PLANO DE EXPANSÃO DO METRÔ RETIRA PASSAGEIROS DOS ÔNIBUS
Publicado em: 10 de setembro de 2011
Paulistano tem trocado Metrô por ônibus
O fato tem ocorrido por conta da expansão das linhas de Metrô. Queda de passageiros de algumas regiões nos ônibus coincide com a inauguração de estações do Metrô
ADAMO BAZANI – CBN
Pela falta de espaços prioritários adequados, o ônibus em São Paulo tem perdido a preferência dos passageiros que optam pelo Metrô, mais rápido e de maior capacidade em regiões onde o meio de transporte tem sido implantado.
Até mesmo os corredores de ônibus não têm conseguido segurar os passageiros no sistema. Vale ressaltar que muitos que se limitam apenas a uma faixa pintada na via ou simplesmente a uma pista em cada sentido segregada, sem permitir pontos de ultrapassagem, o que ocasiona diminuição na velocidade operacional dos ônibus e congestionamentos nas proximidades dos pontos, como ocorre com o corredor da Rebouças.
O Plano de Expansão do Metrô na Capital Paulista tem criado uma migração dos passageiros do ônibus para o modal sobre trilhos.
A ampliação do horário de funcionamento da linha 4 Amarela do Metrô e das estações Tamanduateí e Vila Prudente, da linha 2, é um dos exemplos de mudança de sistemas pelo passageiro.
A SPTrans – São Paulo Transportes – registrou queda de 25 mil passageiros por dia útil em média, no Corredor Campo Limpo – Rebouças – Centro, neste mês de agosto de 2011 em comparação ao mês de agosto de 2010. No ano passado, a média diária de transportes em agosto era de 400 mil passageiros, Neste ano, foram transportados em média, 375 mil passageiros.
A gerenciadora dos ônibus da Capital Paulista atribuiu os números ao fato de a linha 4 Amarela ser sobreposta em boa parte do trecho do Corredor Campo Limpo – Rebouças – Centro.
O Expresso Tiradentes, antigo Fura Fila, também sofreu queda de demanda. No mês de junho de 2011 a média de passageiros foi de 5 mil pessoas a menos por dia em comparação a junho de 2010.
O motivo foi a extensão da Linha 2 Verde do Metrô para a Vila Prudente.
TENDÊNCIA DE REDUÇÃO:
De acordo com técnicos do Metrô e da SPTrans, a tendência é de redução ainda maior no número de passageiros de ônibus em regiões que vão ter atendimento ampliado ou inaugurado de Metrô.
Essa queda deve começar já nesta segunda-feira, quando o trecho entre as estações Butantã e Paulista funcionará com horário integral do Metrô.
No entanto, os especialistas afirmam que isso se trata de uma reorganização da demanda.
Para os profissionais, o ônibus, mesmo sobreposto a algumas linhas de Metrô vai ter uma redução inevitável do número de passageiros, mas ele não ficará ocioso. A tendência é de que as pessoas usem o ônibus para trajetos mais curtos e como complemento ao Metrô ou alternativa à superlotação do modal metroferroviário.
Durante este processo de reorganização da demanda, a redução no trajeto de algumas linhas de ônibus e na frota não está descartada.
Mas o ônibus continuará tendo passageiro, já que a carência por transportes públicos é tão grande em são Paulo que haverá demanda para os dois meios.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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Boa tarde.
O metrô é um meio, rápido, confortável, seguro e, relativamente barato, ainda que atualmente as três primeiras afirmativas, não sejam muito fáceis de se constatar. Dito isso, é evidente que o mesmo vai retirar passageiros dos ônibus, em lugares onde concorrerem.
É importantíssimo que os meios se complementem, pois o que estamos assistindo, é apenas a transferência dos problemas de um meio para o outro.
A questão salta aos olhos. É preciso atitude, dos “técnicos”.
Abçs.
Amigo Adamo
Eu acho que o metrô não está retirando passageiros do ônibus, creio que eles estão se complementando um ao outro, pois na cidade de São Paulo não há espaço para concorrencia e nem podemos se dar ao luxo disso, bom se pudessemos escolher para chegar num determinado ponto se metrô ou ônibus.Aonde tem o metrô, JAMAIS o ônibus vai perder lugar, só observar que se sair do papel o corredor RADIAL LESTE acaba mostrando que há mais complementação do que competição. Mesmo com a linha 4 em pleno funcionamento, o corredor Rebouças se complementará com o Metrô.
A gente não pode se esquecer, que mesmo com o metrô, existe a questão da MICROACESSIBILIDADE, visto que a distância das estações do metrô varia de 500 a 700 metros em média.
O Metrô não sobrevive sem o ônibus para alimentá-lo.
Abs
Marcos Galesi
Galesi,
Perfeito!
Um depende do outro e é assim que tem que ser. Além dos 500 a 700m há as tantas ruas distantes.
A ação inteligente que dificilmente acontece entre SPTrans e Cias. de Ônibus é redistribuir linhas e adequar tamanho e características dos ônibus.
Haja vista que continua havendo ônibus comuns complicando o já tumultuado trânsito das ruazinhas da bela Vila Madalenanas, trafegando até em mão dupla. Ali, por exemplo, mínis e micros resolvem.
Na Radial acontece o mesmo com o alto do Tatuapé, mas com demanda maior.
Por morar na região atendida pela linha 4 do Metrô vou aqui relatar o que está acontecendo . No bairro onde moro há uma linha que vai até os Hospital da Clínicas, ocorre que essa linha vai pela Raposo Tavares e entra na Rua Pirajussara passando ao lado da estação Butantã nesse ponto descem a maioria dos usuários que continuam o trajeto de metrô até Pinheiros, Hospital das Clinicas e Paulista de metrô visto que é possível por causa da integração pelo bilhete único, no final da tarde o ônibus volta do HC e vem vazio até chegar na estação Butantã,que fica proximo ás av. Francisco Morato, Vital Brasil e Raposo Tavares a demanda de passageiros é grande na parada ao lado da estação no horário da tarde, até o bairro o tempo de viagem diminiui o que para muitas pessoas melhorou porque além de ampliar as opções tornou-se mais rápido, uma das solõções por exemplo seria a SPtrans seccionar algumas linhas até a regiaõ da Estação Butantã e manter somente as linhas de grande capacidade no corredor Francisco Morato/Rebouças/Consolação, de fato ja é perceptível a diminuição de passagerios até o centro, com a chegada do metrõ até as estações República e Luz no dia 15/09 será inevitável a mudança nessa demanda.Forte abraço
Exatamente, por isso que no final do texto está o parecer de que o ônibus jamais ficará ocioso. ele vai complemtar os serviços do Metrô e se tornará interessante para trajetos curtos, o que inclui a microacessibilidade do Metrô. Também é alternativa para a superlotação do Metrô.
Assim, um corredor na mesma região de uma linha de Metrô (não se sobrepondo, mas em alguns pontos os trajetos inevitavelmente vão se coincidir) nunca vai ficar ocioso.
Há muita gente em São Paulo e os perfis de deslocamento se variaram, Hoje não é mais o trajeto da fábrica para a casa. Há atividades que necessitam de mais viagens durante a cidade e novos polos de geração de emprega e renda surgiram. ASSIM, TODOS OS MODAIS ECONOMICAMENTE RACIONAIS E NÃO MIRABOLANTES SÃO IMPORTANTES.
Além disso, se houver um plano de integração, o corredor de ônibus pode ligar duas lionhas de Metrô, de maneira rápida e eficiente, sem supedrlotar estações onde são realizadas baldeações, como Sé, Luz, Brás e Paraíso.
Mas parece que vemos DUAS SÃO PAULO.
A DO GOVERNO DO ESTADO QUE, APESAR DA NECESSIDADE DE ALGUMAS PRIORIDADES E ADAPTAÇÕES DA EXPANSÃO, PELO MENOS TEM ENTREGUE ESTAÇÕES E AMPLIADO LINHAS.
A DA PREFEITURA DE SÃO PAULO: MUITO PAPO E POUCA AÇÃO NA ÁREA DE TRANSPORTES. 66 QUILÔMETROS DE CORREDORES SE TRANSFORMARAM EM AMARGAS ILUSÕES. OS CARROS CONTINUAM ENTUPINDO RUAS E AVENIDAS (inclusive novas) MAS OS FRETADOS FORAM BANIDOS.
POR ISSO QUE O ÔNIBUS NÃO SE TORNA INTERESSANTE EM SÃO PAULO. POIS QUEM DEVERIA CUIDAR DESTE MODAL, O CONSIDERA DE SUBCLASSE, O COLOCA EM SEGUNDO PATAMAR.
E AÍ, MEUS AMIGOS, NÃO ADIANTA O METRÔ SE EXPANDIR E DESENVOLVER, SE TORNANDO MAIS RÁPIDO E MODERNO, SE O ÔNIBUS NÃO FOR ALVBO DESSE PROCESSO.
AFINAL, AS PESSOAS PRECISAM CHEGAR AO METRÔ.
FICA ATÉ UM DESCOMPASSO. METRÔ DE 90 EM 90 SEGUNDOS E UM ÔNIBUS PARA SAIR DE UM BAIRRO ATÉ A ESTAÇÃO DEMORAR MAIS DE MEIA HORA POR FALTA DE VIAS EXCLUSIVAS OU PELO MENOS ADEQUADAS PARA ELE PASSAR E NÃO QUEBRAR OS FEIXES DE MOLA.
senhor Adamo deixa eu explicar melhor:
com o passar do tempo, o ônibus fará papel de alimentador, e o metrô de sistema troncal. esse é o caminho que vai ser trilhado com a expansão do modal, triste, muito triste para os busólogos
Amigos,
Não acredito que o metro tenha tirado passageiros do Corredor Campo Limpo/francisco Morato/rebouças/consolação, pelo simples fato de que o passageiro que embarca nos onibus com destino ao metro passa pela catraca normalmente.
Se ele deixou de embarcar nos onibus para chegar ao metro teve que pegar carona, pois, não há espaço para estacionar automoveis nas estações da linha 4.
Então, quem roubou os passageiros dos onibus do corredor acima foi a incopetência da gestão e a falta de qualidade dos serviços prestados, que deve ter levado os usuários dos onibus a usar outras formas de transporte, tais como, moto ou autos.
E como o levantamento espelha o periodo de 1 ano, devemos lembrar que a linha 4 só opeoru de pinheiros a paulista na maior parte do tempo, tendo chegado ao butantã recentemente.
A integração com o metro butantã e o terminal campo limpo começará ser realmente operada com a nova linha 8075 prevista para a próxima semana.
É muito interessante ouvir impressões dos amigos exatamente da Metro 4 Butantã e do corredor Francisco Morato/Rebouças por serem rotas de que dependi e ainda dependo por toda a vida, tendo morado em Higienópolis, vindo a Cotia semanalmente e morando em Cotia há mais de 10 anos. Minha família depende diretamente da mobilidade neste trecho para acessar São Paulo.
Os números de ônibus retirados certamente crescerão e o desejo é que finalmente aconteça a integração e a complementação, fazendo o usuário FLUIR pelos modais com rapidez e eficiência.
O Ádamo foca bem o descompasso entre Governo e Prefeitura que rouba tempo, saúde e dinheiro do usuário. Me admira que os trens, mesmo bem abaixo do ritmo necessário e sem focar as demandas mais críticas, evoluem; mas os ônibus da RMSP não só não evoluem como insistem em repetir erros básicos e defender até as últimas consequências princípios superados. Perueiros e fretados marginalizados esfregam a realidade na cara do poder público. Que continua sem reação. apenas multando e impedindo tráfego.
Entendo que parte importante da solução é levar a Metro 4 Amarela não somente ao Taboão, mas a um grande bolsão de estacionamento em terminal multimodal no Rodoanel. A exemplo do projetado para a Metro 6 Laranja. RebouçasXBrasilXHenrique Schaumann merecem projeto viário de grande porte, com viaduto para carros e ônibus, estação da Metro 4 Amarela e BRT ou VLT no corredor da Brasil. Teria impacto brutal e definitivo na mobilidade de São Paulo.
Linhas longas de ônibus repetindo a Metro 4 Amarela é igualzinho aos ônibus que íam de São Paulo a Recife e Fortaleza ou os navios que íam de Santos para Europa e Estados Unidos. Definitivamente não fazem mais sentido e vão acabar de uma forma ou de outra. Mesmo que vários usuários jurem ter pavor de avião.
LUIZ VILELA e amigos,
É realmente interessante que o metro também chegue a uma área onde tenha estacionamento integrado, sendo melhor ainda se for no entroncamento de estradas ou avenidas de grande porte.
No plano da linha 15 – Parque Novo Mundo/Vila Prudente haverá o maior estacionamento da rede de metro, justamente no entroncamento das rodovias Fernão Dias com a Dutra.
Poderia ser assim também com a linha 4 totalmente desprovida de estacioamentos.
Quanto a Região da Raposo Tavares/Cotia, foi publicado o interesse da CCR em dobrar o tamanho das atuais pistas com pagamento de pedágio por km/usado, e por solicitação das associações de moradores a inclusão de monotrilho no canteiro central. O assunto está em estudo na ARSESP.Espero que seja aprovado.
Amigos
Agora sim ficou mais claro:
Os passageiros que foram para o metro 4 são oriundos da avenida Paulista, que usavam as linhas de onibus da Paulista para o corredor Rebouças e vice-versa, e não do centro velho da capital para o terminal Campo Limpo. Estes passageiros ainda irão, com a integração da linha 8075.
Amigos, boa noite
Um dia do caçador, outro da caça.
Muito obrigado
Paulo Gil
Amigos
No “Estadão” de hoje (15-09) tem ampla matéria sobre a ideia do Metro de fazer estacionamentos nas rodovias que chegam a São Paulo, dando como exemplo o estacionamento da estação Santos Imigrantes, e os planos futuros dos demais estacionamentos, que somente operarão entre 2019 (linha 6 Rodovia dos Bandeirantes/São Joaquim) e 2030 (linha 22 Morumbí/granja Viana).
Quem viver verá
Abraços
É Jair, estacionamento para a Raposo em 2030 não pecisará mais: será mais rápido vir de Cotia a São Paulo a pé…
Alguém tem que ter coragem de botar empreiteiras estrangeiras para implantar ferrovias urbanas na RMSP para IMPLODIR estes prazos malucos e as tantas “verdades assumidas” destas obras.
Luiz Vilela,
E não é só isso não, a linha 22 será prolongamento da linha 17 que vem do aeroporto pelo morumbi e não integração com a linha 4 que seria mais logico.
Espero que a Artesp aprove o plano da CCR que alem de duplicar a atual RP fará um tunel para ligação direta com a marginal pinheiros e monotrilho no centro da pista.
Amigos
Sobre o assunto em tela, tive um comentário de morador da região do Campo Limpo que disse que não faria integração com o metro “por causa do preço”
Diz ele: se vou de onibus pago R$.3,00
Se fizer integração R$.4,49
Fica caro né? falou ele.