Caio, Busscar e indústrias químicas desenvolvem tecido especial para ônibus contra Covid-19

Empresas dizem que vírus perdem o poder infectante ao receber entrar em contato com o tecidoi

Revestimento pode ser aplicado em poltronas, pega-mãos e balaústres

ADAMO BAZANI

Um revestimento de tecido para ser aplicado em poltronas, pega-mãos e balaústres de ônibus e que pode eliminar o novo coronavírus, causador da Covid-19, além de outros agentes nocivos à saúde.

Esta é a promessa de uma tecnologia desenvolvida em parceria entre as fabricantes de carrocerias Caio e Busscar e as indústrias Chroma-Líquido Tecidos Tecnológicos e Rhodia Química.

Segundo as fabricantes, testes comprovaram que se o novo tecido receber o toque (mãos, peças de vestuário, por exemplo) ou for atingido por gotículas, o vírus perde o poder contaminante, tornando-se inativo.  Assim, é possível impedir a chamada contaminação cruzada, pela qual o contágio acontece quando uma pessoa contaminada toca numa superfície e, logo em seguida, outra pessoa toca no mesmo local, ocorrendo a proliferação do vírus em escala.

Um ônibus urbano modelo Caio Millennium IV está sendo testado em São Paulo com o novo revestimento.

Segundo o diretor comercial do Grupo Caio, Paulo Ruas, em nota, a tecnologia pode ser usada tanto em ônibus urbanos como nos rodoviários.

“Após serem finalizados esses testes, a inovação estará disponível para uso no portfólio de produtos da marca Caio, de ônibus urbanos, e da Busscar, fabricante de ônibus rodoviários, proporcionando aos nossos clientes, mais um item de biossegurança”, segundo a nota.

Os testes já estão em fase final.

O nome comercial do produto é revestimento antiviral (Amni® Virus-Bac OFF).

O tecido é formado por fios de poliamida.

A poliamida é considerada a fibra mais nobre entre as fibras sintéticas, sendo confeccionada a partir da fibra química do polímero sintético.

Este tipo de tecido é muito utilizado na confecção de peças para academia e atividades físicas, como leggins, shorts e camisetas, mas nem todos possuem o tratamento químico recebido para o projeto dos ônibus.

Em nota, o Grupo Caio afirmou que, após a realização de vários testes internos, o material tem se mostrado eficiente na ação contra vírus envelopados, classificação aplicável para o coronavírus e o influenza, por exemplo. Além disso, o material é agradável ao toque e possui conforto térmico, mantendo o padrão de qualidade.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    Parabéns a todos!

    Mas CAIO, vamos aproveitar o embalo e fazer os bancos e o encosto de cabeça com uma espuma mais macia; chega do “baquim durim”; ninguém merece.

    SAÚDE A TODOS!

    Att,

    Paulo Gil

  2. Cesare disse:

    Parabéns Caio / Busscar

  3. Claudio disse:

    Louvável a iniciativa e intenção da Caio , Busscar, assim como da Marcopolo.
    muitas dúvidas sobre a real eficácia no combate à contaminação. A solução de poltronas individuais me pareceu a melhor para um período de transição.

  4. Lucas disse:

    Esta solução além de parecer inviável para o operador não levou em consideração o UX. Fico imaginando como estará a situação deste tecido depois de algumas horas de uso. Vai estar tão sujo que vai dar a impressão de estar mais contaminado do que se não tivessem feito absolutamente nada. Puro marketing infelizmente…

  5. Alexandre disse:

    A poliamida é um tecido lavável meu caro e nem precisar retirar,dá pra limpar e higienizar in loco.

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