MARCOPOLO E KAMAZ OFICIALIZAM ACORDO E ÔNIBUS BRASILEIROS AUMENTAM PARTICIPAÇÃO NO MERCADO MUNDIAL

bus Kamaz

Chassi produzido pelo Grupo OJSC KAMAZ, na Rússia, maior produtor de veículos pesados da Rússia e Comunidade dos Estados Independentes – CEI. Em 2012, os modelos que atendem às normas de controle de emissão de poluentes a partir da fase Euro 4 também deve receber carrocerias brasileiras. Isso será possível pela joint venture entre Marcopolo (pela subsidiária da brasileira, PoloAutoRus LLC) e a KAMAZ. O primeiro veículo já foi apresentado nesta terça-feira, 13 de setembro de 2011, na COMTRANS. É um micro-ônibus com motor Cummins, transmissão ZF e eixo Daimler. Até 2016, a parceria prevê comercialização anual de 3 mil ônibus.

Encarrroçadora brasileira vai atuar na Rússia
Joint Venture entre Marcopolo e Kamaz foi oficializada nesta terça-feira e deve ampliar o número de países atendidos por ônibus brasileiros

ADAMO BAZANI – CBN

O que foi anunciado há cerca de um mês, nesta terça-feira dia 13 de setembro de 2011 foi oficializado.
A empresa brasileira de carrocerias Marcopolo e a fábrica de chassis e veículos do Grupo OJSC Kamaz firmaram a formação de uma joint venture.
O negócio se deu pela subsidiária da Marcopolo, PoloAutoRus LLC.
O contrato foi assinado por José Rubens de la Rosa, diretor-geral da Marcopolo S.A., Sergey Kogogin, diretor-geral da OJSC KAMAZ, e Yuri Eduardo Caio, diretor-geral da PoloAutoRus LLC, em Moscou, durante a abertura da Exposição COMTRANS, maior feira de caminhões, ônibus e veículos especiais da Rússia, Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e Europa Oriental.
Marcopolo e Kamaz vão comercializar ônibus que seguem os padrões de redução emissão baseadas nas normas Euro 4 ou de outras etapas superiores da Euro que atendem às exigências de controle de poluição por veículos automotores adotadas atualmente pela Federação Russa e Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Pela joint venture, os ônibus vão ser montados nas instalações da OJSC NEFAZ, subsidiária do Grupo OJSC KAMAZ, na cidade de Neftekamsk, República do Bashkortostan.

COMERCIALIZAÇÃO DEVE SER INICIADA EM 2012

O primeiro modelo de ônibus da parceria entre as duas fabricantes já foi apresentado na COMTRANS. Trata-se de um micro-ônibus.
O veículo, com chassi KAMAZ Euro 4, tem design diferenciado e é equipado com componentes de empresas mundiais, o que deve facilitar a aquisição de peças de manutenção.
O motor é Cummins, transmissão ZF, eixos Daimler e sistema de freios Knorr-Bremse, entre outros, segundo comunicado da empresa que presta assessoria de imprensa para a Marcopolo.
O início das atividades da joint venture entre Marcopolo e OJSC Kamaz deve ser em 2012, já no próximo ano, quando a estimativa de vendas deve ser de 250 veículos.
Em 2016, a parceria prevê a comercialização de 3 mil ônibus.

MARCOPOLO QUER DEVE AMPLIAR AINDA MAIS SUA PARTICIPAÇÃO MUNDIAL:

Com a parceria, a Marcopolo deve ampliar ainda mais sua participação em outros países, já que os veículos não serão vendidos apenas na Rússia. Além disso, a quantidade de ônibus com carroceria de marca genuinamente brasileira deve se expandir pelo mundo.
Já pé possível encontrar ônibus brasileiros até nos países mais distantes e que possuem fabricantes locais fortes.
Só a Marcpopolo, exporta para 100 países e além das 04 unidades atuais no Brasil, têm plantas no México, Argentina, Colômbia, África do Sul, Egito, Índia e China. A Marcopolo foi fundada em 1949 e possui hoje mais de 18 mil funcionários, atuando desde o segmento de miniônibuis, com a Volare, até de veículos biarticulados, modernizados para sistemas de corredores rápidos, como o Viale BRT, e de dois andares, no caso o modelo Paradiso 1800 DD, versão topo de linha rodoviária.
Segundo comunicado da Assessoria de Imprensa da Marcopolo, a OJSC KAMAZ é a maior empresa automobilística da Federação Russa. O Grupo KAMAZ é composto por 96 empresas, 13 das quais são controladas pela companhia, e conta com cerca de 59 mil colaboradores. Possui rede de serviço que abrange todo o território da Rússia e países da CEI, bem como mercados tradicionais, com cerca de 130 revendedores e mais de 100 centros de serviços automotivos. Os principais produtos da OJSC KAMAZ são caminhões com PBT entre 14 e 40 toneladas, com motorização diesel e gás. Os veículos são comercializados em mais de 80 países da CEI, Europa, Ásia, África e América Latina.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. Luiz Vilela disse:

    Marcopolo está de parabéns. Tomara que nosso mercado interno possa usufruir bem da importante tecnologia que será agregada, o que várias vezes não acontece com nossos carros.

    1. gabriel disse:

      de mercado interno ela é ruim (em substituição de), embora esteje de parabéns no mercado externo

      1. Luiz Vilela disse:

        Gabriel
        É triste e decepcionante, mas acontece com muita coisa produzida aqui. O café, por exemplo. Mas está começando a mudar; se rata de dar valor ao que é bem feito e ter respeito pelo próprio dinheiro, lutando para não comprar produtos e serviços ruins.

  2. Gustavo Cunha disse:

    Boa noite.

    Caros, permitam-me descordar das afirmativas anteriores, dizendo que, em verdade, quem vai agregar valor, tecnologia e qualidade, será a Marcopolo e, não o contrário.

    O setor aéreo russo, com todo respeito, concede uma pequena amostra da fragilidadde de sua indústria, com exceção feita, à indústria bélica.

    Abraços.

    1. Luiz Vilela disse:

      Gustavo
      Seu exemplo é bom, muito pouca gente compra aviões russos, desde sempre!

      Gosto muito desta complexa questão: qual é o caminho para atingir a excelência e mantê-la. Incrível como parece fácil para alguns e impossível pra outros. E não é simples questão de alto valor agregado, haja vista a caneta BIC.

      Num veículo automotor, as possibilidades e variáveis são muitíssimas. Nos ônibus, muitas vezes fiquei em dúvida ao comprar bilhete rodoviário São Paulo-Rio: Cometa ou Itapemirim? Tão somente pelo desempenho, conforto e estilo dos busões.

      1. Gustavo Cunha disse:

        Luiz,

        De modo algum, menosprezo a capacidade do povo russo, forte e corajoso que, expulsou as forças germânicas, na 2ª grande guerra, quando ninguém mais julgava possível; ninguém, menos eles próprios, é claro.

        Mas, por vezes, criticamos nossa indústria, em particular, nossas encarroçadoras de ônibus e fabricantes de chassis, para os mesmos. Entretanto, creio com humildade que, as referidas indústrias têm muita qualidade e, para exportar.

        Possuem defeitos ? Precisam melhorar ? Evidente. Mas, apesar dos chassis de caminhão, nossos TANQUES em forma de ônibus, não podemos nos esquecer de, lembrar e admitir que, nossas cidades, até mesmo, as grandes capitais, possuem relevo, em sua maioria, extremamente acidentado; pavimentos, extremamente ruins e, a realidade futura, parece não ser muito promissora.

        Assim, a Marcopolo e, muitas outras indústrias brasileiras, têm totais condições de, expor ao mundo, um dos nossos melhores aspectos.

        Nem por isso, podemos nos acomodar. O tempo urge !

        Abçs.

  3. André disse:

    Olá Adamo

    Este tipo de notícia só se lê em blogs do setor. Venho mais uma vez criticar nossa mídia porque não aguento ver tamanho descaso da imprensa com os ônibus. A Band está exibindo reportagem especial sobre a precariedade dos meios de transporte, mas com certeza não noticiarão essa conquista da Marcopolo. A globo e record então! São hipócritas! É claro que o problema da mobilidade urbana desse país são os interesses políticos (leia-se corrupção).
    Parabéns a Marcopolo!

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