvida, é importante, benvinda e oportina. Mas bastante insuficiente.

      Grosso modo, R$ 4 bilhões deveriam ser suficientes para um monotrilho CPTM Itapevi/Cotia/Embu/Granja Vianna/Bonfiglioli/Metro 4 (futura) Pirajussara.

  25. Nando disse:

    Não sei se a frase do secretário foi infeliz, porém a realidade da administração dos transportes publico da capital e região metropolitana é muito ruim com várias mudanças e projetos mas sem nenhum melhora pontual.

    Metrô e sistema de trilhos são importantes, porém são nada eficazes sem uma rede movida por ônibus e outros modais integrados.

    Lembro no forum do SSC quando falam dos custos e demanda dessa linha para ao ABC no inicio. Era por volta de 20 mil pass e ao custo de 1.5bilhões. Achei muito caro para a demanda que iria transportar e sugerri que dentro da discussão que se avalia-se a cosntrução de um corredor nos moldes da metra ou um BRT. Porém muitos dos entuasiastas de transporte veem o metrô como unica solução e foi dificil levar a conversar em diante.

    Com dinheiro que se planeja gastar nesse monotrilho poderia construir um ótimo corredor BRT e o restante do dinheiro poderia investir na conversão das linhas 12 – Safira e 7 Rubi da CPTM e metrô levando a linha 12 até a região da paulista ou ainda melhor começar a construir o expresso ABC.

    1. Gabriel Garcia disse:

      A questão da conexão com o ABC ser em Monotrilho foi escolhida mais pela versatilidade do modal do que em função exclusiva da demanda. O Monotrilho tem sua capacidade limite de 50 mil passageiros / hora / sentido, porém ele é versátil. Tanto é que o Monotrilho Linha 17 terá menor capacidade, podendo ser aumentada posteriormente, apesar do estudo não indicar grande aumento na sua demanda. O corredor poderia ser expandido, mas o impacto urbano dele seria maior, seria necessário alargamento de vias, duplicação (o que ocasionaria em desapropriações em todo o trajeto do corredor), viadutos de largura de 10 metros ou mais de laje (o que não caracteriza um impacto urbano pequeno). O que comprometeria a eficiência do corredor seria também a conexão com o corredor já existente, que já se encontra em vias de saturação. De qualquer forma, acredito eu que uma nova via, seja de ônibus, VLT, Metrô Pesado ou Monotrilho seja necessária. Não faria sentido criar um elevado para os ônibus do novo corredor, os custos e o impacto urbano seriam grandes; o VLT também precisaria de elevados (com laje menor e pilares mais esbeltos, mas tanto impactantes na região quanto); o Metrô Pesado é caro demais pois não se faria em via elevada na região, mas sim em túnel, o que elevaria o custo, além da ser um excesso para uma demanda pequena; o Monotrilho, todo em via elevada sem necessidade de laje, apenas vigas, com pilares esbeltos, se encaixa melhor nesse caso. Por que não testar?

      1. Nando disse:

        O monotriho tem pouca versatilidade ou nenhuma comparada ao corredor de onibus ou BRT. O que se ve e muita mais uma questao politica do que tecnica. Tanto que o monotrilho aqui vai ser chamado de metro quando nao conhecemos nenhum outro sistema operado pelo monotrilho ser conhecido como sistema de metro, porem colocando esse nome fica melhor.

        Mesmo tendo desapropriacao, o monotrilho tambem vai ter. Alem disso com um custo menor, o BRT tras a vantagem de se fazer uma revitalizacao na area, ja com o custo do monotrilho fica mais caro.

        Infelizmente no Brasil se criou uma ideia muito erronia de que onibus e ruim e ineficente quando na verdade o problema esta mais na gestao do sistema.

      2. Gabriel Garcia disse:

        Em versatilidade nada bate ônibus, porém em um corredor BRT é outra história. O monotrilho é versátil a ponto de fazer curvas de raio de curvatura pequenos, nesse quesito tanto ele quanto o BRT são eficientes, mesmo em zonas centrais e se bem implantados ambos trazem benefícios urbanísticos (vide o RIT de Curitiba e o Monotrilho de Tokyo e Osaka). Porém pode acabar igual ao Transmilênio, que degradou a cidade de Bogotá (isso é minha opinião, nem todos concordam com ela).

        As desapropriações analisamos caso a caso. No caso de vias pequenas (caso da Anhaia Melo – Sapopemba) o BRT necessita a duplicação da via, e isso acarreta em desapropriações ao longo de toda a via. No caso de vias largas (caso da Linha Verde – em Curitiba) o BRT se encaixa perfeitamente, é a melhor opção. Em ambos os casos o custo do Monotrilho é praticamente constante, pois as desapropriações são, digamos, “pontuais”, para construção de estações, acessos e o pátio de manutenção. Mais um fator que pesa é o número de semáforos que o BRT precisa enfrentar. Não é o caso da Linha Verde, mas seria o caso da Anhaia Melo – Sapopemba (é claro que isso é possível corrigir com mudança de equipamento e intervenções urbanas, como viadutos, trincheiras, etc).

        Não interessa o nome, se é Metrô, se é CPTM, se tiver a famigerada “qualidade de Metrô” é o que importa para quem usa. A Linha 4 não é operada pelo Metrô, mas, ora bolas, ela funciona que é uma beleza, tem o menor intervalo do mundo (90 segundos) e capacidade para 80 mil passageiros / hora / sentido. A Linha 9 da CPTM tem estações limpas e adaptadas, trens limpos, intervalo definido (não tão pequeno quanto o das outras linhas por causa do seu sistema de sinalização, que está sendo modernizado para permitir menores intervalos, não só nesta linha mas como em todas as linhas da CPTM) e mesmo assim ela não é do Metrô.

        Os ônibus não são ruins, eles são ótimos, mas há demandas que eles não suportam. No Brasil os ônibus não trafegam em vias feitas para eles, com sinalização feita para eles. E muitas vias tem tantos defeitos que os ônibus quebram a todo instante nelas, e os donos das empresas nada fazem, deveriam comprar 100 NeoBus Mega BRT, mostar para a população e falar em alto e bom tom: “os ônibus estão aqui, só vamos colocar para circular quando a prefeitura deixar o piso das avenidas que ele vai passas lisinhas – seja asfalto ou concreto”. Os donos de empresas parecem ter cabeça de ostra, não fazem isso e acabam pagando caro em peças de reposição e não investem no resto.

  26. PauloZ disse:

    Caros amigos,

    Vejo com curiosidade esta identificação de cada modalidade de transporte com um político e/ou um partido político.
    Esta discussão eventualmente faz com que se esqueça os operadores dos meios de transporte em nosso país que, por vezes, são até mais culpados pela ineficiência dos transportes que usamos do que os próprios políticos e administradores públicos.
    Saudações.

    1. Luiz Vilela disse:

      PauloZ
      Assino embaixo!

      É muito importante conseguir atitude, reponsabilidade e transparência destes operadores e das agências que os regulam.

      Atrelar a políticos e partidos é fazer o que eles mais gostam: botar hoplofotes para propaganda no interesse DELES e não do usuário e de cidade.

      1. Gustavo Cunha disse:

        Paulo e Luiz,

        Concordo em parte com vocês, mas, sugiro que não nos esqueçamos de que, a autoridade executiva, como poder concedente dos serviços, TÊM O DEVER CONTRATUAL DE FISCALIZAR A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E EXIGIR DO CONCESSIONÁRIO, SEU BOM CUMPRIMENTO E, NÃO O FAZ, NO MAIS DAS VEZES, POR SEU INTERESSE.

        O QUE VEMOS, NÃO RARAMENTE, É A PREOCUPAÇÃO DO PODER CONCEDENTE, COM AS CORES DA FROTA E ÔNIBUS NOVOS E, MUITO POUCA PREOCUPAÇÃO, QUASE NENHUMA, COM A MANUTENÇÃO DOS VEÍCULOS, SEJAM TRENS OU ÔNIBUS, CUMPRIMENTO DE HORÁRIOS (PORQUE GPS, NÃO EXTINGUI CONGESTIONAMENTO, NO MAIS, ACABA SENDO UM GASTO DESNECESSÁRIO), LEVANDO DIAS, ÀS VEZES MESES, PARA AUTORIZAR A MODIFICAÇÃO OU EXTINÇÃO, DE UM SIMPLES ITINERÁRIO, JÁ INEFICAZ.

        O operador, têm sua parcela de culpa; o administrador municipal, estadual e federal, TAMBÉM !!!

        Abraço.

      2. Luiz Vilela disse:

        Gustavo,
        Aí cai na cobrança sistemática que o usuário tem que fazer, porque o administrador público não irá se preocupar com o usuário por livre e espontânea vontade.

        Os itinerários inclusive, temos que COBRAR. Em se tratando de ônibus eles são – ou deveriam ser – DINÂMICOS. Esta sim, é uma grande vantagem do ônibus. Mas as cias. quase sempre caminham na CONTRAMÃO, lutando para perpetuar linhas ao longo dos anos, até as últimas consequências.

        É um jogo perde-perde: perde o usuário (preso em congestionamentos); perde a cia de ônibus (porque a rota ou perde fluxo ou, se ganha muito, acaba substituída por um metroferroviário); perde o administrador público (que fica tachado de incompetente).

  27. Gustavo Cunha disse:

    Boa tarde à todos !

    Sobre o tema, não vou opinar, pois não moro na Capital, não conheço da realidade diária que vocês enfrentam, mas ressalto que, quando estou em São Paulo a trabalho, não vejo a hora de voltar, pois me sinto em uma selva de aperto e empurrões, em todos os modais.

    Digo-lhes apenas que, a moderação nas palavras, no diálogo que mantemos, é importante, pois as divergências podem continuar existindo e o respeito também precisa ser cultivado.

    Precisamos desejar e trabalhar para a aplicação SENSATA E COERENTE dos recursos públicos, independente de gostarmos de ônibus, metrôs, trens e, suas diversas variantes, pois a alguns anos, podíamos dizer que, ir a São Paulo depois das 10:00 da manhã e sair da Capital, até umas 3 das tarde, nos livraria do congestionamento, dos atrasos e do aperto.

    HOJE, ISTO É UMA VERDADE ?!

    Abraço a todos.

    P.S.: as opiniões diferentes, expostas com respeito, ajudam a construir um conceito melhor.

  28. bruno quintiliano disse:

    Antes dw tudo isso, ele deveria demonstrar capacidade de fazer coisas mais simples, como descredenciar as pessimas empresas da regiao (que respondem a ele), mostrar que sabe fazer uma licitação (ou os contratos das obras, qualquer que seja a a escolha não passarão por licitacao?) E criar um sistema eficiente de bilhetagem e de recarga dos bilhetes. Esse BOM nao da integração tem meia duzia de postos de recarga, seu uso não tras vantagem. E o corredor metropolitano ABD ainda esta na epoca dos passes de papel. Ele poderia parar de inventar moda e começar a a trabalhar.

  29. jair disse:

    Amigos
    A verdade é que durante muitos anos os transportes públicos foram abandonados e assim continuam, a excessão dos locais onde ocorrerão jogos da Copa do Mundo de 2014, e que terão obrigatoriedade de apresentar a Fifa e ao Mundo seus projetos.
    No Estado de São Paulo existe um plano de investimentos maior em razão da aplicação das PPP, que injetarão recursos nos transportes pesados (não há interesse em corredores de onibus) e o Estado complementará com as outras modalidades necessárias a integração.
    Assim, foi apresentado na NT11 um painel com todas as obras a serem implementadas na área de transporte publico, incluindo Metro, trem, VLT, Monotrilho e corredores de onibus.
    A maioria ja de conhecimento geral, porém, surpresa foi a nova ligação da CPTM entre Santo André (Parada Pirelli da linha 10 da CPTM) com o Bairro dos Pimentas (estação João Paulo) em Guarulhos, cortando a Zona Leste, integrando-se a estação corinthias Itaquera linha 11 e 3, com a linha 12 e com o corredor ABD.
    Também não sei se será Trem ou VLT os veículos a serem usados nesta linha da CPTM que também não mostra número de identificação naquele painel.
    Gostaria muito saber mais detalhes sobre este e outros assuntos visiveis naquele painel
    agradeço ao Adamo este espaço, onde podemos esternar nossas paixões.
    obrigado
    Não estive na exposição, porém, pela integração que fará talvez aconteça brevemente

  30. galesitransportes disse:

    Amigo Adamo

    A conversa ferveu por aqui. Para mim o que mais me entristece aqui nesta discução não existe alguém que defenda o transporte na sua plenitude.

    Eu estive no Negócio nos trilhos e vi o mapa do metrô, cptm e emtu.
    SE CONCLUÍREM TUDO COMO PROMETEM, com muita sorte no auge daqui a 30 anos, até lá estarei com meus 60 Anos para ver tudo isso feito.
    INFELIZMENTE O GESP É MUITO LENTO E O GF É OMISSO, O tema é ótimo à ser debatido, mas nosso foco é a melhoria dos transportes.

    1. Luiz Vilela disse:

      Galesi
      Acho NECESSÁRIO debater sobre o MAPA. A melhoria do transporte tem que encaixar nele portanto está intrinsecamente ligada.

      A CPTM que aparece entre Santo André e Guarulhos é grata surpresa, mas há várias outras rotas urgentes que não aparecem. Olhar para as zonas Sul e Oeste e imaginá-las com aquela Rede daqui a 30 anos assusta.

      A CPTM vem demonstrando que é possível mudar o ritmo, evoiluir conceitos e quebrar paradigmas. Mas acredito que sem a tal Autoridade de Transportes com poderes de planejamento executivo sobre os 39 municípios da RMSP não seja possível conseguir evolução de todos os modais no real interesse do usuário e das cidades.

      1. galesitransportes disse:

        Ihhhhhhhhhhh amigo Vilela, com relação a esta autoridade única…………………………….esta conversa ainda está dando o que falar, no tempo do Serra houve avanços, mas na do Alckmin, o negócio está a passos menos que passos de tartaruga.

  31. jair disse:

    Galesi e amigos
    O mapa presente na NT11 não era o mesmo que mostra as linhas em 2030, assim, não inclui as linhas futuras como o prolongamento da linha 17 para Cotia, o Arco Norte, entre outras.
    Me parace que aquele mapa é para inicio nesta atual administração.
    Portanto vamos apreciar e discutir melhor aquela informação como sugere o Vilela.
    abraços

    1. Gabriel Garcia disse:

      O Mapa de estudos iniciais do Metrô (que inclui o Arco Norte, Cachoeirinha-Vila Prudente, Pari-Itaim, etc) não foi finalizado ainda. As linhas apresentadas na NT foram as já estudadas e definidas como prováveis a terem investimentos para saírem do papel. Porém, todas estão sujeitas a alterações, inclusive podem ser suprimidas, assim como o Monotrilho Linha 16.

  32. jair disse:

    Amigos
    Já descobri a informação:
    Os veículos que serão usados nas ligações Parada Pirelli (Santo André) a Estação João Paulo (Guarulhos) e entre Barueri/Alphaville serão VLTs.

    1. Gabriel Garcia disse:

      Não foi definido ainda se será em VLT ou em Monotrilho. A linha ainda está em estudo preliminar.

  33. Luiz Vilela disse:

    Ainda, por mais que reconheça a importância das duas ligações por VLT ou Monotrilho, continuo preocupado com a falta de projetos para Cotia/Embu/Raposo Tavares.

    Dos números que andei vendo do Expresso Tiradentes/Bobardier e pelo tipo de segregação, monotrilho tem capacidade maior que VLT. Mas VLT pode ser melhor integrado ao meio urbano, o que parece mais indicado para Barueri/Alphaville.

    Santo André a Guarulhos parece exigir capacidades maiores e passar por trechos menos complicados para desapropriações mas de topografia mais difícil. Seria mais apropriado para monotrilho ou CPTM pesado padrão com túneis/viadutos = mais $ e prazo de entrega maior.

  34. jair disse:

    Gabriel Garcia
    A informação que obtive atravez de um mapa da STM informa que os transportes pelo modal VLT são de responsabilidade da CPTM e o monotrilho do Metro.
    Está claro também que as linhas Pirelli-J.Paulo e Barueri/alphaville serão de responsabilidade da CPTM e o modal VLT.
    Acredito que por serem veículos fabricados no Ceará terão investimento via PAC, permitindo assim sua aplicação com brevidade.
    Outro fator é sua ligação com o lado morto do Aeroporto de Guarulhos e integração com a estação Itaquera, podendo ser seu objetivo atender a Copa.
    veremos

    1. Gabriel Garcia disse:

      Isso é achismo. Independente do operador pode ser Monotrilho ou VLT, isso não foi definido ainda, muito menos o fabricante do veículo ou se haverá aporte do Governo Federal. Este projeto está ainda em estado embrionário. Tudo o que se escutar a respeito dele agora é boato sem grande fundo de verdade. Essa linha não fica pronta para a Copa.

  35. aliás as obras que deveriam ser para mobilidade na copa infelizmente nem metade estará pronta.

    1. Luiz Vilela disse:

      Falavam que o “trem de Guarulhos” poderia ficar, agora que não.

      Imagino que seria um esforço bastante válido, para o usuário e – muito – para a marca CPTM, atingir o aeroporto. Com um “banho de loja” nas estações da CPTM 12 até a Luz.

      Cadê a força e a competência de São Paulo?

  36. jair disse:

    Luiz Vilela,
    A força de S.Paulo nem sempre é concentrada
    No caso de Guarulhos, o prefeito tem conseguido verbas federais para várias obras, inclusive para uma nova Avenida, a João Paulo, que saí da parte ainda morta do Aeroporto de Cumbica e chega a Dutra e que irá posteriormente até a rod Ayrton Senna de encontro com a av. Jacu Pessego, incluindo a construção de um corredor de onibus
    É dele também o interesse na linha de trilhos Guarulhos/Abc, que também atenderá os moradores do populoso Bairro dos Pimentas
    vamos torcer não só pela Copa.

  37. Luiz Vilela disse:

    Jair
    Sou meio radical com o aeroporto.

    É marca registrada do nosso subdesenvolvimento o maior aeroporto internacional não ter trilhos com acesso PERFEITO á rede metroferroviária. Fico imaginando a cabecinha de quem permitiu que isto acontecesse até hoje. É o que mandaria a lógica rudimentar de uma rede de transportes, haja visto que o projeto para o aeroporto CGH existe desde a década de 40 e só vai sair nesta década..

    Também por isto defendo fortemente que o TAV não passe pelo centro de SP. Além de não fazer sentido pelo aumento de custo, prazo e complexidade da obra, induziria mais fortemente o PERFEITO ACESSO POR TRILHOS ao aeroporto GRU.

  38. Gabriel Garcia disse:

    Com vocês, o MONOTRILHO:
    http://img27.imageshack.us/img27/7015/sam0057b.jpg
    PS.: não vai mais nada em cima das vigas. Convenhamos, não tem como comparar com o Minhocão né? eheh

  39. Leoni disse:

    A capacidade do Monotrilho previsto para a linha 15-Prata, que é considerado o maior do mundo para carruagens com largura de 3,15m (standard), e comprimento da composição total de ~90m, é de ~1000 pessoas, contra para a mesma largura, porém com comprimento de ~132m é de ~2000 pessoas para o Metrô, significando com isto que a capacidade do metrô é o dobro do monotrilho, trafegando na mesma frequência, podendo ser considerado de média demanda.

    Este monotrilho da linha 15-Prata, Ipiranga, Vila Prudente, Cidade Tiradentes irá trafegar em uma região de alta demanda na zona Leste, maior do que as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e a futura 6-Laranja, e já corre o risco de já nascer congestionado, além de ser uma tremenda incógnita, quando ocorrer uma avaria irá bloquear todo sistema, como deverá ser feita a movimentação e o socorro, pois trafegam em média a 15m do piso.

    A melhor opção seria o prolongamento da linha 2 Verde, com bifurcação em “Y” na estação Vila Prudente, com a previsão da futura linha para Vila Formosa, e até São Mateus e a partir daí seguir em monotrilho, até a cidade Tiradentes, mas como as obras já estão começadas, a estação terminal deveria ser no terminal rodoviário do Sacomã, e não em Vila Prudente, que basicamente será uma estação de transbordo.
    (Nota: Recentemente para remediar a estação terminal será na estação Ipiranga da CPTM).

    Nem conseguiram acabar com o caos da estação da Luz, e já estão “planejando” outros inúmeros transbordos na nova estação Tamanduateí com as linhas 10 Turquesa, 2 Verde, e os monotrilhos Expresso ABC e Expresso São Mateus Tiradentes, com um agravante, de que as plataformas da estação Tamanduateí são mais estreitas que a Luz, e não satisfeitos, já prevendo a expansão em linha reta em monotrilho, é assim nas linhas 2 Verde e o projeto da linha 6-Laranja com transbordo obrigatório caso os usuários desejem prosseguir viagem, fazendo que os usuários tenham que fazer múltiplos transbordos provocando enorme desconforto.
    O Metrô de São Paulo, projetou linhas de metrô, utilizando rodeiros e trilhos convencionais, em bitolas e tensões diferentes, numa atitude insensata, bloqueando as possibilidades de bifurcação e interpenetração em “Y” como as muitas facilidades existentes como as composições da CPTM provenientes da Luz, que possuem a opção de rumarem para o ABC, ou para a zona Leste, e no metrô Rio após a estação presidente Vargas, no qual os usuários tem a opção de apanhar a composição que se dirige ao Estácio, ou Cidade Nova entre outras inúmeras facilidades, isto foi possível porque o Metrô Rio uniformizou a tensão e a bitola de todas suas linhas em 1,6 m, algo que não aconteceu em São Paulo.

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