DIA MUNDIAL SEM CARRO: Paulistano só vai poder usar carro aos finais de semana

Não adianta inventar! Cidades como São Paulo, em horários de pico e em algumas regiões não conseguirão receber mais carros durante a semana. Metrô e corredores de ônibus são as soluções consideradas mais inteligentes e coerentes para a mobilidade urbana se forem adotadas conjuntamente, de maneira que um complemente o outro e não apenas alimente. O Metrô têm alta capacidade e agilidade, ideal para os deslocamentos principais de grande demanda, mas ele não pode chegar a todos os lugares da cidade. Sendo assim, interligados ao metrô deve haver um sistema de corredores de ônibus. O BRT consegue oferecer agilidade, conforto e alta capacidade de atendimento. Afinal, não basta ter um sistema de metrô excelente se as pessoas não conseguem chegar até ele. OS ESPECIALISTAS DIZEM QUE OS HÁBITOS DOS DESLOCAMENTOS DAS PESSOAS PARA O TRABALHO E ESCOLA PRECISAM MUDAR, CASO CONTRÁRIO SERÁ IMPOSSÍVEL TRANSITAR NAS CIDADES. Em grandes centros, como Nova Iorque e em parte da Europa, o índice de carros por pessoas é alto, mas os veículos particulares são mais usados nos finais de semana. Para o deslocamento habitual, não valerá mais a pena usar o carro se o ritmo do crescimento da frota particular continuar o mesmo. MONTAGEM: Adamo Bazani. Foto do Metrô: Metrô SP. Foto do Ônibus: Adamo Bazani

Não adianta inventar! Cidades como São Paulo, em horários de pico e em algumas regiões não conseguirão receber mais carros durante a semana. Metrô e corredores de ônibus são as soluções consideradas mais inteligentes e coerentes para a mobilidade urbana se forem adotadas conjuntamente, de maneira que um complemente o outro e não apenas alimente. O Metrô têm alta capacidade e agilidade, ideal para os deslocamentos principais de grande demanda, mas ele não pode chegar a todos os lugares da cidade. Sendo assim, interligados ao metrô deve haver um sistema de corredores de ônibus. O BRT consegue oferecer agilidade, conforto e alta capacidade de atendimento. Afinal, não basta ter um sistema de metrô excelente se as pessoas não conseguem chegar até ele. OS ESPECIALISTAS DIZEM QUE OS HÁBITOS DOS DESLOCAMENTOS DAS PESSOAS PARA O TRABALHO E ESCOLA PRECISAM MUDAR, CASO CONTRÁRIO SERÁ IMPOSSÍVEL TRANSITAR NAS CIDADES. Em grandes centros, como Nova Iorque e em parte da Europa, o índice de carros por pessoas é alto, mas os veículos particulares são mais usados nos finais de semana. Para o deslocamento habitual, não valerá mais a pena usar o carro se o ritmo do crescimento da frota particular continuar o mesmo. MONTAGEM: Adamo Bazani. Foto do Metrô: Metrô SP. Foto do Ônibus: Adamo Bazani

Que tal passear de carro no final de semana?
O que pode parecer um convite vai se tornar a única possibilidade para os cidadãos paulistanos. Isso porque, se continuar o ritmo de crescimento da frota de veículos de transporte individual, nos dias úteis será impossível andar de carro em São Paulo

ADAMO BAZANI – CBN

Final de semana! Uma pausa do trabalho (para alguns), do chefe, das dívidas, das obrigações do dia a dia.
Uma oportunidade para pegar a família e dar um belo passeio de carro.
Pois é, futuramente, só isso será possível fazer com transporte individual na cidade de São Paulo.
A previsão não é alarmista. É realista e feita com base nos dados de crescimento da frota da cidade de São Paulo por especialistas em transportes e trânsito já para 2020.
Neste ano, em alguns horários será impossível andar de carro na cidade de São Paulo durante a semana.
Hoje a frota de veículos particulares, que em trânsito levam em média duas pessoas, é de 5,1 milhões de carros na Capital Paulista. Não estão contabilizados veículos comerciais leves e pesados, como caminhões e ônibus.
Se o ritmo de crescimento da frota particular de veículos permanecer neste ritmo (sem contar outros possíveis estímulos à indústria de carros) e os investimentos em transportes coletivos de qualidade como metrô e corredores segregados de ônibus rápidos (BRTs – Bus Rapid Transit), São Paulo terá 8 milhões de carros de passeio.
Entre os veículos particulares, estão também as motos, cujo crescimento também chama a atenção.
Só em 2020, devem ser mais de 1,5 milhão de motos particulares na cidade de São Paulo.
É sabido que proporcionalmente, uma moto polui o equivalente a 32 carros e 17 ônibus. Isso sem contar que quase a metade das ocorrências atendidas pela CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, tem motoqueiro (ou motociclista) acidentado.
Os números foram levantados pelo especialista em trânsito, Sérgio Ejzemberg, e divulgados pela Rede Record e Portal R 7.
À estes órgãos de imprensa, ele confirmou que em menos de 10 anos, será praticamente impossível andar de carro em alguns locais de São Paulo, no horário de pico.
– O problema maior não é o tamanho da frota em si, mas o uso que se faz do automóvel. A pesquisa Origem/Destino do Metrô [feita entre agosto de 2007 a abril de 2008] aponta que essas viagens eletivas [lazer] somam aproximadamente 20% do total na região metropolitana. Já os deslocamentos por motivo de trabalho e educação somam 80% e são feitos na hora de pico.

MUDAR O HÁBITO DE USAR O CARRO:
O professor de tráfego da Unicamp – Universidade de Campinas -, Percival Bisca, concorda com Sérgio Ejzemberg e diz que a exemplo do que ocorreu em parte dos Estados Unidos e na Europa, as pessoas não vão deixar de ter carros, mas vão criar novos hábitos para seu uso.
Os veículos de passeio, por causa dos congestionamentos que deixam as viagens mais demoradas, não serão vantajosos para os deslocamentos para o trabalho durante a semana.
Em Nova Iorque, a população durante a semana usa o transporte público para o trabalho. O carro serve para passear e viajar no final de semana.
E as cidades precisam auxiliar nesta mudança de hábito.
E a única forma para isso é não só investir no transporte público, mas levá-lo a sério e expandir a oferta.
Vai chegar um momento que não vai mais ser possível alargar avenidas, viadutos e marginais em determinados pontos na cidade.
Não há espaço físico. Aquela velha lei: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.
Ou as cidades optam por carros ou por pessoas. Afinal, para alargar vias, é necessário desapropriar, o que é caro e se limita a uma solução momentânea.
O transporte coletivo poupa e melhor aproveita o espaço público. Em 13 metros de comprimento um ônibus transporta cerca de 100 pessoas. Levando em conta que os carros de passeio andam em média com dois ocupantes, este ônibus poderia tirar da rua 50 carros de passeio. Cada carro tem cerca de 5 metros de comprimento. Sendo assim, em 13 metros o ônibus leva a mesma quantidade de pessoas que 50 carros levariam em 250 metros.
Isso sem contar que serão 50 escapamentos a menos nas ruas poluindo o ar e os pulmões.
Mas não adianta colocar ônibus no meio dos carros para ele ficar preso com uma velocidade ainda menor.
Os corredores de BRT são apontados pelos dois especialistas como solução para a mobilidade nas cidades juntamente com o metrô, onde é vantajoso construí-lo, do ponto de vista urbanístico e financeiro.
Um corredor de ônibus não ocupa espaços exorbitantes na cidade, como a construção de uma avenida de 04 pistas, por exemplo, e que só com carros, poderiam receber menos pessoas que o corredor para o transporte público.
No corredor, o ônibus desenvolve maior velocidade, pois não fica preso no trânsito. Só neste quesito, há duas vantagens iniciais: as viagens são mais rápidas, o anseio principal das cidades, e há menos ônibus transportando mais gente, já que, não parados no trânsito, eles podem fazer mais viagens. Além disso, em menor quantidade e com velocidade maior, os ônibus podem ter o desempenho dos motores aproveitado, o que reduz a poluição.
Não bastasse isso, os corredores possuem viários melhores e específicos para veículos com o peso dos ônibus. Com viário melhor, o custo de manutenção e o desgaste dos ônibus serão menores, o que pode fazer com que o empresário invista (por opção ou exigência do poder público) em ônibus mais modernos, mais caros e com acessibilidade, como com piso baixo. Ônibus mais caros com tecnologias menos poluentes, a exemplo dos trólebus de rede aérea ou dos ônibus híbridos também são indicados para corredores de ônibus.
Hoje, a cidade de São Paulo não tem um sistema de trólebus melhor, que registra quedas dos pantógrafos (alavancas que ligam o trólebus aos fios), porque os veículos têm de passar por valetas e enormes buracos, o que causa oscilações e trepidações que fazem as alavancas se soltarem. A indústria desenvolveu as alavancas pneumáticas, mais resistentes e flexíveis às oscilações, mesmo assim, o ideal mesmo é o corredor para o tróblebus, como ocorre no sistema do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus – zona Leste de São Paulo – a zona Sul, zona Sul da Capital Paulista, atendendo aos municípios de Santo André, Mauá, São Bernardo do Campo e Diadema).
Em corredores e espaços específicos, os ônibus podem ser maiores, como articulados e biarticulados. O maior ônibus do mundo, um modelo brasileiro, pode transportar de 270 a 300 pessoas, dependendo da configuração interna. Este ônibus pode substituir mais ônibus de menor porte e ajudarem na velocidade (menos ônibus parando no corredor) e no combate a poluição (menos escapamentos jogando fumaça no ar).
Nos corredores, o atendimento é diferenciado. Os passageiros em vez de pontos ficam em estações que os protegem de chuva, sol, calor e frio. Cada estação pode ter o sistema de pré-embarque, que é o pagamento da passagem de ônibus antes da entrada no veículo. Isso permite que os passageiros entrem mais rapidamente e diminuiu o tempo de parada dos ônibus.
Os veículos de BRT podem ter piso baixo, com assoalho com a mesma altura da guia da calçada e plataforma ou as estações podem ser elevadas e terem o piso na altura do chão do ônibus.
Proteção maior contra assaltos e telões informando a chegada do próximo ônibus e o mapa do sistema de linhas também são possibilidades nos corredores de ônibus.
Quanto ao metrô, sua capacidade de transportes é incomparável assim como sua velocidade operacional.
Ele é um dos meios que mais atrai usuários do transporte individual e, mesmo tendo a implantação cara e lenta, é o mais adequado para grandes demandas em cidades como São Paulo.
Finalmente, o Estado parece ter dado atenção aos trilhos e os projetos de metrô (metrô de verdade) devem auxiliar a mobilidade.
Ocorre que o ônibus que não apenas o alimenta, mas o complementa (pois há lugares onde não dá para ir com metrô mesmo, pelo custo, baixa demanda e questões geográficas) não tem sido parte deste plano de expansão.
E fica a pergunta: O que adianta ter um metrô maravilhoso se as pessoas não conseguem chegar rapidamente e confortavelmente a ele?
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Gustavo Cunha disse:

    Boa noite.

    EXCELENTE MATÉRIA ! Fala por si.

    Abçs.

  2. Jefferson disse:

    Eu mas nem que eu quisesse andar de carro poderia, afinal o que tínhamos foi roubado , e não tenho dinheiro nem pra comprar uma bala, é meus caros, é a vida, o máximo que consigo andar é de trem e metrô quando tenho dinheiro

  3. mediugorie disse:

    Se eu fosse presidente, priorizaria o transporte coletivo público de qualidade e com agilidade, com corredores exclusivos (e menos faixas para carros). E o IPVA dos carros seria destinado para o reflorestamento compensatório do CO2 produzido pelo carro – cerca de 16 árvores, pelo menos.
    Belíssima matéria. Para conscientizar todos.

  4. Obrigado a todos. Esse foi o objetivo da matéria. Conscientização e levantar o dsebate.
    Jefferson, lamento pelo que ocorreu.

    Infelizmente mobilidade ainda não é um assunto tão popular.

    Tanto é que as comissões sobre Mobilidade no Ministério das cidades ainda são as menos ouvidas.

  5. blogdofalves disse:

    Enquanto não tivermos um transporte que traga qualidade, a população continuara usando seus carros particulares trarão mais congestioamentos! enquanto não tiver rodoanel pronto os caminhões vão atrapalhar o trânsito!

  6. blogdofalves disse:

    No momento SP precisa investir em corredor de ônibus, o custo é mais barato e elevado, principalmente na região da zona leste aonde necessita mais com ônibus articulado e biarticulado, bem como acelerar o investimento no metrô! o troleibus tem que ser substituido por ônibus hibrido, pq as redes aéreas dão muitas panes quer seja nos troleibus de sp ou do ABCD.

    1. Antonio Filho disse:

      Os trólebus NÃO dão muitas panes se a rede for mantida adequadamente. Se dessem muitas panes, na Europa eles nem seriam mais usados.

      O problema é que no Brasil os administradores públicos vêem o trólebus como um custo e não como um benefício a todos. Aí deixam as redes sem a devida manutenção (cheias de remendos) e o asfalto esburacado.

      1. Bruno Quintiliano disse:

        não sei se você usa os trólebus, mas eu uso o que vai pra Ferrazopolis e chega a dar desespero. Qualquer desnível no chão e o motorista já reduz para passasr por ele. Isso sem contar as malditas chaves, que o trólebus quase para pra passar por ela. Em São Paulo, onde as avenidas são ainda mais esburacadas, seria inviável (até mesmo nos corredores, onde o concreto está sendo trocado por asfalto pela atual gestão, os buracos são cada vez, mais constantes). E quanto a corredores como o da av sto amaro? Como usar as paradas 1 e 2 se eles não podem ultrapassar? Pode até ser legal essa ideia do trólebus, mas não na atual situação da nossa cidade. Por enquanto, pelas questões ambientais, é melhor investir em tecnologias como etanol, diesel de cana e outras, do que prender ainda mais os ônibus da cidade

  7. jair disse:

    Adamo,
    Matéria muito esclarecedora.
    Agora, para por em prática será necessário:
    1 – concientização dos habitantes
    2 – atuação organizacional dos poderes constituidos.
    Seu ultimo paragrafo demonstra toda a problemática para o ninicio da solução do transporte coletivo.
    Exemplo recente foi a criação da linha 8075 Terminal do Campo Limpo – Metro Butantã:
    A linha de onibus vem pelo corredor da Av Francisco Morato e SAI do corredor pela Av dos Tres Poderes seguindo pela Av Eliseu de Almeida de transito normalmente congestinado até a Estação Butantã e no retorno ao Term C. Limpo saí em sentido a Cidade Universitária pela Rua Camargo, Av Afranio Peixoto para daí pegar a Alvarenga e começar efetivamamente a se dirirgir para o terminal.
    Pela distância do term. ao Metro merecia uma ligação mais rápida e não de forma a buscar rodar em torno da Estação do Metro a cata de eventuais pasaageiros, o que deveria ser feito por linha circular e talvez de pequenos onibus.
    Então sua pergunta ainda não poderá ser respondida pela Sptrans, com atitudes que tragam objetividade e conforto aos usuários.
    abraços

  8. Pedro Fagundes Bichler disse:

    Alguem tem alguma novidade sobre quando começam as obras do corredor da Radial Leste?

  9. Luiz Vilela disse:

    Caro Ádamo
    Boa matéria e boa e esperta complementação do Jair (me perdôe se puxo sardinha pra minha brasa, já que a Metro 4 Butantã é minha melhor alternativa para não entrar de carro em Sampa).

    Metro como tronco e bem alimentado pela rede é a grande solução. Hoje utilizei a trabalho integrações Metro4/Metro3 e na volta Metro3/Metro4/CPTM9. Rápido, seguro, confortável e no tempo programado, embora não tenha usado ônibus. Se tivesse precisado, teria que sair das escadas do Metro pra dentro de BRT numa plataforma de embarque/desembarque no nível do piso do ônibus, depois de ter passado por uma cancela eletrônica onde tivesse apenas aproximado meu Bilhete Único. Incrível que isto ainda seja ficção na RMSP. Espero ver em Curitiba, em não mais que 5 anos.

    Quanto às motos, alternativa perigosa mas válida sim, para quem tem pouco tempo, muita necessidade e orçamento apertado: meu Deus, por que montadora de carros no Brasil é OBRIGADA A MONTAR CATALISADORES e de motos NÃO?!

  10. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia

    A foto ilustra corretamente.

    Embarcamos no metrô e vamos andar no Buzao em Curitiba.

    Pois Buzao em Sampa, sem chance.

    Quem sabe um dia, afinal a esperança é última que morre.

    Muito obrigado.
    Paulo Gil

    1. Paulo Gil disse:

      Complementando:

      É uma questão matemática.

      O atual sistema de transporte coletivo não comporta os já usuários.

      Portanto, deixar o carro em casa é utopía.

      1 litro de água não cabe num copo com capacidade para 0,5 litro.

      Sem contar a gestão a lá CMTC [trajetos em zig-zag, linhas turísticas,
      corredores con “n” linhas, terminais com entradas a 90 graus,inexistência de micros
      ligando à CPTM, micros para portadores de necessidades especiais e e outras aberrações mas].

      E vejam Santa Tereza, nem conseguem operar bondes do tempo do “zagaia”

      Piada né….

      Grato
      Paulo Gil

      1. Luiz Vilela disse:

        Verdade, Paulo.
        Nosso atraso, muitas vezes, é inclusive conceitual.

  11. jair disse:

    Bruno e amigos
    O corredor de onibus deveria ser para um número limitado de linhas, não sendo portanto necessário paradas 1 e 2, e no caso do corredor da Av. Santo Amaro, quando operado também por trolebus, havia duas redes de fios em cada sentido, sendo uma paradora e outra expressa.
    Eu usei trolebus desde 1960 na linha 43 Alfredo Pujol (eu tinha 13 anos) e naquela época a manutenção da rede aérea era feita de forma diária, com veículo apropriado da propria CMTC(mercedes bicudinho 312 com estrutura na carroçaria que passava rente aos fios e cabos, com um observador a bordo), e os veículos rodavam em cima de paralelepipedos e passavam sobre os trilhos da Estrada de Ferro Cantareira que corria pelo centro da rua e dificilmente escapava uma alavanca.
    Assim, tenho a certeza absoluta que o problema é a falta de manutenção e treinamento dos motoristas.

  12. Luiz Vilela disse:

    Jair
    Ponto muito importantes.
    1) “falsos corredores” da RMSP, na verdade um amontoado de linhas entrando e saindo com paradas comuns, ineficientes e sem cobrança fora do modal.
    2) Falta de manutenção
    Aqui, por dever de ofício, entendo que:
    – Manutenção diária de alavancas de trólebus que passam por paralelepípedos e outros desníveis facilmente gera gasto excessivo. O resultado final pode ser – e parece que foi mesmo – demonizar o modal.
    – Usar trólebus convencional sobre pistas ruins e/ou irregulares, ou causa prejuízo para a Cia de ônibus que o operadora ou para o bolso do contribuinte.
    – Pistas em bom estado é OBRIGAÇÃO DA PREFEITURA. Mas esta é uma dentre várias obrigações públicas que “não pegou” no Brasil.

    1. Paulo Gil disse:

      Jair e Luis Vilela, boa noite

      Só para fechar:

      Sem contar o desperdício dos carros com suspensão a ar, que circulam em ruas esburacadas (quase todas); o que na minha opinião é mais traumático para o passageiro do que um Buzão com suspensão normal, com as molas arriadas como sempre.

      Grato
      Paulo Gil

  13. jair disse:

    Luiz Villela,
    Sem duvida, a falta de manutenção adequada inviabiliza qualquer possibilidade de sucesso para qualquer modal.
    Mas, em 1960, quase todas as ruas de São Paulo tinham paralelepipedos (inclusive a rua augusta) e não impedia o bom funcionamento dos trolebus.
    Com o passar do tempo as ruas e avenida foram recebendo cobertura asfaltica que inclusive cobriram os trilhos de trens e bondes da Capital.
    Agora a falta de manutenção adequada da rede aérea foi ocasionada pela saida da CMTC e entrada da Eletropaulo na manutenção.
    Desconheço as razões da ineficiência.
    Recentemente a Sptrans colocou em licitação a recuperação e manutenção da rede.
    Vamos aguardar

    1. Paulo Gil disse:

      Jair, boa noite

      A razão da ineficiência é a “PIZZA”.

      Afinal, tudo acaba em PIZZA.

      Grato
      Paulo Gil

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