OFICIALIZADO, JEITINHO BRASILEIRO VAI CUSTAR CARO EM OBRAS DE TRANSPORTES COM QUALIDADE DUVIDOSA
Publicado em: 15 de setembro de 2011
Só obras não vão resolver problema de mobilidade.
Ministro das Cidades afirma que é necessário restringir a circulação dos carros de passeio. Prazo para as obras de mobilidade se tornou mais flexível assim como as contratações de construtoras, no famoso jeitinho brasileiro
ADAMO BAZANI – CBN
Os ministros do Esporte, Orlando Silva, e das Cidades, Mário Negromonte, voltaram nesta quarta-feira a demonstrarem preocupação quanto aos atrasos e falta de seriedade no tratamento das obras para mobilidade que têm o objetivo de deixar os municípios mais modernos para a Copa do Mundo de 2014.
Orlando Silva, ao repetir que há sérios atrasos em 07 das 12 cidades – sede, afirmou que entre os três principais pilares para que o Brasil receba tranqüilamente este evento mundial: Estádios, Aeroportos e Transportes, são justamente as obras de transportes que vão significar um legado mais direto ao dia a dia da população. E é o que menos tem recebido atenção dos estados e municípios:
“O mais importante é o estádio, esse é um assunto resolvido. Depois, são os aeroportos, porque é a circulação do País, e oito dos 13 estão em obras. Esses são os dois pilares essenciais. Mobilidade é o legado, que será o ganho real para a população”, argumentou Orlando Silva.
Orlando Silva também admitiu que os piores atrasos e que deixam o Governo Federal em “estado de alerta” são as de modais ferroviários, muitas cujas obras sequer foram iniciadas e que necessitam de mais tempo para serem concluídas com qualidade:
“Até agora, dois anos após anunciadas as 12 sedes, em sete cidades nenhuma obra – como trens, monotrilhos e metrô – foi iniciada. A matriz da Copa tem 49 projetos”.
JEITINHO BRASILEIRO VAI CUSTAR CARO:
O Governo Federal oficializou, por falta de opção, o jeitinho brasileiro para as obras de mobilidade voltadas para a Copa do Mundo.
Primeiro ao flexibilizar o prazo, não punindo os projetos e seus autores que prometeram à população um prazo e agora, vão depender de mais tempo, não pela sua complexidade, mas pelos atrasos no início da obra mesmo.
Em maio, o governo havia anunciado que perderiam incentivos projetos que não fossem licitados até dezembro deste ano. Agora, o prazo será mais flexível. Com a mudança de regras, o ministro Orlando Silva afirmou que não é “razoável” excluir obras que, apesar de não serem licitadas antes de 2012, têm curto prazo de execução. Segundo ele, elas estarão prontas até dezembro de 2013 – o novo prazo de referência.
Obras em menos prazo vão depender de mais estrutura, mais material, mais homens trabalhando ao mesmo tempo e mais, muito mais dinheiro.
Além disso, o Governo Federal permitiu legalmente que as obras tenham custos e projetos duvidosos com o instrumento do RDC – Regime Diferenciado de Contratações.
Na prática, ele exclui uma série de exigências para a contratação e execução das obras.
Assim, muitos pontos que seriam pensados num planejamento rigoroso, como melhor uso dos recursos, segurança e qualidade, serão deixados de lado num típico jeitinho brasileiro.
O Ministro das Cidades, Mário Negromonte, afirmou que para a mobilidade nas cidades, obras apenas não bastam. È necessário haver uma disciplina e uma implantação de cultura em prol ao transporte coletivo.
Enquanto o transporte coletivo se moderniza para deixar os deslocamentos mais eficientes e atraentes, para ele, deve haver restrições ao uso do carro. Negromonte citou o rodízio municipal de veículos de São Paulo como possibilidade para outras áreas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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Hmmmm… existe um cheirinho de Ponte Orca no ar em São Paulo.
Por que será?
Já era de se esperar que isso acontecesse ,,,
Amigos, boa noite
Previsível.
Ai vai bem aquele contratinho emergencial e “by by 8.666” [Lei de Licitação]
Bra$illllllllllll
Muito obrigado
Paulo Gil