PARA PAULISTANO, PRIORIDADE É CORREDOR DE ÔNIBUS, DIZ LEVANTAMENTO COM MAIS DE 30 MIL PESSOAS

cORREDOR DE ÔNIBUS

Ônibus na Capital Paulista. População cada vez mais está ciente de que os ônibus são meio de transporte flexível para toda a cidade e de sua importância nos deslocamentos. Sendo assim, o cidadão cada vez mais cobra para a priorização dos ônibus com a implantação de mais corredores, que garantem mais velocidade, conforto e menores custos ao sistema. Em levantamento com mais de 33 mil pessoas, 77% delas consideraram como ideal para melhorar a mobilidade os corredores de ônibus, que liderou a lista de prioridades no tema transportes. O Levantamento foi da ONG Rede Nossa São Paulo. Foto: Adamo Bazani

Para Paulistano, prioridade é corredor de ônibus
Levantamento feito com mais de 30 mil pessoas revela que no caso de transportes, 77% dos entrevistados querem prioridade para o ônibus

ADAMO BAZANI – CBN

Cada vez mais o cidadão está consciente da importância dos ônibus nos transportes públicos e sabe que este meio de deslocamento atende a áreas onde outros modais teriam dificuldades. Por isso que o cidadão agora pede a priorização dos ônibus no espaço urbano pelos corredores exclusivos.
É o que revela um levantamento da Rede Nossa, Organização Não Governamental em defesa da cidade, que no mês de setembro já havia divulgado uma pesquisa que mostrava que o paulistano já preferia o transporte público e deixaria o carro em casa se houvesse mais corredores.
O levantamento é uma outra revelação da ONG e se trata de um novo trabalho.
Entre 15 de agosto e 30 de setembro, pela internet, a Consulta pública “Você no Parlamento” distribuiu 33 mil 340 moradores da cidade de São Paulo.
Eles tiveram de escolher cinco prioridades em cada 19 temas propostos.
No tema transportes, o anseio pelos corredores de ônibus foi o primeiro lugar disparado. Confira:

– CORREDORES DE ÔNIBUS: 77,41%
– REDUÇÃO NO VALOR DAS PASSAGENS: 58,95% – O que pode ser oferecido pelo corredor, já que com o espaço exclusivo, os ônibus ganham velocidade e desempenho, reduzindo os custos. Menos ônibus e maiores, eles conseguem levar mais passageiros num menor número de viagens. Em Curitiba, onde há corredores do tipo BRT, por R$ 2,50 é possível trafegar por mais de 10 municípios com o mesmo valor. No Corredor ABD (entre São Mateus e Jabaquara, passando pelo ABC Paulista), operado pela Metra, é possível fazer várias integrações no sistema por R$ 2,90.
– CICLOVIAS E PRIORIDADE AOS DESLOCAMENTOS POR BICICLETA: 48,8%. Atualmente corredores de ônibus se integram com ciclovias, como a Linha Verde de Curitiba e os bicicletários em terminais do Corredor ABD atendidos pela Metra.
O coordenador-geral da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, disse que trânsito e saúde aparecem como os principais problemas na avaliação dos paulistanos em outras pesquisas do movimento. Ele defende que essa percepção norteie as discussões na Câmara a partir de já. Na proposta de Orçamento apresentada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), transportes é a quinta secretaria na ordem das verbas, com R$ 1,18 bilhão. Já saúde é a segunda, com R$ 5,58 bilhões.
Na área da saúde, o principal anseio do paulistano é a diminuição no tempo de espera para consultas e exames.
Adamo Bazani, jornalista da rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Luiz Vilela disse:

    Não sei se coincidência ou não, Jurandir Fernandes falou nesta semana da necessidade dos corredores.

    Já Oded Grajew hoje cedo minimizou: perguntado por MIlton Jung se saúde e mobilidade seriam os itens Mais críticos, colocou transporte e mobilidade “…somente no 5 lugar entre 20 tópicos selecionados…”. Estou mais com Milton: mobilidade é extremamente significativo numa região complexa como a RMSP. Em aglomerações urbanas menores sim, não seria tão crítica.

    Comentei em posts anteriores que um grande sistema centralizado (do porte dos cartões de crédito bancários) de Meio de Pagamento Único permitiria cobrar preço justo pelas integrações, concedendo descontos por uso intensivo e repetitivo da Rede. Com transparência (certo, Grajew?!), via consulta on line e/ou “Faturas Mensais de Transportes”. E que o alto custo em espécie e homens-hora DE IMPLANTAÇÃO disto, aí sim, justificaria benefícios fiscais.

    Quanto aos corredores, já comentamos exaustivamente aqui: ou se tem a coragem de implantar BRTs DE VERDADE ou, como Milton falou hoje, continuarão congestionados e tão lentos quanto os carros ao lado. Espero que não “apelem” para soluções paliativas tipo BRS carioca.
    .

  2. gabriel disse:

    nossa quem foi que fez a pesquisa? Não discordo que é necessário fazer corredor de ônibus, mas ser prioridade já é outra coisa… Meu irmão tem até um projeto para um novo corredor na ZS aqui o link vejam todos:http://projetoseideias1.wordpress.com/2011/10/10/corredor-de-onibus-corredor-av-washington-luis-av-rubem-berta-av-23-de-maio-beta/

  3. PauloZ disse:

    Bom dia aos amigos.

    Lamentável a pesquisa.
    Explico meu ponto de vista: o TRANSPORTE URBANO de caráter PÚBLICO tem que ter como principal diretriz o fato de ser INTEGRADO (física e trifária)!
    Portanto a PESQUISA feita por esta ong está totalmente EQUIVOCADA. Não há preferência de um modal (desculpe o termo, mas é o mais adequado) sobre outro modal. O passageiro deve usar o meio de transporte disponível na sua porta (ou o mais perto dela), seja ele ônibus, micro-ônibus, trem, metrô ou qualquer outro disponível.
    Não há conflito entre bicicleta e corredor de ônibus! Portanto esta pesquisa NÃO tem consistência lógica!! Possivelmente não terá também consistência estatística, deve ser conferido.

    Caro Adamo Bazani creio que seria bom você dar umas palestras para esta ong porque já está certo (pelo que está escrito no seu texto e nos comentários) que de TRANSPORTE eles não entendem!

    Finalizando eu acho LAMENTÁVEL uma organização submeter pessoas (que SABEM de suas necessidades, mas não precisam necessariamente entender de TRANSPORTE) sejam submetidas a uma pesquisa minimamente técnica. Saudações para todos.

    1. Luiz Vilela disse:

      Paulo Z
      Seus argumentos são bons, válidos e muito importantes para a RMSP.
      Torço para que você seja lido e levado a sério.

  4. bruno quintiliano disse:

    Paulo, se voce tivesse que pegar as lotações aqui da cooperpam, duvido que voce diria que não tem diferença, que qualquer coisa ta bom. Não da pra generalizar pra cidade inteira, mas cada região precisa de um modal e ha outros que de tão desconfortaveis, nem deveriam ser cogitados.

  5. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite

    Ainda bem que que só 30.000 pessoas preferem o Buzão

    Os outros Milhões de paulistanos preferem os trilhos, seja da CPTM ou do Metrô.

    UUUUUUUUUUUUUUuuuuuuuuuu

    Afinal, não há comparação.

    Muito obrigado
    Paulo Gil

  6. Luiz Vilela disse:

    Insisto que seria muito importante investigar em profundidade de onde veio este verdadeiro “estouro de boiada” de 500.000 usuários/dia pra Metro 4 em tão pouco tempo.

    De quais linhas de ônibus; quantos largaram o carro? Só se fala no alívio das Metro 1 (pequeno), 3 (bem pequeno) e 2 (só nas estação Paraíso).

    A partir daí poderíamos conversar melhor sobre trem aqui e ônibus acolá na RMSP

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