História

HISTÓRIA DA PÁSSARO MARRON: SANTO GUERREIRO E A TRADIÇÃO DE UM NOME

ônibus Pássaro Marron

Diplomatas da Pássaro Marron em São José dos Campo, no Interior de São Paulo. Empresa ajudou e acompanhou o processo de desenvolvimento do Vale do Paraíba; Companhia, além de desbravadora, era inovadora. Tão logo eram lançados modelos novos, era uma das primeiras a comprar, ainda mais se fossem da encarroçadora Nielson, fabricante dos Diplomatas.

A força do Santo Guerreiro com a Tradição das Romarias e do Transporte
Essa união foi fundamental para que a região do Vale do Paraíba crescesse e tivesse um dos maiores grupos de transportes do País
ADAMO BAZANI – CBN
Muitos chamam de destino, outros de visão empresarial, há quem diga apenas que os fatos ocorrem pelo acaso.
Independentemente do que possa ser, quando a história de duas empresas de transportes se cruzou nos anos de 1970, houve inegavelmente um fortalecimento do setor na região do Vale do Paraíba, uma das mais prósperas do Brasil que compreende o leste do Estado de São Paulo e o Oeste do Rio de Janeiro, fazendo parte da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
São cerca de 3,5 milhões de habitantes atualmente nos diversos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo.
Do lado do Rio destacam-se cidades como Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Barra do Piraí, Porto Real, Quatis, Rio Claro, Valença, Rio das Flores e Paraíba do Sul.
Em São Paulo, formam o Vale do Paraíba : Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba,Cruzeiro São Paulo Cunha, Guararema, Igaratá, Ilhabela, Jacareí Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Salesópolis, Santa Branca, Santa Isabel, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Tremembé e Ubatuba.
Os nomes que se cruzaram em prol dos transportes e do auxílio ao desenvolvimento econômico ligando as cidades do Vale do Paraíba entre elas e até outras regiões foram das empresas de ônibus Viação São Jorge e Empresa de Ônibus Pássaro Marron.
As duas empresas têm inícios diferentes, mas com o mesmo objetivo: crescer, possibilitando lucro aos seus empreeendedores, e oferecer crescimento por onde começaram a trafegar.
Afinal, transporte é crerscimento, é possibilidade de levar e trazer pessoas em busca de negócios, de empregos, de lazer e de outras atividades que agitam a economia.
A Empresa de Ônibus Pássaro Marron nasceu com outra cor. Era chamada de Pássaro Azul.  Ela foi fundada em 1935 pelos portugueses Affonso José Teixeira e Affonso de Carvalho Teixeira. O objetivo era possibilitar a ligação de São Paulo a Mogi das Cruzes, Guararema, São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e Aparecida, um dos maiores locais de concentração de religiosos em todo o País. O nome Pássaro Azul não era oficial também. A empresa ostentava como nome o trajeto entre São Paulo e Guaratinguetá.
As aspirações dos portugueses cresciam na medida que a população e a urbanização das áreas onde atuam também aumentavam.
No ano de 1939, a empresa entra para a história ao ser a primeira a fazer ligações regulares com horários fixos entre São Paulo e Rio de Janeiro, na época Capital do País.
Era mais que necessária nesta época, além das ligações por ferrovia, um serviço confiável e regular por rodovia entre São Paulo que concentrava já a maior parte das decisões econômicas com o Rio que abrigava o centro do poder político.
E foi fazendo parte deste eixo que o Vale do Paraíba cresceu.
No século XIX seu principal meio econômico era o cultivo do café, a exemplo de outras regiões.
E mais uma vez a ferrovia foi a indutora do crescimento não só em prol da agricultura, mas da consolidação de uma forma urbana em vários municípios.
E era a Estrada de Ferro Central do Brasil esta grande prestadora de serviços.
Nela trabalhalharam anônimos e famosos, muitas vezes em condições insalubres, com trabalho difícil e jornadas diárias longas. Todos, em igual importância, fizeram com que o Vale do Paraíba crescesse e conquistasse este destaque.
Entre os trabalhadores famosos da Estada de Ferro Central do Brasil estava Euclides da Cunha. Logo após se formar em 1892 na Escola Superior de Guerra foi designado para trabalhar no trecho de São Paulo e Caçapava.
Depois passou por vários outros órgãos públicos como na superintendência de obras públicas do Estado de São Paulo. Neste órgão, ele começou a trabalhar em 1895 no 5º distrito e em 1901 foi transferido para o 2º distrito, com sede em Guaratinguetá. Nesta época, ele decidiu morar com a esposa, Ana da Cunha, em Lorena, onde havia o Colégio São Joaquim, considerada uma das mais importantes instiutuições de ensino do Estado de São Paulo.
Assim, em obras públicas, transportes, educação, economia e posicionamento geográfico estratégico, as cidades da região do Vale do Paraíba ganhavam importância com o aumento populacional.
Apesar de já nos anos de 1920 Washington Luis, como governador e depois como presidente, dizer que Governar é Abrir Estradas, o surgimento da ligação rodoviária Rio – São Paulo não pode ser considerada num primeiro momento a colocação em segundo plano da ferrovia.

ônibus

Ônibus da Viação São Jorge com a pintura da Pássaro Marron. Em 31 de maio de 1977 é oficializada a compra da Pássaro Marron pela São Jorge. O nome Pássaro Marron ia desaparecer, mas até um governador fez parte do coro de apelos para manter a marca que naquela época já era tradição no Vale do Paraíba.

Mesmo porque, os serviços de ferrovia estavam plenos. Mas já não eram suficientes para tanta gente. Além do número de pessoas, novas áreas eram habitradas e abrigavam negócios. Os trilhos por lá não chegavam e os ônibus, as jardineiras da Pássaro, enfrentavam o desafio, que revelava que o crescimento do Vale do Paraíba não foi tão fácil e instantâneo como poucas palavras podem erroneamente dar a impressão.
Aliás, foi dessa dificuldade que surgiu a marca Pássaro Marron.
Os ônibus da Pássaro Azul, a cada viagem, ficavam todos sujos de lama e pó de terra. Na brincadeira, meninos que carregavam as bagagens dos ônibus que eram transportadas na parte de cima das jardineiras, riscavam o nome Azul, com os dedos e escreviam frases do tipo “Azul nada, esse Pássaro é Marrom”.
A família Teixeira, vendo que a população conhecia os ônibus mais como Marrons que Azul, aproveitou o “marketing” e mudou o nome definitivamente para Pássaro Marron. (COM A LETRA N MESMO NO FINAL).
Na Junta Comercial de São Paulo, o registro como Empresa de Ônibus Pássaro Marron aparece em 21 de dezembro de 1951, mas segundo pesquisadores, o nome já era usado nas latarias antes desta data.
Paralelamente, a Junta Comercial de São Paulo, aponta a constituição em 27 de julho de 1954 da Viação São Jorge, prestadora de serviços de transportes no local.
Sua diretoria, na formação da empresa era constituída por:
Pelerson Soares Penido – presidente
David Fernandes Coelho – diretor superintendente
Vicente de Paula Penido – diretor geral
Luiz Alves Coelho – diretor-secretário
Tadeu Luciano Marcondes Penido – diretor.
Era o embrião do Grupo Soares Penido, até hoje um dos de maior destaque em todo o País.
O grupo Soares Penido, hoje chamado Grupo Serveng, atua em ramos importantes e que requerem grandes movimentações de capital, como transportes, com as Empresas Pássaro Marron, Litorânea e a Airport Service (que atende os aeroportos de São Paulo). O grupo investe também em Engenharia e Construção, Desenvolvimento Imobiliário, Mineração, Energia e de Concessões, participando do controle de operadoras de rodovias como a CCR e Santa Cruz Rodovias.
O fundador do Grupo, Pelerson Soares Penido, sempre teve um gosto especial pelo ramo de transportes.
E em 1977 apareceu a oportunidade de sua média empresa comprar a Pássaro Marron, de maior porte.
Ainda segundo a Junta Comercial de São Paulo, a transação foi oficializada em 31 de maio de 1977.
Mas depois da compra a dúvida: A Pássaro Marron assunmiria a São Jorge ou a São Jorge a recém comprada.
Bem, a primeira mudança foi a da cor. Penido gostava do vermelho, que denotava sangue, força e luta.
Muito devoto de São Jorge, Pelerson Soares Penido estava porpenso a transformar toda a empresa em Viação São Jorge, até que, em defesa da tradição do nome Pássaro Marron foi demovido da idéia pelo então governador de Minas Gerais, Magalhões Pinto.
No site oficial da Pássaro Marron há uma declaração antiga de Pelerson Soares Penido que explica bem a história:
“Dois irmãos portugueses vieram para o Brasil, da família Teixeira, e um deles se instalou pelas ruas Santa Rosa e Cantareira vendendo bacalhau. O outro irmão criou a primeira empresa de ônibus, Pássaro Azul, ligando São Paulo a Mogi das Cruzes, Guararema, São José dos Campos, Jacareí, Taubaté, e assim por diante. A antiga SP-66, a Via Dutra, era uma lama só. Em cada hotelzinho que os ônibus paravam nestas cidades, os menininhos iam para retirar as malas dos viajantes no porta-malas que ficava em cima do ônibus. E eles passavam os dedinhos na lataria dos ônibus e reclamavam ‘não é azul, não tem nada de azul , é marrom’. E a terra no Vale do Paraíba é super marrom. E as crianças repetiam, não é Pássaro Azul, tem que ser Pássaro Marron… E o português, muito inteligente, mudou logo o nome e a cor. E conviveu com a realidade, porque é muito mais fácil na vida você conviver do que protestar. Os ônibus conviveram tanto com a terra que eram marrom até o fundo da alma. Um belo dia nós compramos a empresa. E o meu filho, Thadeu, e minha esposa, Lúcia, tinham uma outra empresa de transporte que se chamava São Jorge, de cor vermelha. Pela nossa filosofia, é uma cor forte, resistente, é sangue, é luta, é força, tem um significado lindo. Enquanto a cor marrom tem um significado horroroso. É só terra, a pior de todas, sem expressão. Eu quis então mudar o nome da São Jorge, que era menorzinha, para Pássaro Marron. E os dois não queriam, afinal era a São Jorge que estava comprando a Pássaro Marron. Eles gostavam muito da cor vermelha, que representava o santo guerreiro São Jorge. Encontrando com o governador de Minas na época, Magalhães Pinto, contei pra ele que tinha comprado a empresa e que ia mudar o nome dela. E ele disse: “Negativo não concordo, não deixo. Quando eu era rapazinho, minha mãe era professora em Santo Antônio do Amparo e dizia que nas férias nós íamos a São Paulo tomar a jardineirinha da Pássaro Marron para a visitar a santinha de Nossa Senhora Aparecida. É uma tradição, todo romeiro já conhece, não muda.” – então chegamos num acordo de conservar a cor da São Jorge
Assim, todos os gostos foram atendidos, a cor da São Jorge com a tradição do nome da Pássaro Marron.
Logo depois da compra, o Grupo Soares Penido fez uma renovação geral da frota da empresa. Eram 312 ônibus com idade média de 16 anos.
A idade foi reduzida pela metade nos dois primeiros anos.
A região do Vale do Paraíba, nos anos de 1970, registrava um fenômeno interessante: um movimento migratório de mão dupla. Muita gente saía da região em busca de emprego e renda nas duas capitais mais próximas, São Paulo e Rio de Janeiro, mas um contingente grande de pessoas ia para o Vale do Paraíba em busca de ocupações.
E o crescimento industrial mostrava a vocação do Vale do Paraíba, tanto do lado do Rio como de São Paulo. Nos anos de 1940 começou a construção e operação, em Volta Redonda, da maior siderúrgica integrada da América Latina, a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional.

ÔNIBUS

Ônibus Caio Amélia Articulado Volvo B 58 da Pássaro Marron. Apesar de ser conhecida pelas operações rodoviárias, a história da empresa também é marcada por prestação de serviços urbanos.

Nas décadas seguintes, se instalavam no local a Embraer, o maior complexo fabril do setor aeroespacial da América Latina, a Volkswagen, a Ford, a White Martins, entre outras.
A região do Vale do Paraíba, com destaque para cidade de São José dos Campos, despontava na vida econômica brasileira.
Era muita gente, muita mão de obra, com bastante qualificação para ramos tecnológicos, como pouco especializada para trabalhar na construção civil e atender a este crescimento.
E a Pássaro Marron acompanhou bem este processo e contribuiu para transportar essa mão de obra,que não só trabalhava, mas que precisava também dos ônibus para se divertir, passear, visitar parentes, amigos e pessoas queridas.
Em 30 de dezembro de 1982, na mesma data que a Junta Comercial de São Paulo registra a transferência da vendas de passagens na Capital Paulista da Praça Júlio Prestes 64, antiga rodoviária Júlio Prestes, para a avenida Cruzeiro do Sul, 1800, no recém criado Terminal Rodoviário do Tietê, o órgão registrava sinais de crescimento da Pássaro Marron. Criação de novas agências de vendas de passagens e mudanças para locais maiores.
Assim, a Junta Comercial de São Paulo mostra a mudança da garagem e escritório de São José dos Campos da Rua da Abolição 117 para a Rua Dr. Sebastião Gualberto, 2.795. Também em 30 de dezembro de 1982 revela a criação de mais agências, como a da Avenida Manoel Aguiar, 15- Bananal e da Rua Marcondes Flores, 17, em Guararema.
Em 10 de julho de 1984 era registrada a abertura de uma filial da empresa para guardar ônibus para facilitar o acesso ao Terminal Rodoviário do Tietê, na Rua José Pereira Jorge, 78 – Vila Guilherme. Em 06 de janeiro de 1986 era aprovada a mudança de endereço para a Rua Deputado Vicente Penido, 255 – Vila Maria.
Apesar de ser muito conhecida por suas ligações rodoviárias, a Pássaro Marron também obteve destaque em ligações com ônibus urbanos no Vale do Paraíba.
Além de desbravadora, a empresa também era considerada inovadora. Era só ser lançado um modelo novo, que a Pássaro Marron era uma das primeiras a comprar, principalmente se fossem da marca Nielson, hoje Busscar, encarroçadora que enfrenta grave situação financeira.
Os Diplomatas, por exemplo, modelos que fizeram história na trajetória da indústria nacional, eram comuns de serem vistos na Pássaro Marron.
Atualmente, a empresa atende a 50 municípios principalmente em São Paulo e Minas Gerais, com quase 500 ônibus transportando 20 milhões de passageiros por ano.
E o Vale do Paraíba ainda cresce, fruto da dedicação de desbravadores como Euclides da Cunha, a família Teixeira, os Soares Penido e tantos outros milhares de brasileiros e estrangeiros que a exemplo das primeiras jardineiras da Pássaro Marron ou dos ônibus da São Jorge não tinham medo de obstáculos, se adaptavam, cresciam, criavam e geravam com sua forma e inteligência, desenvolvimento.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Adamo, boa noite.

    Outra bela matéria, Parabéns!

    Que história legal, mas eu concordo com os meninos e com o marketing
    da família Teixeira, uma sacada muito boa.

    Mas a vida é assim; “tudo é passgeiro” e como o novo dono prefere o vermelho,
    ele manda.

    Mas a Passaro Marron devia pensar num novo design de sua pintura, apesar de ser de
    fácil reparação.

    Fica ai mais uma sugestão; quem sabe com o novo design, não volta o
    marron dos meninios, digo do Pássaro.

    OBS.: Da terra marron, apesar da cor feia é que a vida nasce nos
    campos deste nosso país – BRASIL!.

    Muito obrigado.

    Paulo Gil

    1. Paulo Gil disse:

      Esqueci:

      SALVEMOS OS DIPLOMATAS!

      Grato

      Paulo Gil

  2. Valeu Paulo. Realmente a história da Pássaro Marron é muito rica e interessante. Enquanto várias empresas são criadas e somem por conta de problemas financeiros, jurídicos e fiscais que os seus donos se envolvem, dá orgulho de ver empresas tão longevas. Uma característica maior em empresas de serviço rodoviário, pois não as urbanas antigas que ainda existem são cada vez mais raras

    1. João Carlos disse:

      Muito legal mais a mãe dos chefes do Grupo Soares Pinto chamava Rosa Soares Pinto conhecida como professora rosa ela nasceu e morou no curralinho dos paulas em Resende Costa minas gerais.

  3. Roberto SP disse:

    Eu cofesso que andava com saudades de matérias como esta, muito interessante, o pioneirsimo resultou não só em relação á empresa, mas também sobre a própria ocupaçao da região Vale do Paraiba paulista, lembro da época que ocorreu a venda da Passaro Marrom para a São Jorge. confesso que eu achava ao contrário que a Passaro Marron tinha comprado a São Jorge e assimilado as cores dela, aliás também compartilho a opinião de que a empresa precisa rever a pintura da frota, embora eu entenda agora o significado do vermelho, sempre achei a cor marrom mais adequada ao nome da empresa, Lembro-me dos monoblocos O-362 nas cores marrom e branco que eram frequentes e muitos na antiga rodoviária Julio Prestes, inclusive houve uma época nos anos 70 que alguns Diplomatas receberam um layout diferente na pintura, os ônibus eram marrom e branco, as cores eram pintadas na forma de onda, sendo que a parte de baico era marrom e a de cima branca, depois todos os ônibus foram pintados de vermelho. Acho que nos anos 80 ou 90 o grupo adiquiriu também as empresas Expresso Mantiquera (linha Campos do Jordão São Paulo) e a Rodoviário Atlântico ou pelo manos assumiu as linhas dela para o Litoral Norte criando uma nova empresa a Litoranea, alias em épocas de grande demanda é comum ver os ônibus da Passaro Marron “a serviço da Litorânea” nas linhas do litoral norte para a capital, Enfim tai uma empresa que podemos afirmar de tradição por pertencer aos mesmos proprietários por várias décadas, forte abraço a todos e Adamo como está asaíde heim, se cuida viu, você é uma pessoas fundamental no mundo da busologia.

  4. mediugorie disse:

    Como fã da empresa, me sinto homenageado pela reportagem. E o link vai direto para o @passaromarron (N.O.) que mantenho no Twitter. A primeira imagem estava no encarte da década de 80 da empresa. A segunda foto é original de um ex-motorista aposentado da Pássaro Marron (foto da foto). E a última foto, acho que é do Reginaldo Vieira (mas posso estar enganado).

  5. gabriel disse:

    Pq a passaro marrom não vem pra SP no lugar da NH ou Himalia.

  6. Empresa que faz parte da vida de milhares de pessoas aqui no Vale.
    A primeira vez que eu andei de ônibus na vida, foi em um Diplomata 310 LPO-1113 da série 4xx da Pássaro Marron, que fazia a linha Itajubá-MG x Aparecida-SP. Tenho muitas lembranças de muitas viagens que fiz pela empresa.
    Parabéns pela matéria.

  7. Gustavo Cunha disse:

    Boa tarde à todos !
    Ainda que com certo atraso, PARABÉNS Adamo !
    Linda Matéria !!!
    Como tenho dito em outros posts, é possível transportar pessoas, com paixão, carinho, qualidade, e, ganhar dinheiro com isso, a prova, entre outros lindos exemplos, é a PASSARO MARRON (COM N MESMO NO FINAL) e quem se importa ?!
    Como é belo poder colocar, apesar de não ser o caso aqui, pois a PASSARO não o faz, mas, como eu ia dizendo, como é lindo poder colocar ao lado do seu nome, a expressão “desde 1951”
    Longa vida aos lindos exemplos.
    Abraços

  8. PauloZ disse:

    Bacana o texto.

    Já li inúmeras vezes na Internet a razão de se usar ‘Marron’ no nome da empresa. Mas creio que é uma influência da grafia francesa.
    O Pássaro Marron ficou gravado na minha memória com as suas cores tradicionais e as carrocerias ‘CARBRASA’. Depois vieram os mercedinhos, nos quias caiu até melhor a pintura tradicional. Mas o proprietário quis pintar de vermelho! Eu acho meio fora de propósito a empresa ter “marron” no nome e ter seu ônibus pintado de vermelho, Mas o que fazer? Já se foi há muito o tempo que o ‘freguês’ tinha razão (ou pelo menos queria manter um mínimo de coerência)..
    Mas se não temos coerência entre o que está escrito no carro e a cor que ele ostenta gostei foi da coragem do texto em falar de “Oeste do Rio de Janeiro”! Pois o atual Estado do Rio herdou do antigo Estado do Rio (capital Niterói), a estranha denominação de “Sul Fluminense” para a região que abriga Volta Redonda, Barra Mansa, Resende e etc. Como o ensino de Geografia em nosso país é de longe o mais fraco espero que se preparem para ouvir críticas descabidas. No entanto, “Região Oeste” do Estado do Rio está GEOGRAFICAMENTE certíssimo!!!
    Fiquei com uma dúvida, não é o grupo Serveng (anteriormente Serveng-Civilsan?) que possui inúmeras pedreiras na Dutra e em Minas Gerais?
    Vida longa para a “PÀSSARO MARRON” e para o Vale do Paraíba! QUE VENHAM OUTRAS BELAS HISTÓRIAS.

    P.S. Ali nos grandes investidores no Vale do Paraíba eu colocaria, sem medo de errar em relação aos valores investidos, a General Motors (em S.J. dos Campos) e a saudosa Willys-Overland do Brasil – WOB (em Taubaté). A DUCHEN, não sei qual era a sua razão social, tinha sem dúvida a fábrica mais bonita da Dutra que, creio, ficava no município de S. J. dos Campos, onde ficava amais intrigante, a unidade da Remington. A maior instituição técnica SUPERIOR do país, o ITA, também está no Vale. Saudações.

  9. Ricardo disse:

    Que texto lindo! é emocionante ver como uma empresa pode marcar a vida das pessoas e ajudar no desenvolvimento das cidades. Muito legal! São histórias como essas que nos fazem ter orgulho do Vale e das cidades que fazem parte dele. assim como Guararema que nos encheu de orgulho por ter ficado em primeiro lugar no IRFS!! Vejam: http://www.youtube.com/watch?v=M4QxB4SCXeE

  10. sergio antunes disse:

    parabens pela materia.

  11. Eder Simões disse:

    Caro Adamo, gostaria de saber se você sabe de um rumor que anda entre motoristas de rodoviarios que a BREDA Serviços comprou duas empresas do grupo SERVENG. Pergunto isso pois em conversas com motoristas da Caprioli de Campinas, Comete Entre CPSxSP e também motoristas da Bozzato Mauá, dizem ter houvido falar sobre a compra da Litoranea e Mantiqueira pela Breda. Porém, fazendo uma pesquisa na net, nao vi nada relacionado. Somente o seu texto maravilhoso sobre a caminhada da Passaro Marron. Caso saiba de alguma coisa, pode me informar? Um grande abraço! Eder

  12. AMARILDO ADONIS RIBEIRO disse:

    QUE PENA!!! O SR CONSTANTINO (PROPRIETÁRIO DA PASSARO MARRON) PERDEU UMA GRANDE OPORTUNIDADE NA HISTÓRIA DESSA EMPRESA, OU SEJA , RESGATAR A COR ORIGINAL (MARRON). TUDO BEM, INCORPORAR O VERMELHO( SÃO JORGE) FOI OPÇÃO DO ANTIGO PROPRIETÁRIO , AGORA MANTER O VERMELHO FOI DECEPCIONANTE´POIS CHEGA DE OUVIR GRACEJOS DOS PAULISTANOS E DEMAIS REGIÕES QUE SEMPRE NOS DIZEM: O VALE DO PARAÍBA É A UNICA REGIÃO DO BRASIL ONDE O ” PÁSSARO MARRON” ´É VERMELHO. VAMOS VOLTAR A COR ORIGINAL ( MARRON). AINDA DÁ TEMPO .

  13. Rogério de Lima Barbosa disse:

    Eu me emocionei com o texto porque a PÁSSARO MARROM também faz parte da minha historia.A primeira vez que eu me lembro de ter embarcado em um ônibus na rodoviária do Tietê foi em um PÁSSARO MARROM. Por esses dias eu vi um ônibus vermelho com um pássaro desenhado e fiquei pensando será que é o PÁSSARO MARROM ou não, fui pesquisar e vi que era o mesmo, mais confesso que não gostei.

  14. Sandra Maria Aparecida Justino disse:

    Estou com 54 anos sempre viajei pelo pássaro marron, mas não sabia da sua história, fiquei feliz em conhece-la hoje, meus parabéns.

  15. Parabéns pela história da empresa Pássaro Marron, sempre viajei por ela mas não conhecia sua verdadeira história fiquei feliz em conhece-la à fundo. Obrigado pela dedicação aos seus usuários em nos fazer conhecedor.

  16. Maria disse:

    Meu marido e Eu temos 60 anos, saímos de Manaus em 25 de outubro de 2013 rumo a Aparecida do Norte, como nunca tínhamos ido ao Sudeste estávamos apreensivos, eu já tinha pesquisado alguma coisa na internete, mas quando se está indo para o desconhecido sempre as coisas parecem maiores do que na realidade são, é o mesmo vc sair de são Paulo para o Amazonas como mochileiro. Antes de viajar pesquisei e achei Pássaro Marron, só que a informação que encontrei
    era a seguinte: tínhamos que apanhar um ônibus no terminal do aeroporto de Guarulhos para o terminal tietê, para podermos apanhar outro ônibus para são José dos Campos, e de São José dos Campos Para Aparecida do Norte, eu também vi que existe uma linha de ônibus direta do aeroporto de Guarulhos para Aparecida do Norte que sai : 12.30 hs todos os dias e Aparecida do Norte para o aeroporto de Guarulhos que sai : 06.30 todos os dias, nosso Voo só chegaria em Guarulhos as 14 hs, então obrigatoriamente teríamos que ir ao terminal tiete em micro-ônibus para então apanhar outro ônibus, e essa deve ser a dúvida de muitas outras pessoas. O que você deve fazer: No mesmo piso do desembarque do lado externo do aeroporto vc procura o guichê do
    do Passaro Marron, por incrível que pareça vc vai ter que perguntar onde é, porque eu não vi nem um indicativo dizendo compre sua passagem: aqui Passaro Marrom. Esse foi o único senão com relação a empresa, de resto tudo perfeito, funcionários educadíssimos, compramos nossas
    passagens: Guarulhos/ São Jose dos Campos/ Aparecido do Norte, não tivemos nenhum problema, esperamos um pouquinho em são José dos Campos só o tempo de alongar as pernas e logo chegou o ônibus que nos levou a Aparecida. Na volta apanhamos o ônibus das 6.30 hs que sai direto de Aparecida para o aeroporto de Guarulhos.

  17. João Bosco disse:

    Tenho muito orgulho de ter trabalhado nesta empresa. Foi a primeira firma em que fui registrado (Período de 1966-1970). Fiz grandes amizades, saudades.

  18. Anderson Luiz de barros disse:

    Por favor procuro pelo meu pai ele trabalhou na pássaro marrom em1986 se chama Orlando Xavier da Siva sera que tem arquivo ainda na empresa meu tel 113)991372930

  19. Margaret disse:

    História muito bacana, mas há um erro ai, Itatiaia só virou cidade em 1988 antes disso era tudo Resende que simplesmente foi excluida da História

  20. m disse:

    Gostei tanto de viajar pela pássaro marron que vim pesquisar a sua história.

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